Capítulo 3 - POV FAWLEY

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[POV FAWLEY]

[VOLTAMOS PARA A NOITE ANTERIOR, DEPOIS QUE A ELITE SE DESPEDIU.]


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Eu me dei ao luxo de chorar por um minuto inteiro.

Por 60 segundos eu deixei meus sentimentos tomarem conta de mim e chorei de medo, de tristeza, de angústia.


Pensei em tudo o que estava em jogo. Pensei em Harry sendo alvo do maior bruxo das trevas do mundo, pensei em Mione e Ron correndo risco de vida por estar ao lado dele, pensei nas centenas de bruxos e trouxas que corriam perigo simplesmente por existirem, pensei no meu pai sendo um comensal da morte, pensei em Pansy e Theo tendo que lutar contra suas próprias famílias, pensei em Draco, Blaise, Dafne e Astoria arriscando tudo.


Depois de um tempo, eu respirei fundo e e controlei as lágrimas.


Foi como se eu tivesse desligado a humanidade, como se tivesse entrando no campo de quadribol. Guardei meus sentimentos em uma caixinha dentro do meu coração e me tornei fria e racional. Eu precisava estar sob controle.


Peguei minha varinha e saí apressada do quarto, focada na missão que teria que enfrentar.


Os alunos da sonserina foram os primeiros a ficar sabendo sobre a guerra, porque Snape reuniu todo mundo e fugiu com aqueles que queriam defender Voldemort. Já não tinha sinal dele nem dos outros garotos que decidiram se associar aos comensais, e eu suspirei aliviada por não precisar encontrar Draco de novo.

Eles já haviam partido.


Eu troquei um olhar com Pansy e Theo, que organizavam os sonserinos que ficaram pra defender Hogwarts, e saí da comunal buscando meu objetivo. Encontrei McGnonnagal no corredor.


- Fawley, é verdade? Snape fugiu para se reunir ao Lorde das Trevas? Você-sabe-quem realmente quer invadir Hogwarts?


- Sim, professora. Potter e Dumbledore me deixaram uma missão. A senhora vai liderar os alunos que quiserem lutar como resistência?


Ela me olhou apreensiva, mas concordou com a cabeça.

- Hogwarts sempre defenderá os seus alunos. Vou providenciar o máximo de tempo que puder para vocês realizarem o que precisa ser feito.


Minerva fez um movimento com a varinha, que gerou uma mensagem através de um patrono e sumiu brilhando pelo corredor, em direção às salas dos professores.


Ela se preparou para entrar na comunal da sonserina e eu fiz um último pedido antes de correr a toda velocidade até a torre da Corvinal.

- Professora... Se puder, não deixe os sonserinos que ficaram lutar na linha de frente. Ele vão ter que enfrentar suas próprias famílias.


Ela me deu um olhar preocupado e eu dei as costas pra ela. Eu caminhei sozinha pelos corredores desertos, subindo para o salão principal, pensando em ir até a Torre da Corvinal e falar com a Luna. 

Conforme percorria o castelo, percebia a movimentação anormal que se formava. Os personagens dos retratos corriam através das paredes, enviando mensagens uns aos outros e tentando observar o que estava acontecendo.


Esbarrei em Neville e Gina quando virei o corredor perto das torres da Corvinal e Grifinória.


- Carol! Você está bem? Isso está acontecendo mesmo?

Neville me perguntou ansioso. Nós não éramos muito amigos, mas eu sempre gostei dele. Como ele é amigo dos meus amigos grifinórios, nós passamos algum tempo juntos nos últimos anos. Mas nós nos aproximamos mais nessas últimas semanas em que tentávamos manter ativa a organização Armada de Dumbledore, nosso pequeno grupo de resistência contra o regime de Snape como diretor da escola.


- Oi Neville, Gina! Sim, eu preciso de vocês.


- O que podemos fazer, Carol?

Gina perguntou, decidida. Ela sabia que eventualmente chegaria a esse ponto. Ron tinha conversado com ela antes de partir.


Eu respirei fundo organizando as ideias antes de responder.

- Gina, você e Neville precisam liderar os alunos que quiserem lutar junto com os professores. Convoquem a Armada de Dumbledore novamente e deem um jeito de acionar a Ordem da Fênix também. Chame os seus irmãos Gina, Sirius, quem mais puder vir pra cá pra ajudar. Mande todos eles aparatarem no Cabeça de Javali, tem uma nova passagem secreta pra Hogwarts lá.

Eles concordaram com a cabeça, apreensivos.


- Eu preciso ir até a Corvinal e falar com a Luna. 

Eles concordaram, mesmo sem entender, e nós nos despedimos. 


Na torre da Corvinal, o professor Flitwick já evacuava todos os alunos menores de idade com a ajuda dos monitores. Ele nem se importou que eu tivesse lá. Localizei a amiga junto com alguns alunos do nosso ano e chamei por ela.


- Hey, Luna! Eu preciso da sua ajuda.

Ela acenou de volta e caminhou em minha direção. Eu estava parada no centro da comunal, na frente de uma estátua de tamanho real da Rowena Ravenclaw, a fundadora da casa Corvinal. Ela usava um vestido esvoaçante e tinha sido esculpida com uma coroa delicada na cabeça.


- Oi Carol. É verdade então? Harry vai voltar? A Armada de Dumbledore vai lutar contra você-sabe-quem?


Eu concordei com a cabeça.

- Sim, e Luna, eu preciso da sua ajuda. Harry precisa encontrar um tesouro escondido que tem alguma relação com Rowena Ravenclaw.


Ela sorriu pra mim, daquele jeito meio aérea que ela tinha, e pegou na minha mão pra me guiar entre os corredores.


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- Se você procura algo de Rowena, vamos falar com a filha dela.

*

Universo Fawley - LIVRO 4 (A Batalha de Hogwarts)Onde histórias criam vida. Descubra agora