= Capítulo I | Máquina do tempo =

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Já se passavam das 11:00 da noite, o horário de recolher dos estudantes era as 8:00, então se Killer fosse pego pelos corredores ele seria levado para a direção ou até mesmo o darem algum trabalho extra, mas para sua sorte ele não precisaria sair e tinha tudo que era preciso em seu lado do quarto.

Killer tinha que termina seu projeto individual o mais rápido possível, de manhã alguns professores passariam de projeto em projeto para verificar como tudo estava e verem se o projeto escolhido merecia ou não ser exposto. Veja, Killer foi escolhido para estudar nessa escola por engano, e por não saber oque fazer com seu futuro ele decidiu tentar a sorte, o problema era que ele não sabia nada de programação ou tecnologia, mas graças a seus colegas de quarto ele conseguiu ao menos manter sua vaga na escola.

Porém nesse momento ele não poderia pedir ajuda a Horror ou Dust, ambos estavam dormindo e já tinham o ajudado com algumas peças de sua invenção antes, oque era contra as regras, mas mesmo assim os dois o ajudaram. Killer olhou com orgulho para o pequeno dispositivo em sua mesa. Seu projeto seria algum tipo de teleporte portátil, pessoas como os humanos e monstros que não conseguem se teleporta poderiam usar isso para irem a curtas distancias como ao mercado ou de voltar para casa.

 Seu projeto seria algum tipo de teleporte portátil, pessoas como os humanos e monstros que não conseguem se teleporta poderiam usar isso para irem a curtas distancias como ao mercado ou de voltar para casa

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 O design antigo foi feito por dois motivos. O primeiro e o mais importante e que a professora que iria avaliar seu projeto gostava desse estilo, então seria uma boa tentativa para conseguir pontos extras. O segundo motivo e porquê a base que ele usou era de um antigo relógio de bolso que tinha achado em uma caixa velha no sótão da escola.

—Agora e o momento da verdade.

Killer murmurou. Ele precisava falar baixo para não incomodar seu amigos, principalmente Dust que tinha um sono leve. Killer pegou seu celular do bolso e foi para o Undermap, ele precisava de algumas coordenadas para seu primeiro teste, talvez ele pudesse tentar ir para o banheiro ou para o outro lado do quarto.

—16 ... 05 ... 18xx...

Killer falava os números que via no celular enquanto os colocava em cada peça correspondente, se tudo estiver de acordo com oque planejou ele deveria se teleporta para o banheiro. Killer encara seu projeto com esperança, se isso falhar com certeza ele vai ser penalizado ou até mesmo expulso da escola. Killer pega o relógio da mesa e aperta o botão central com receio, 5 segundos se passaram e nada aconteceu. 

Killer da um suspiro de decepção, parece que ele vai ter de fazer mais alguns ajustes. Ele então colocou o relógio em sua mesa novamente e pegou uma chave de fenda, talvez alguma das peças de energia tenham falhado ou estejam mal encaixadas, porém quando Killer menos espera o relógio começou a fazer um barulho, oque rapidamente chamou sua atenção para o pequeno objeto em sua mesa, ele e o pegou nas mãos e esperou que algo acontecesse. Os ponteiros começaram a girar loucamente e um barulho de "tic-tac" começou. 

Nesse momento um tipo de portal azul aparece, oque deixa Killer totalmente chocado. O relógio não deveria criar um portal, mas foi nesse momento de distração que Killer perdeu totalmente o controle do relógio, que foi sugado para dentro do portal. Killer tentou segurar o seu projeto, mas falhou e acabou sendo sugado pelo portal.

Killer estava em pânico. Uma forte luz azul inundava sua visão, o cegando quase por completo. Ele podia sentir seu estomago inexistente se revirando e uma sensação horrível em sua alma, e como se ela estivesse sendo despedaçada e reconstruída a cada segundo. Killer tentava gritar ou pedir por ajuda, mas ninguém veio, ninguém podia o ajudar. Sua visão começou a falhar, seu cérebro inexistente pareceu apagar de repente, então logo a escuridão o consumiu.

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Killer logo começou a recobrar a consciência, seus sentidos ainda estavam se acostumando e ele parecia perdido. Ao olhar em volta ele percebeu que não estava mais em seu quarto, mas sim em algum tipo de armazém ou dispensa, em baixo dele tinham algumas caixas de madeira quebradas. Killer se levanta com um pouco de dificuldade e logo se segurou em um barril, só agora ele tinha notado a dor nas suas costas, parece que ele tinha caído e destruído as caixas com o impacto.

Ele ficou parado ali por alguns minutos, pelo menos até recobrar seus sentidos por completo e poder sair dali. Passando-se 5 minutos ele já se sentia melhor. Killer então começou a vasculhas seus bolsos e acaba encontrando seu celular, oque era ótimo pois assim ele podia ligar para Dust ou Horror, ou quem sabe usar o Undermap para se localizar. Porém para sua surpresa as coisas não eram tão fáceis assim. Seu celular não tinha sinal e travava muito, ele tentou ir para os contatos para tentar falar com um de seus amigos, mas nada adiantou, era como se não existisse.

Killer deu um rosnado baixo, ele não entendia do porque seu celular estar dessa maneira, quando ele saísse daquele lugar ele iria falar com Horror para o consertar. Killer então olhou em volta a procura de uma saída, oque não demorou muito já que o lugar onde ele estava não era muito grande. O lugar em si era feito de madeira escura, tanto as paredes como o teto. O chão não estava coberto e parecia apenas ter sido compensado. Tinha também várias caixas, barris e cestas, todos eles tinham frutas de diferentes tamanhos, cores e formatos. Tinha também uma pequena janela no topo da parede oposta a entrada, sendo a única fonte de luz do lugar. 

—Isso me lembra dos depósitos que vi no livro de história.

Killer falou para si mesmo indo até as portas. As portas também eram de madeira, mas se destacavam com sua pintura branca e maçanetas pretas. Ao abri uma das portas Killer teve de fechar as órbitas por conta da forte luz, demorou apenas alguns segundos para ele conseguir se acostumar com o novo ambiente. Killer olhou em volta completamente surpreso. Ele parecia estar em algum tipo de feira antiga, tinham vários monstros e humanos vestidos com roupas antigas andando de uma lado a outro, o barulho típico de feira se misturava com o barulho dos carros e dos galopes dos cavalos.

—O-Onde estou?

Killer se perguntou surpreso, só então que algo veio em sua mente, o relógio. Killer então entrou no deposito novamente e fechou as portas, tudo isso foi culpa do relógio, só podia ser dele. 

—Calma Killer, você vai sair daqui em um piscar de olhos, basta apenas encontrar o relógio e tudo vai se resolver. O lugar e pequeno, não vai ser dificil de achar.

Killer falou para si mesmo confiante e logo começou a sua busca. Ele vasculhou pelas cestas, barris e até pelas caixas, mas nada. Ele então tentou encontrar algo pelo chão ou onde tinha caído, mas nada. Era como se o relógio tivesse desaparecido, mas Killer se lembra muito bem de ter visto o relógio sendo levado pelo portal, ele tinha de estar ali em algum lugar. Depois de algum tempo de busca, Killer estava sentado contra um barril, ele não tinha encontrado o relógio em lugar nenhum, ele até estava pensando que o relógio foi para algum lugar diferente de onde ele estava.

Ele tentava manter a calma por fora, mas por dentro ele estava desesperado. A sua máquina de teleporte não deveria fazer isso, agora ele estava perdido em um lugar totalmente estranho, sem sinal e quase sem esperanças de voltar para casa. Ao perceber que estava tendo pensamentos negativos Killer se da dois tapas na cara.

—Não fique assim Killer! Deve ter alguma maneira de sair daqui, talvez eu deva procurar alguém para me dizer onde estou e como voltar para a escola, vai ser fácil.

Killer falou para si mesmo tentando se manter confiante, ele então se levanta e vai até a porta, colocando a mão na maçaneta e logo parando. Ele estava hesitante se deveria ir ou não, mas se ele continuasse ali provavelmente não teria nenhum resultado. Killer faz seu melhor para reprimir sua hesitação e abre a porta. Ele então olha em volta. A feira era grande e tinha uma boa chance de seu relógio estar ali em algum lugar, talvez ele possa perguntar a alguém sobre seu relógio.

Amor Certo, Tempo Errado (Killermare)Onde histórias criam vida. Descubra agora