22. Paz

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SKY

Viver tudo aquilo que vivi foi difícil, mas foi necessário. Eu não sabia onde o corpo de minha mãe estava descansando, eu sempre achei que a única pessoa que saberia era a Tia Nancy, que também partiu, mas eu estava enganada. Stark demonstrou ter um grande e bom coração ao ter me levado lá, para muitos um cemitério é lugar de dor e tristeza, mas para mim foi um lugar de libertação e paz.

Eu senti que minha mãe estava em paz e ter estado lá e na casa que cresci foi como se eu tivesse recebido um ultimo abraço da mamãe, como se eu pudesse ter me despedido dela como tem que ser e não que ela foi tirada de mim de forma tão repentina.

Estava na sala de estar perdida em meus pensamentos até Tony me chama.

- Oi? – Ele diz para não assustar.

- Oi. – Digo.

- Vim avisar que o jantar já está pronto. – Estava tão absorta em meus pensamentos que nem lembrei que sentia fome.

- Ah! Obrigada.

- Vamos? – Ele estende a mão e eu a pego, eu estou muito sentimental mesmo ou parece que estamos avançando muito por aqui?

Seguimos para a sala de jantar onde todos já estavam jantando, Tony foi mais rápido que eu e já fez seu prato e sentou à mesa. Fico olhando a comida um pouco perdida ainda, mas me sirvo de uma sopa que parecia estar muito saborosa e vou sentar. Acabo sentando ao lado de Tony e saboreio a sopa que, concluo, ter sido uma ótima ideia ter me servido dela, estava deliciosa de verdade.

Quando estava finalizando meu segundo prato, escuto alguém dizer:

- Hum... Vejo que alguém conseguiu ganhar o coração da sua mini versão feminina. – Era Natasha, eu gostava de seu senso de humor, espero que sejamos boas amigas ou que possamos, no mínimo, nos dar bem.

- Contenha seus ânimos e suas palavras, Romanoff, por favor. – Tony diz oscilando o olhar entre Natasha e eu.

- Acho que preciso ir, o dia foi longo e cheio de emoções, então se puder me dar licença. – Falo para Tony.

- Sim, querida. Acho que você precisa descansar. – Ele me responde e me olha ternamente.

- Obrigada. – O agradeço e em seguida me dirijo a todos. – Se me deem licença, estou indo. Boa noite a todos.

- Boa noite, Sky. – Todos dizem e eu encontro o olhar de Steve, eu sabia que logo o Capitão viria conversar comigo para entender tudo o que estava acontecendo e o que aconteceu. Não que Steve fosse curioso, ele apenas estava sendo um bom amigo para mim e estava preocupado. Na ausência de Bucky e de Miles, ele tem cumprido o papel de amigo com excelência.

Saio da sala e vou na direção do meu quarto. Quando vou entrando Steve chega.

- Ei, Sky.

- Ei, oi, Steve. Entre. – Dou espaço para o loiro entrar.

- Vim ver se você está bem.

- Estou confusa, Steve. – Digo indo na direção da minha cama e me jogando nela, coloco as mãos tapando os olhos. – Está tudo uma confusão dentro de mim e ao mesmo tempo tudo tão em paz, eu não sei o que pensar ou como agir, é como se eu estivesse em choque.

- Isso é sobre o Tony?

- Também. – Falo sentando e bato no espaço ao meu lado para que Steve se sentasse. – Hoje ele me levou para ver o túmulo da minha mãe e a casa que eu cresci.

- Uau! E aí como foi? - Steve diz surpreso.

- Foi estranho, sei lá. Eu disse a ele que não sabia que precisa viver aquilo até estar vivendo. – Conto sobre tudo o que aconteceu, desde a chegada ao cemitério até o momento que conversei com Tony na garagem, Steve escuta tudo tão atentamente. – Agora estou confusa.

Sob o CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora