= Capítulo II | Noite vazia =

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Killer andava entre a multidão tentando não esbarrar em ninguém, muito menos chamar a atenção. Algo que não foi possível por causa de suas roupas consideradas "estranhas" para todos ali. Killer segurou a respiração por um momento e fechou as órbitas com força.

—Apenas os ignore Killer, apenas os ignore.

Ele murmurou para si mesmo antes de sair do meio da multidão e ir para uma barraca mais afastada e se esconder atrás dela. Killer olhou de canto para os humanos e monstros que passavam de um lado a outro, todos eles usavam roupas remetentes ao século 19, oque confirmou as suas suspeitas.

—A máquina de teleporte não poderia fazer isso.... mas uma máquina do tempo pode.

Killer sussurrou a última parte chocado. Com certeza uma máquina do tempo era bem melhor que seu projeto original, isso até poderia o dar a nota máxima da feira de tecnologia e inovação. Foi ai que ele se pegou divagando em sua mente outra vez, era algo que acontecia de vez em quando, porém dessa vez a situação era séria e ele precisa parar com isso. Killer espalmou suas mãos no rosto antes de sair de trás da barraca e começar a sua busca.

Ele andava pelos cantos menos movimentados em uma tentativa de não se esbarrar com ninguém e não chamar tanta atenção, algo que infelizmente não funcionou. As roupas de Killer juntamente de seu comportamento "suspeito" chamaram a atenção de várias pessoas da feira, mas Killer estava muito focado em sua missão para se incomodar com essa "atenção" que estava recebendo. Enquanto Killer olhava algumas mercadorias alguém tossiu, não era uma tosse que indicasse uma doença, mas sim algo para chama atenção. Quando Killer se virou ele deu de cara com um guarda, ou seria policial? Ele não sabia ao certo.

—Preciso que me acompanhe imediatamente senhor.

Falou o guarda/policial com um olhar sério, quase como se ele tivesse cometido um crime. O mesmo estava com a mão na cintura. Killer ao desviar o olhar acabou notando algo semelhante a uma arma antiga, oque fez seu cérebro inexistente procurar por uma saída o mais rápido possível. Ele estava suando naquele momento e encarava o nada em busca de uma solução. O guarda/policial ao ver a ação de Killer olhou para trás, oque foi tempo suficiente para Killer correr na direção oposta.

—EI VOCÊ, PARE IMEDIATAMENTE!

Gritou o guarda/policial que começou a perseguir Killer, que em uma tentativa de se livrar acaba fazendo movimentos de zig zag entre as pessoas e as barracas, oque funcionou por um tempo, mas logo o mesmo guarda/policial o encontrou e Killer precisou sair da feira, passando freneticamente pela rua movimentada até chegar ao centro onde vários prédios e lojas antigas estavam. Killer correu por mais ou menos 3 minutos antes de parar perto de um poste para respirar, ele nunca foi um bom corredor, então essa situação realmente o cansou, poucos segundos se passaram quando Killer avistou o mesmo humano novamente, oque fez ele correr para o primeiro beco que encontrou e se escondendo atrás de uma grande pilha de caixas velhas e imediatamente tampou sua boca, como se o misero som que emitisse pudesse o entregar.

Barulhos de passos apressados inundaram os ouvidos inexistes de Killer, mas para sua sorte os passos logo ficaram mais afastados, indicando que o mesmo tinha ido embora. Quando Killer senti-o que estava seguro saio de seu esconderijo e olhou a sua volta, ele não reconhecia nada e não sabia onde estava, conclusão, ele estava perdido e não sabia se estava ainda em sua cidade ou se estava em um lugar totalmente diferente.

—Ao menos consegui me livrar daquele policial.

Falou para si mesmo aliviado. Ele precisava ter mais cuidado com oque faz e oque não faz, qualquer ação errada poderia modificar o passado e, consequentemente, o presente, ou seria futuro? Enfim, isso não importava agora, tudo oque ele precisava era saber se ainda estava em sua cidade e onde o relógio estaria. O problema e que ele não sabia se o policial ainda o estava perseguindo, então ele teria de se disfarçar, mas o problema e de como.

Amor Certo, Tempo Errado (Killermare)Onde histórias criam vida. Descubra agora