= Capítulo III | Estranhos =

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Killer senti-o algo macio, não era realmente confortável, mas era o suficiente para descansar sem problemas. Foi ai que um clique soou em sua cabeça, ele se levantou rapidamente e olhou em volta. Sua visão ainda estava se acostumando com o novo ambiente, oque o deixou tonto por poucos segundos antes de sua visão voltar ao normal. Killer se encontrava em algum tipo de sala, mas não tinha ninguém além dele, porém não demorou muito para ele ouvir passos em sua direção, oque o fez se encolher no sofá e encarar nervosamente a direção de onde os passos eram ouvidos. Os passos pararam e uma figura esquelética estava parada na porta. Killer podia sentir o medo inundando sua mente, ele não sabia oque a figura poderia fazer, ele nem ao menos podia ver seu rosto perfeitamente.

—Fico feliz que esteja acordado.

A figura falou se aproximando. Killer se encolheu o máximo que pode enquanto fechava suas órbitas com força, ele esperou por algo, mas nunca veio. Ao abrir as órbitas novamente ele da de cara com um esqueleto um pouco mais baixo que ele. O esqueleto usava uma blusa branca antiga com as mangas um pouco largas, uma calça marrom simples e um par de sapatos pretos. Oque mais chamou a atenção de Killer foram as órbitas douradas do esqueleto a sua frente, eram quase como se fossem de ouro.

—Não precisa ter medo, eu não vou te machucar.

O esqueleto o tranquilizou. Killer deu um pequeno aceno antes de relaxar um pouco, ele não confiava totalmente no pequeno esqueleto, principalmente em uma época como essa onde todo o cuidado e pouco para não alterar o futuro.

—Quem e você? E p-porque me trouxe até aqui?

Killer tentou soar o mais sério e confiante possível, mas acabou falhando quando gaguejou, oque o fez se dar um tapa mental por ser tão estupido. O esqueleto se sentou do outro lado do sofá e colocou as mãos sobre os joelhos. Killer não deixando de encarar o jovem esqueleto a nenhum momento.

—Me chamo Dream Joku, mas pode me chamar apenas de Dream. Para sua segunda pergunta, eu acabei o encontrando quando voltava do trabalho, você parecia com frio, então resolvi o trazer para minha casa.

O jovem falou com um sorriso simpático. Killer continuou a encarar Dream enquanto pensava do porque alguém traria um estranho para a própria casa. Dream começou a ficar desconfortável com o olhar do outro, era um olhar que não parecia o indicar uma emoção certa, oque apenas deixou o ambiente pior, mas para sua sorte um barulho semelhante a um sino tocou, indicando que o jantar estava pronto.

—Aposto que está com fome. Podemos continuar a conversar na cozinha, se quiser e claro.

Dream falou a última parte em um tom mais baixo. Killer saio de seus pensamento e deu um pequeno aceno, ele teria de ter muito cuidado para não arruinar o passado mais do que já estava. Dream se levantou e olhou de canto para Killer antes de caminhar até uma passagem. Killer estava um pouco hesitante, nesse momento sua barriga inexistente roncou, ele então deu um pequeno suspiro de derrota antes de seguir o mesmo caminho de Dream. Ao chegar na cozinha ele podia ver uma mesa posta, o cheiro era bom e parecia ser deliciosa. Nesse momento Killer se depara com o mesmo esqueleto de antes, só que dessa vez ele usava roupas semelhantes a de Dream, sendo a única diferença a cor que se misturava com a substancia estranha que o cobria.

—Fique a vontade.

Dream se sentou a mesa assim como seu irmão. Killer deu um pequeno aceno antes de se sentar a frente de Dream e ao lado de Nightmare. Ele pegou a colher e encarou a comida por alguns segundos antes de pegar um pouco e comer, seus olhos brilharam, aquilo sem dúvidas era uma das melhores comidas que já tinha provado. Principalmente se contamos o fato de que a comida da escola não era tão boa e que nem ele e seus amigos sabiam cozinhar.

Amor Certo, Tempo Errado (Killermare)Onde histórias criam vida. Descubra agora