1. Apresentações

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Bom devo primeiro começar me apresentando a vocês... Eu sou Sky Marie Rodrigues, tenho 18 anos, sou filha de uma brasileira que quis aventurar-se nos Estados Unidos da América e acabou grávida. Nasci e fui criada no Bronx. Vivia uma vida tranquila até minha mãe ser misteriosamente assassinada quando eu tinha apenas 8 anos, desde então fui acolhida por um projeto das Instituições Stark para jovens prodígios pelo fato de sempre ter sido uma criança com QI acima da média, hoje moro no Complexo dos Vingadores, sim! Pasmem! No COMPLEXO DOS VINGADORES! Mas não fiquem muito empolgados, não tenho muito contato com eles, algumas vezes vejo alguns deles passando pelos corredores, passeando pelos laboratórios ou ouço alguns deles quebrando algumas coisas enquanto treinam e é apenas isso.

Ah! Vocês devem estar se perguntando: Mas e seu pai, Sky? E a resposta é simples: Eu não faço a menor ideia de quem ele seja. Apenas sei que ele pagou meus estudos, depositou e continua a depositar uma certa quantia em uma conta poupança em meu nome, conta que nunca me interessei em saber quantos dígitos ela contém.

Devo falar de quem conheço e sempre me criou com muito amor, sempre foi pai e mãe, uma verdadeira guerreira - Suzan Rodrigues. Mamãe, uma bela brasileira de olhos castanhos escuros, longos cabelos cacheados em um tom de castanho com algumas mechas naturais com de mel e curvas dignas de uma brasileira raiz. Ela tinha um coração enorme e um belo sorriso, dizem até que meu sorriso parece com o dela. Ela trabalhava como enfermeira em um hospital aqui perto, sempre levamos uma vida boa e tranquila. Ela acabou engravidando de mim quando tinha apenas 22 anos, ela diz que se deixou levar pelo charme do "meu genitor" e dormiu com ele apenas uma vez, resultando em uma gravidez inesperada.

Ela me disse que foi atrás dele apenas quando eu nasci, ele pediu um teste de DNA onde o resultado foi positivo. Ele nunca me registrou como sua filha, mas sempre "bancou" meus estudos e despesas em hospitais quando eu parava no Pronto Socorro com minhas fortes crises de asma. E só!

Lembro-me também como se fosse hoje o dia que minha mãe partiu, era uma bela manhã de sol no Bronx quando ela saiu para trabalhar e eu fiquei na casa da Tia Nancy, uma senhora de bom coração que ajudava mamãe quando ela saía para trabalhar e precisava me deixar em casa. Lembro-me de olhar o velho relógio na parede de Tia Nancy e pensar o quanto mamãe estava atrasada para voltar para casa, mas tudo bem! Poderia ter acontecido alguma emergência no hospital e eles precisaram dela, mas não. Logo ouvimos algumas batidas na porta e Tia Nancy foi ver quem era, na porta estava alguns policiais que perguntaram se ela conhecida "Suzan" e qual o vínculo com ela. Logo Tia Nancy os chamou para entrar e tudo foi esclarecido. Eles acham que mamãe sofreu uma tentativa de assalto e acabou sendo atingida por alguns tiros e não sobreviveu.

Eu não entendia muito o que era a morte naquela época, afinal eu só tinha 8 anos. Lembro de ver a dor estampada nos rostos dos nossos vizinhos durante o velório dela, lembro também que no final de tudo tinha um estranho carro preto bastante chamativo na porta da Igreja de Saint Peter's, mas não vi ninguém entrar ou sair dele, o carro apenas estava lá e logo que todos saíram da igreja o carro foi embora.

Depois disso veio a grande confusão: quem ficaria com a minha guarda? Tia Nancy pôde ficar comigo por alguns dias até tudo ser resolvido, logo eu seria mandada para algum orfanato qualquer, mas parece que mamãe estava prevendo o que iria acontecer... Ela havia deixado um documento dando a Tia Nancy minha guarda caso acontecesse algo com ela. Após alguns meses sob a guarda da senhora um cara estranho apareceu em nossa  porta alegando ser o representante das Instituições Stark – nunca ouvi falar-. Ele disse que eu havia ganhado uma bolsa de estudos integral devido ao meu QI elevado – devo admitir que sempre fui muito mais inteligente do que as outras crianças-. Então, pensando no meu futuro, Tia Nancy autorizou que eu fosse "levada" para lá.

Ao chegar lá fui colocada em uma sala junto com outras crianças da minha idade, mas não quis fazer amizade com elas até um garotinho franzino se aproximar de mim, era o Miles. Nossa conexão foi incrível e de primeira! Miles veio de uma família humilde do Queens, mas sua mãe não conseguiu sustentar ele e os outros 2 filhos quando o pai de Miles morreu.

Miles e eu não desgrudávamos mais desde o dia que eu cheguei aqui, ele se tornou meu melhor amigo, meu irmão. Desde então não sabemos fazer praticamente nada separados, somos quase como almas gêmeas. Ele só tem a mim e eu só tenho a ele desde que Tia Nancy também faleceu e desde que não temos mais notícias sobre a mãe e os irmãos dele.

Somos só nós dois, Miles e eu...

Sob o CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora