30. Como está sua adaptação à agora ser uma "super"?

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SKY

Já fazia um mês desde que descobri sobre meu "dom", Bruce continuava a fazer exames e mais exames tentando desvendar de onde ele veio e como, mas tudo tem sido mais difícil do que eles esperavam.

Finalmente pude conhecer a Wanda e Visão, eles eram "os mais normais" daqui, mas confesso que o Visão me assustava as vezes, a pensar que ele é parte de uma inteligência artificial que meu pai criou e agora transita entre nós como um humano é estranho.

E por falar em pai, sim! Tony e eu estamos mais próximos do que eu esperava ser um dia, depois do ocorrido ele tem sido um pai um pouco mais coruja do que ele já era. Isso não muda o fato dele ter me negligenciado quando criança, mas estou dando essa chance a ele, ele até me permitiu voltar a treinar, desde que não fosse com os outros alunos, claro! Ele estava tentando evitar que eu tivesse contato com muitas pessoas ao mesmo tempo, como eu ainda não controlo 100% meu dom, ele preferiu me privar disso e eu o entendo.

Eu já aprendi a controlar mais o meu dom, por exemplo, eu já conseguia conviver novamente no mesmo ambiente que os outros Vingadores, mas eles eram um grupo bem menor do que eu estava acostumada a conviver com os outros alunos e eu não queria entrar em crise novamente, a primeira já foi dolorosa demais.

Meus treinos eram com Clint, segundo meu pai, ele era o mais apto para tal serviço.

- Direita! Esquerda! Abaixa! – Clint gritava na intenção de me ajudar. – Ótimo! Eu acho que já está bom por hoje, Sky.

- Tem certeza? Eu posso fazer isso o dia todo, Barton.

- Pra mim já chega, você tem andado demais com Steve e você ainda não pode se esforçar tanto assim, lembre-se das orientações do seu pai e do Banner.

- Tudo bem. – Dou de ombros, mas não era o que eu queria, por mim, passaríamos o dia todo aqui, mas devo respeitar Clint, ele já não era um jovem. Não consigo evitar e acabo sorrindo com meu pensamento.

- O que está passando por essa cabeça? – Clint me pergunta.

- Nada demais. – O respondo e continuo sorrindo.

- Essa até eu entendi. – Assusto-me com a voz repentina e me viro na direção, era Miles.

- Eu odeio o fato de vocês terem essa conexão toda e você. – Clint aponta para mim. – Pare de usar seus novos poderes. – Ele fala irritado.

Miles e eu caímos na gargalhada.

- Ok, crianças. Fiquem o quanto quiserem, se quiserem treinar, lutar, que seja, só não se matem. – Clint diz se retirando do salão.

- Ele é um cara engraçado. – Miles diz se aproximando de mim e me abraçando.

- Você nem imagina o quanto. – O respondo.

- E aí? Como estão as coisas? – Percebo que Miles está um pouco sem jeito.

- Ah! Estão bem, você sabe... Tenho me entendido com meu pai, minha rotina está uma confusão com tudo o que aconteceu.

- E como está sua adaptação à agora ser uma "super"?

Suspiro com a pergunta enquanto sentamos em um banco que estava próximo.

- Eu não sou uma super, Miles. – Sorrio tímida. – Nada mudou a não ser pelo fato de eu poder sentir o que as pessoas ao meu redor sentem.

- Ah! Claro! Por que isso é super normal para todos, não é? – Rimos juntos.

- Eu sinto saudade de quando minha vida era tranquila e eu só precisava me preocupar em não me atrasar para os treinos. – Desabafo.

- Você tá bem de verdade?

Sob o CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora