Universo Fawley - LIVRO 4 (A Batalha de Hogwarts)

Capítulo 1 - POV DRACO

[POV DRACO]

Ter a marca negra tatuada a fogo em meu braço foi sem dúvida o pior momento da minha existência.

Não pela dor. Eu podia lidar com a dor.

Mas pela estranha conexão que agora eu parecia ter com o Lorde das Trevas. E pela sensação horrível de magia negra se espalhando pelo meu corpo.

Depois da marca, os piores sentimentos pareciam tomar conta de mim. Eu estava muito mais perigoso, cheio de ódio e impulsivo.

A cerimônia de iniciação dos novos comensais foi curta e desagradável. Eram poucos que receberiam a marca, porque a maioria dos comensais que eram do círculo íntimo de Voldemort já tinham lutado na primeira guerra bruxa. Meu pai, minha tia e os outros comensais mais velhos todos já tinham suas marcas tatuadas.

Eu era o garoto mais novo na história a fazer parte do seleto grupo de comensais mais próximos de Voldemort.

O Lorde das Trevas era inteligente, a marca era como um contrato vitalício. A não ser que ele morresse, eu não poderia fugir e nem atacá-lo diretamente. Se algum comensal lançasse um Avada nele, o feitiço se voltaria contra o bruxo imediatamente.

Também era uma forma de ele rastrear e chamar os poucos escolhidos que levavam a tatuagem.

Mas é claro que a magia tinha furos, e ultimamente eu estava me tornando um especialista em agir pelas entrelinhas.

*

Voldemort podia ser a escória, e eu tinha muito ódio de quem ele era o que fazia, mas eu não podia negar que ela era muito inteligente. Seus exércitos e estratégias seriam imbatíveis se eu não tivesse compartilhado tanta informação para a Ordem da Fênix.

Mas agora ele estava com pressa. Parecia mais pálido, mais fraco, e mais impaciente. E ainda mais perigoso.

O chamado foi feito às pressas e eu naveguei pela rede flu junto com Snape, Blaise e alguns outros alunos que queriam ficar do lado das trevas, e não eram apenas sonserinos.

Nós temos a má fama, mas existem bruxos egoístas e preconceituosos em todas as casas. Eu gravei seus rostos e decidi jamais perdoá-los se conseguíssemos voltar para viver mais um ano em Hogwarts.

Não me surpreendi quando saímos nas lareiras da sala de jantar da Mansão Malfoy.

Ultimamente, lá era onde todos os comensais constantemente se encontravam. Minha casa já não era mais a mansão que eu amava morar. Estava sombria e assustadora, depois de absorver tanta magia negra e ódio pelas paredes.

- Draco.

Minha mãe me abraçou quando eu saí da lareira, satisfeita em me ver. Eu sabia que ela estava muito preocupada comigo nessas últimas semanas, e me sentia culpado por ter que fazer isso com ela. Não consegui olhá-la nos olhos enquanto me desvencilhava do seu abraço para caminhar até onde Blaise me encarava, sério.