10. Conto de fadas

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Há muito tempo eu não havia tido uma noite tão tranquila, eu fui despertando aos poucos, com meus olhos se acostumando com a claridade que entrava pela janela, então eu senti um peso não familiar a minha volta. Me virei devagar para não o acordar, Bucky estava lindo dormindo. Com seus cílios repousando suavemente em sua face e um esbouço de um sorriso em seus lábios.

Então eu lembrei do que havia acontecido na noite passada, nas palavras de Miles e na atitude que Bucky tomou e eu travei. Não que minha virgindade fosse um fardo para mim, mas eu só queria poder me entregar quando eu realmente me sentisse pronta e poderia ser a Bucky, mas eu ainda não me sentia 100% segura para dar um passo tão grande assim.

Sou tirada do meu mundo quando ouço ele suspirar.

- Eu consigo ouvir as engrenagens aí dentro trabalhando, no que está pensando? – Ele diz ainda de olhos fechados.

- Que nós vamos nos atrasar se não nos levantarmos agora mesmo!

- Huuuum... Eu só queria aproveitar mais um pouco você. – Era difícil resistir a um pedido assim.

- Vamos! Agora!

- Ok, ok! Vamos! – Ele se levanta da cama e vai andando até o banheiro, confesso que era uma bela visão. Ombros e costas largas, seu braço humano é forte, os belos cabelos longos, pernas fortes e torneadas, até mesmo as cicatrizes que carregava do braço de metal o deixava sexy. – E eu achando que o Sargento era eu! – Bucky brinca.

Alguns minutos depois ele sai do banho e aponta com a cabeça para o banheiro.

- Sua vez, mocinha! – Bucky fala e joga a toalha em mim. – Vou estar na cozinha preparando alguma coisa para nós dois.

- Que tal se passarmos naquela Starbucks no caminho e pegarmos um café? – Eu sugiro.

- Ok. Então sugiro que você adiante para que a gente não chegue no Complexo quando todos estiverem zanzando e nos flagre chegando juntos. - Que controverso ele, não?

No banheiro, tiro a camisa de Bucky que eu estava vestida e entro no box, a água escorre morna pelo meu corpo e eu começo a pensar novamente na noite anterior. Nas mãos de Bucky percorrendo o meu corpo, claro que eu queria mais, parece que meu corpo implorava por aquilo, pelo toque quente e firme, ôh sim! Eu queria mais, queria de uma forma que nunca quis outra pessoa me tocando. Eu já tive alguns outros casinhos durante as noites que saí com Miles, mas nada, nada, pode se comparar ao que tive com Bucky na noite anterior. Meus hormônios estavam a flor da pele com ele.

- Princesa? – Me assusto com a voz de Bucky me chamando da porta.

- Oi, já estou terminando.

Termino meu banho mais rápido do que de costume. Saio enrolada na toalha e vejo a roupa que eu estava na noite anterior bem dobrada em cima da cama.

- Coloquei na lavadora assim que você entrou no banho ontem. – Bucky diz me abraçando por trás e me dando um beijinho no ombro. – Agora vou deixar você se vestir ou então vamos nos atrasar.

- Não era você que queria mais 5 minutinhos na cama? – Falo rindo e virando para dar um selinho nele.

- Mas querer não é poder, princesa. – Ele fala sorrindo e me deixa a sós no quarto.

Não demoro para me vestir, descemos para pegar o carro e ir para o Complexo. Mas, como prometido, passamos na Starbucks no caminho. Ele pede um café puro para ele e um com latte para mim e seguimos até o Complexo.

O caminho parecia estar tranquilo, Bucky ligou o rádio para deixar o clima ainda melhor.

Sob o CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora