35. Vestígios de uma batalha

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SKY

Juro que eu queria que o fim de semana não acabasse nunca, mas Bucky precisava voltar, precisavam dele para algum tipo de missão que eu nem quis saber quem poderia ter inventado, por mais que eu já soubesse a resposta e ela se encontrava sentado em uma grande mesa repleta de papéis.

- O que o senhor está aprontando dessa vez, senhor Stark? – O pergunto.

- Estou tentando resolver alguns problemas, será que você não gostaria de ajudar seu pai? – Pude ver que ele realmente precisava de ajuda e me dispus.

- Por onde começo?

- É uma boa pergunta, querida, uma boa pergunta. – Ele diz sem tirar os olhos dos papéis e coça levemente a nuca, meu pai estava perdido.

- Nossa! Acho que essa é uma cena que muita gente pagaria para ver. – Digo e ele me olha sem entender. – Senhor Stark completamente perdido em um mar de PAPÉIS!

- Você é tão engraçada. – Ele me responde semicerrando os olhos e eu dou uma gargalha daquelas de jogar a cabeça para trás e começo a organizar os papéis na ordem que eu acho estar correta.

Depois de sei lá quanto tempo completamente envolvidos com essas coisas sem sentido do meu pai, ele quebra o silêncio.

- Você sabia que Pepper é alérgica a morangos? – Ele pergunta.

- Não.

- Bom saber que eu não era o único que não sabia disso.

- O QUÊ? – Meu pai conseguia me surpreender de verdade. – Como assim o senhor não sabia disso?

- Que? Você também não sabia, Sky. – Ele finalmente me olha.

- Mas, papai, faz pouco tempo que conheço a Pepper, já o senhor a conhece há anos! E além de tudo, É O NAMORADO DELA! Isso seria o básico a saber dela, suas alergias, cor favorita, o que a faz ter medo, coisas assim.

Meu pai fica me olhando como se estivesse tentando encontrar nos meus olhos a resposta para um enigma de física quântica.

- Você tem alguma alergia, Sky?

- Eu achei que o senhor tivesse, no mínimo, lido minha ficha. – Digo séria e ele apenas dá de ombros. – Sim, papai, eu sou alérgica a cacau e amendoim, nada muito grave, consigo comer chocolate até uma certa porcentagem de cacau sem empacotar e quanto ao amendoim, também consigo comer, meu corpo criou uma "resistência".

- Cor favorita?

- O quê? É um questionário para saber meu QI? – Ele dá de ombros mais uma vez e sorri. – Azul, pai, azul!

- Cores existem tons, não é? – Assinto concordando. – Existem algum tom específico?

- Azul celeste, aquele exato tom numa tarde de verão ensolarada, no Brasil. – Digo e meu coração aperta um pouco, pois é o tom que estava em uma das fotos que mais amava da mamãe. Ela estava linda, em uma praia igualmente linda no Brasil, com um largo sorriso e usando um biquini preto de um modelo antigo e um óculos de sol enorme, a única coisa realmente feia na foto.

- Muito específico, prefiro manter no azul mesmo. E o que te faz ter medo, filha?

- Baratas, eu odeio baratas. Aquelas coisinhas asquerosas, com antenas.

- E voam. – Disse ele baixinho e me interrompendo.

- Isso! E ainda voam! Aquelas coisas nojentas, eca!

Caímos na risada e Tony pega um papel que estava no meio.

- ACHEI! – Quase caio pra trás de susto.

Sob o CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora