eu me acostumei a ser triste e insuficiente, com medo de sair e ser alvejada.
eu tenho medo de ser quem eu sou, medo de que as pessoas da sociedade sintam nojo ou ódio de mim
eu tenho medo do que a sociedade impõe, do que ela dita pra eu ser.
a dor de se acostumar à ser uma pessoa que não sou é como se eu nunca tivesse me conhecido.
confesso que tenho medo de me conhecer.
e se eu fosse eu? será que eu me sentiria melhor?
eu me acostumei a ser mal amada e sozinha, tanto que quando alguém demonstra algum tipo de afeto por mim, eu não sei reagir, por medo.
me acostumei a me sentir tão mal que sinto repúdio de mim e do meu corpo, sinto nojo e sinto ânsia por ser tão reprimida como atualmente me considero.
eu tenho medo de amar e ser fuzilada.
sei que a dor precisa ser sentida, mas porquê tem que doer tanto?
– moon
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tudo que eu guardo dentro do meu peito
Şiirchegou um momento em que a poesia é a única coisa que me salva. "a poesia me mostrou que posso sangrar sem ter que sangrar." me mostrou que posso fugir e ir além de meus medos mais intensos e das minhas inseguranças mais tolas. - isso é o que vem...