Fünf

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ÚLTIMO CAP DO ANO, VEJO VOCÊS ANO QUE VEM <3




Quando Namjoon chegou, a imprensa também havia sido acionada. Para o conforto de Seokjin, ele não teria que emitir a matéria sobre a morte do cunhado, em compensação, deveria dar a péssima notícia ao filho do falecido.

As fotografias foram tiradas pela perícia antes da retirada do corpo. Yoongi não ficou para presenciar isso, foi de encontro ao primo que havia acabado de chegar com o namorado.

- Não deveria tê-lo trazido. – Cochichou o mais velho para o jovem trajado de preto dos pés à cabeça.

Jungkook deu de ombros, não é como se ele não soubesse da teimosia do namorado e sua proteção pela mãe. Jimin chorava nos braços de sua progenitora, um soluço alto e lamentações eram feitas em uma voz embargada.

O detetive chamou pelo seu ajudante, o chefe e o mafioso, e quando se afastaram mais dos outros policiais, Jung se pronunciou:

- Eu creio que se trata do mesmo assassino. – Hoseok lançou a hipótese no ar e tratou de observar bem as reações dos três homens a sua volta. Nada de muita novidade, Taehyung reagiu como sempre, ergueu ambas as sobrancelhas e fez um biquinho leve nos lábios, era sua cara de quem estava tentando seguir o mesmo raciocínio. Namjoon cruzou os braços frente ao peito e esperou que o amigo prosseguisse.

Yoongi? Ah, esse não fez nada. Prosseguiu com a cara de tédio, e quando a resposta demorou para sair, ele gesticulou para que o homem falasse logo. Seu tempo era precioso.

- Com a arma do crime havia uma pilha de papéis, senhor Park estava envolvido com o tráfico de quatro adolescentes de uma vila pequena.

Ainda com as luvas calçadas nas mãos, Hoseok esticou os papéis com as provas de que o homem havia sido visto com os jovens.

- Quem está fazendo isso tem uma síndrome de Kira muito grande. – Taehyung proferiu e Min soltou um riso abafado, percebendo esse ato abaixou a cabeça e cobriu os lábios com a mão.

- O bigodudo tem razão. – O mafioso respondeu, caçoando do bigode fino e por crescer do colega de trabalho.

A porta do carro da perícia bateu com força, tirando a atenção dos homens. Demoraram mais uma hora para liberar o local, e finalmente todos saíram de volta ao prédio da polícia.

Os quatro homens estavam sentados na sala de Hoseok enquanto aguardavam mais informações sobre provas no cadáver. O silencio era barulhento, o detetive não conseguia se aquietar na cadeira e roçava a unha do indicador contra as fibras da calça em que vestia.

Ele não percebeu, mas do outro lado da sala, Yoongi o assistia atentamente acompanhando os lábios que sibilavam algo inaudível e os olhos agitados que corriam pelas letras do papel recolhido na prova.

Min precisava muito sair daquele lugar, ele sabia exatamente com quem falar. De fato, quem montou tudo sabia muito bem o que o mafioso fazia e conseguiu replicar quase cem por cento dos detalhes que ele costumava projetar nas suas cenas de crime.

Ao se levantar, quase não chamou atenção, ele incrivelmente conseguia se movimentar sem fazer muito barulho, e não era como se todos na sala estivessem prestando muita atenção. Surpreendentemente, Seokjin se deixou ser acalentado pelo marido e dormia no colo deste no sofá de três lugares. Taehyung olhou por cima do ipad e observou o mais velho caminhar até a mesa do outro.

- Hoba... – ele chama baixinho esticando os dedos esbranquiçados até envolver o pulso do detetive e chamar a atenção do homem para si.

"hm" foi o barulho que ele respondeu como resposta e não recuou ao toque, por mais que estranhasse o toque gelado dos dígitos.

Spilled Blood - sopeOnde histórias criam vida. Descubra agora