Percy Jackson conheceu o amor de sua vida. Percy Jackson casou com o amor de sua vida.
Mas a história não acaba no "e viveram felizes para sempre" como nos contos de fadas. Ainda mais quando você é o responsável pela sua esposa estar internada no h...
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Percy era feliz.
Percy era feliz, mas Deus, ele não era o fã número um de adolescentes hormonais. Com dezesseis anos, Charles era tão alto quanto ele e já se achava o adulto, como se Percy não ouvisse ele trazendo o namorado da semana no meio da noite.
Adolescentes, revirou os olhos enquanto esperava Charles - ele não gostava mais de ser chamado de Charlie - empurrar sua companhia pela porta achando que seu pai ainda dormia. Felizmente ele já tinha tido aquela conversa com o garoto. Percy escutou a porta bater.
Pelo amor de Deus, pensou e riu levemente, em sua adolescência Percy ao menos tentava não deixar na cara, mas Charles definitivamente não sabia nem mentir e nem disfarçar, seu pai não sabia se isso era bom ou ruim, no final das contas. Era divertido, embora, ver o garoto achar que o enganava. Percy o deixaria ter isso, e envergonharia em sua festa de vinte e um anos.
Ele se levantou e foi fazer o café da manhã. Charles estava no time de futebol americano e comia como um javali, então nada de pular refeições para ele. Fez panquecas, ovos mexidos com bacon e um copão de uma mistura que ele tomava todas as manhãs, ele não sabia o que era e nunca em enquanto vivesse provaria, apenas seguia à risca a receita de Annabeth.
- Bom dia, pai. - Escutou a voz de Charles, que entrou na cozinha se espreguiçando enquanto fingiu um bocejo. Percy segurou a risada.
- Bom dia - respondeu, colocando a comida na mesa e se sentando.
- O senhor vai me buscar na escola hoje? Deixei meu carro na mãe. - Pediu enquanto enfiava uma colher cheia de panqueca com mel e ovo na boca.
- Pego sim, você trouxe roupas para a semana, né? - Charles revirou os olhos. - Não revira os olhos pra mim, da outra vez tivemos que fazer três viagens de lá pra cá porque você esqueceu seu uniforme e não sei mais o que na casa da sua mãe. Sabe quanto tá a gasolina?
- Sei, pai. O senhor sempre reclama, - a voz entediada. - A mãe fez questão de conferir tudo, relaxa.
Terminaram de comer e foram se arrumar, Percy para o trabalho e Charles para a escola.
Estavam no final do ano e os dois estavam ansiosos para o recesso que teria, como essas férias Charles ficariam com Percy, haviam decidido ir para Veneza dessa vez, iam passar o natal e o ano novo pra lá. Sally e Paul reclamaram por não terem seu neto pelo segundo ano seguido, mas logo se juntaram à animação dos dois.
Percy checou sua lista de tarefas para fazer antes de viajar e felizmente já estavam todas feitas, desde conferir o visto a arrumar as malas de acordo com o clima de Veneza, a única coisa que faltava era a certidão de nascimento e de adoção de Charles que estava com Annabeth.
Depois que Annabeth se recuperou totalmente do tempo que ficou em coma, eles conversaram pela primeira vez em meses e decidiram se separar e juntos continuaram a lutar pela guarda definitiva de Charles e, alguns meses depois e com a ajuda de Sabrina tinham conseguido; Charles era, a sete anos, oficialmente Charles Paul Chase-Jackson e o adolescente não poderia estar mais orgulhoso disso.
Percy entrou no carro e esperou por seu filho que não demorou a entrar. Percy fez uma careta.
- Faz quanto tempo que você não toma banho? - perguntou, tampando o nariz.
Charles revirou os olhos.
- Que dia é hoje?
- Você tem que tomar banho todos os dias!
- Mas ta frio e olha - levantou os braços, se inclinado para Percy, que se afastou com um olhar enojado. - Eu passei desodorante!
Deus, Percy só queria que a fase da adolescência passasse logo.
