Sieben

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A mãe de Hoseok envolveu Suga em uma conversa intensa enquanto o filho cozinhava os preparativos para o jantar. Podemos dizer que o mais novo não estava contente com a relação de ambos, ainda mais quando o assunto prosseguiu muito tempo sobre as próteses de silicone. Mas quando a conversa mudou um pouquinho mais para o pessoal, ouviu o colega de trabalho contar orgulhosamente sobre a filha.

Na bancada da cozinha uma garrafa de vinho estava aberta e quase no final após ter sido usada para encher três taças. O detetive se aproximou com os pratos e colocou eles alinhados no centro do jogo americano.

Todos se sentaram a mesa, finalizando a conversa e a senhora Jung fez com que eles se envolvessem em um agradecimento baixo e logo depois agradecessem por algo que aconteceu no dia vivido por eles.

- Eu agradeço por não ter levado um tiro do amigo do meu filho. – Ela começa, ambos os homens riem baixinho perdendo metade da pose séria que estava sendo exigida naquele momento.

- Eu agradeço por ter tido companhia hoje. – Hoseok foi o segundo a dizer e fixou os olhos no loirinho logo a sua frente. Este que por sua vez torceu os lábios e ficou em silêncio por um tempo pensando no que deveria dizer e no que realmente queria dizer.

Ele optou pela segunda opção.

- Eu agradeço por ter sido a sua companhia.

Ao fim do jantar, checando o horário no relógio digital preso ao pulso, Min decidiu que já estava mais que na hora de ir. Alegou que a filha o esperava, e que, Hoseok estava em boa companhia para finalizar a noite. Eles se despediram e Hoseok esperou na porta até que o elevador se fechasse.

Ele não sentiu uma necessidade de ligar para alguém e pedir para que seguissem Suga e descobrir necessariamente onde é que ele morava. Naquela noite ele confiou, ele sentiu que tudo estava certo e que era normal querer ter uma vida pessoal mais privada.

Yoongi também não sentiu medo de ir direto para sua casa. Pelo contrário, ele também sentiu confiança dentro do peito. E ele nunca pensou que gostaria de sentir calmo e não tendo o controle da situação em que atualmente estava vivendo.

O táxi o deixou na porta de sua residência própria, não, não iria passar a noite se precavendo na casa de Jungkook, ele iria ver a filha, esperava que ela ainda estivesse acordada para poder fazê-la dormir e usar isso de desculpa para dormir na cama de castelinho.

Ele não estranhou deitar e ver tantas luzes acesas. Astraea não era nem um pouco fã do escuro, assim como seu pai. Era comum que a babá deixasse que ela ligasse a maioria das luzes de casa antes que a menininha fosse para a cama.

Calmamente pendurou as chaves nos ganchinhos perto da porta, digitou a senha para ativar o alarme, tirou as botas pesadas e as deixou no canto do tapete. Sem as meias, caminhou pelo piso de madeira sentindo a temperatura geladinha acalmar seus músculos.

- PAPAI. – Astraea gritou e correu atravessando a sala, agarrou a cintura do pai e esfregou o rostinho na barriga coberta pelo moletom. – Veio dormir aqui hoje?

Ele espiou para ver se ela estava com o aparelho auditivo preso na orelha pequena, e depois de receber a confirmação, desatou a falar.

- Sim, senhora. Já está com sono? Consegue me esperar tomar um banho e a gente corre pro castelinho e dorme com os ursinhos?

Ela confirmou com a cabeça.

- Mas o padrinho Hongjoong está aqui... a gente fez cachorro-quente. – Ela contou animada sobre o que havia jantado. Yoongi juntou as sobrancelhas, focado ainda na primeira parte sobre Joong estar ali e ainda não o ter visto.

Spilled Blood - sopeOnde histórias criam vida. Descubra agora