Capítulo 8 - o fim da sala precisa

10.2K 783 45
                                        

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu reapareci em um corredor escuro e deserto. Na frente de uma parede lisa. Ainda estava pensando na Fawley, em como eu precisava encontrá-la, em como ela tinha me chamado, praticamente me convocado até ali.

E então uma porta apareceu na parede em minha frente e eu reconheci onde estava.

Aquela era a sala precisa.


Corri contra a porta que se abriu como se estivesse esperando por mim. Fumaça e calor invadiu meus pulmões e eu conjurei um feitiço que me permitiria respirar antes de entrar. A sala estava em chamas.

Em um segundo, eu avaliei o que estava vendo. Potter, Weasley e Granger estavam encostados na parede à minha direita, as varinhas apontadas para Goyle. À esquerda, Crabbe encurralava a Fawley, que parecia estar muito, muito machucada.

Meu sangue ferveu.


Sem nem olhar pros grifinórios e aproveitando a surpresa da minha aparição, eu lancei um expeliarmus e puxei as três varinhas na minha direção, a de Goyle também para garantir. Não sabia se ele e Crabbe ainda estavam seguindo minhas ordens, mas não iria correr riscos. Não quando a Carol estava tão vulnerável em baixo do idiota que eu chamei de amigo.

Além de pegar suas varinhas, lancei um feitiço escudo que os manteria imóveis. Potter podia estar sem varinha, mas eu sabia que ele avançaria pra cima de mim com os próprios punhos se achasse que eu faria mal à Fawley.


E então eu me virei para Fawley e Crabbe. Os dois me olhavam assutados.


Com um aceno mínimo da varinha, fiz minha máscara de comensal desaparecer. Eu queria que Crabbe visse o ódio nos meus olhos.

Crabbe arfou quando me viu e baixou a varinha, mas eu não queria ser complacente. Não naquele momento. Não na frente de Goyle. Não quando eu tinha dado ordens explícitas pra que eles dois encontrassem a Fawley e não fizessem mais nada além disso.

A raiva tomou conta de mim. Era tão fácil agora, desde que eu tinha sido tatuado com a marca negra, deixar que esses instintos aflorassem e tomassem o controle...


- Crucio.

Minha voz saiu fria e livre de qualquer emoção. Crabbe caiu de joelhos. Eu entrei na mente dele em um segundo enquanto ele era torturado. Assisti ele encurralá-los e escolher atacar. Vi os feitiços que eles jogaram para destruir a sala, vi Weasley sair dos escombros carregando a Fawley, vi ele colocar fogo na sala. 

Magia negra. Fogomaldito. Nós tínhamos pouco tempo.


Eu queria torturá-lo por muito tempo por ele ter desrespeitado minhas ordens, por ele ter feito o que fez com a Fawley, mas não podia me dar esse prazer. Nós tínhamos pouco tempo antes de o fogo atingir tudo e fazer a sala se lacrar para evitar um incêndio no castelo.

A magia não permitiria, não quando a sala precisa era tão poderosa, não quando o castelo tinha anos e anos de magia protetora. Mas aquele feitiço era muito poderoso e iria destruir a sala.


- Potter, tire Weasley e Granger daqui!

Eu os liberei do feitiço imobilizante e joguei as varinhas que tinha na mão em sua direção. Esperava que isso fizesse ele confiar em mim. E usar os nomes dos seus amigos também. Potter agia conforme seu coração, leal como um verdadeiro grifinório.

Não esperei pra ver ele arrastar Weasley pra longe dali. Corri em direção à Fawley e a peguei nos braços. Ela estava fraca e ferida, mas passou os braços em meu pescoço e seu cheiro fez com que eu sentisse raiva de Crabbe mais uma vez. Ele abriu os olhos e me encarava suplicante.


- Ela é minha. Eu falei que a queria viva e bem. CRUCIO!

Crabbe se contorceu mais uma vez, pedindo pra que eu parasse.


- Malfoy! A sala vai queimar!

A voz de Potter me trouxe de volta à realidade e senti a Carol tossir com a fumaça em meus braços. Não tínhamos mais tempo.


Me virei para Goyle, que ainda estava paralisado na parede oposta, assistindo tudo em choque, e o liberei do feitiço imobilizante. Alterei sua memória com pressa, o fazendo esquecer que me viu ali, criando uma história improvisada de que Crabbe botou fogo na sala e Fawley conseguiu fugir com Potter e os outros. 

Não foi um trabalho cuidadoso, não havia tempo. Talvez ainda ficassem lacunas em suas memórias, mas Goyle nunca foi tão inteligente, eu contava que isso fosse o suficiente pra ninguém sequer imaginar que suas lembranças tivessem sido alteradas.


Eu corri com a Carol nos braços para a porta da sala precisa, que Potter mantinha aberta. Antes que conseguíssemos passar pelo portal, Crabbe se aproximou correndo. 

Eu o repeli, e o joguei pra dentro da sala pra que conseguíssemos sair. Eu sabia que não o veria de novo, mas não estava arrependido. Naquele último segundo antes de a sala precisa se lacrar, era ou ele, ou nós. E eu tinha prometido pra Fawley que iria sobreviver.


No corredor, os três grifinórios tentavam recuperar o fôlego enquanto me olhavam assustados. Não dei chance pra eles tentarem falar comigo. Com um último olhar frio pra cada um deles, eu desaparatei dali, com a Fawley nos braços.

Eu não podia deixá-la, não sem ter certeza de que ela iria ficar bem.


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Nós reaparecemos no topo da torre de astronomia.

*

[FIM DO POV MALFOY]



Universo Fawley - LIVRO 4 (A Batalha de Hogwarts)Onde histórias criam vida. Descubra agora