= Capítulo IV | Descoberta =

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Killer acordou com um barulho vindo da porta, ele bocejou e coçou uma de suas órbitas. Parece que não adiantou tentar ficar acordado a noite toda. Killer se espreguiçou e deu um pequeno sorriso ao sentir seus ossos estalarem. Então batidas foram ouvidas na porta outra vez. Killer encarou a porta a sua frente antes de se levantar e ir abrir, porém antes que ele pudesse fazer isso a porta se abre, oque fez ambos darem de cara e caírem.

 —E-Eu sinto muito!

Killer gaguejou enquanto segurava o esqueleto acima de si. Nightmare ficou um pouco envergonhado com isso, mas logo o sentimento foi trocado por raiva. Como aquele estrangeiro ousou fazer isso? Mas a raiva foi passageira já que ele encarou isso como um acidente.

—Não importa.

Nightmare saio de cima de Killer e começou a limpar as suas roupas. Killer deu apenas um tapa mental em si mesmo e se levantou, ele realmente não queria que isso acontecesse, principalmente na situação que ele estava. Nightmare assim que terminou olhou de canto para Killer antes de sair, passando pelo corredor e indo até as escadas, mas antes de descer ele falou.

—O café da manhã está pronto. Dream insisti-o que eu preparasse algo para você também, me agradeça depois, não e todo mundo que pode comer da minha comida.

Foi tudo oque Nightmare disse antes de descer as escadas. Killer observou Nightmare sair e deu um pequeno suspiro, ele nunca imaginou alguém tão frio como aquele cara, porém ele não iria negar que isso o deixava atraente. Killer ao se pegar nesses pensamentos se deu dois tapas na cara. Como ele pode estar pensando nessas coisas com alguém que provavelmente está morto em seu tempo! Deixando esses pensamentos de lado, Killer voltou para o quarto e foi direto para as roupas que tinha colocado na poltrona. Uma blusa simples branca com mangas, uma calça preta e um suspensório da mesma cor. Killer olhou para a roupa por um momento antes de se trocar. 

—Até que não ficou tão ruim.

Killer falou para si mesmo enquanto olhava para o pequeno espelho gasto, ele então arregaçou as mangas e puxou os suspensórios um pouco. Killer olhou para suas outras roupas e pensou onde podia as colocar, ele não podia simplesmente deixar elas ali, isso poderia causar alguma consequência horrível no futuro. Logo ele teve a ideia de amarrar sua jaqueta na cintura e dobrar o resto das roupas e as colocar dentro de suas costelas. Pode não ser a melhor ideia do mundo, mas tem de trabalhar com oque tem em mãos. Ele então pegou seu celular e tentou ligar mais uma vez, mas o de sempre aconteceu... nada... ele então da um suspiro de decepção antes de sair do quarto e ir até as escadas, porém ele acabou parando para observar uma pintura antiga na parede. A pintura tinha os dois irmãos mais jovens com uma mulher na qual Killer presumi-o ser a mãe, só que antes que Killer pudesse admirar a obra alguém o chama.

—Killer a comida vai esfriar!

Dream falou alto o suficiente para Killer ouvir, mas certamente não era tão alto ao ponto de gritar. Assim que ele desceu as escadas e se aproximou da cozinha um cheiro agradável encheu o ambiente. Quando chegou a cozinha Dream já estava comendo, enquanto Nightmare tomava algo em sua xícara, oque Killer presumi-o ser café. Killer esperou na porta por algum sinal, e se aquilo não fosse para ele? Nightmare colocou sua xícara na mesa que servia como divisória e olhou para Killer com uma sobrancelha levantada.

—Não vai comer?

Nightmare apontou para o prato. Killer deu um sorriso frouxo e foi até a mesa, o cheiro era simplesmente ótimo, ele realmente não esperava por isso, principalmente por causa do quão dificil era conseguir comida de uma qualidade boa nessa época. Entretanto nada supera seu tão amado cachorro-quente feito por Dust, falando nisso, ele se pergunta de como estão as coisas no futuro.. presente?.. isso ainda o está complicando. Enfim, ele apenas queria saber se tudo continua a mesma coisa ou se algo mudou, ele não deveria estar aqui com os irmão, esse pequeno evento pode já ter causado alguma mudança.

—Até logo irmão!

A fala de Dream acabou tirando Killer de seus pensamentos, que observou o esqueleto de olhos dourados sair da cozinha. Não demorando muito para o barulho rangente da porta ser ouvido se abrindo e fechando, indicando que Dream tinha saído. Killer olhou para onde seu prato deveria estar e não o encontrou ali, só ai ele reparou em Nightmare que estava os lavando. Por Toby Fox! Como ele pode ser tão desligado ao ponto de não ter percebido? Depois de alguns segundos Killer se recompôs e tentou puxar assunto com Nightmare.

—Entãooo~ Onde seu irmão foi?

—Trabalhar. 

Bem não era exatamente isso que Killer esperava. Quer dizer, ele esperava que eles pudessem ter uma conversa mais.... elaborada? Isso não seria o termo correto, mas apenas que pudessem conversar um pouco mais normalmente. Talvez seja melhor ele sair e continuar sua busca.

—Obrigado pelo oque você e seu irmão fizeram por mim, mas agora tenho de ir.

Killer se levantou e colocou as mãos nos bolsos de seu casaco. Nightmare assim que terminou fechou a torneiro e enxugou as mãos, em seguida ele foi até Killer, oque o fez suar um pouco por pensar que Nightmare iria fazer algo.

—Eu te acompanho até a porta.

—Obrigado.

Killer falou tentando não gaguejar. Ambos então caminharam poucos metros até a porta. Killer se sentia aliviado por finalmente sair dali, apesar de que ele sentira falta da comida deliciosa. Porém agora não era o momento, ele tinha de continuar sua busca e voltar para sua casa. Assim que Killer saio. Nightmare se senti-o aliviado, ele não gostava de estranhos em sua casa, mas ele tinha de fazer isso por seu irmão. Ele então vai até o sofá e se senta, mas algo estava errado. Ele não era burro e sabia que Killer estava escondendo algo. Dez que chegou e saio ele podia ver nos pequenos sinais que aquele estrangeiro estava escondendo algo, e ele iria descobrir.

Killer andava pelas ruas movimentas em busca de algum sinal de seu relógio, mas oque o chocava era do quanto a sua cidade tinha mudado em quase 200 anos. Ver que os prédios antes eram simples lojas e casas o fascinava e o fazia pensar em como séria ver a criação da cidade ou até mesmo ver de como vai ser o futuro, mas antes de pensar nisso ele deve encontrar seu relógio e voltar para o seu tempo. A medida que Killer andava ele começava a perceber alguns lugares que eram semelhantes aos que ele e seus amigos passavam quando iam para uma lanchonete ou apenas para caminhar, foi ai que ele notou o museu e as casas e lojas próximas. Elas ainda estavam do mesmo jeito de antes, isso sim era bem impressionante. Céus! Ele adoraria contar de como está sendo tudo isso para Dust e Horror, certamente ele não vão acreditar, mas não custa tentar.

—Foco Killer! Você tem um relógio para encontrar.

Killer falou para si mesmo, ele não podia desistir, ao menos não agora. Killer continuou sua busca por quase 3 horas, poderia ser mais fácil caso ele perguntasse as pessoas, mas oque ele diria? "Olá meu chamo Killer e sou de 200 anos a frente do futuro, acabei preso aqui por acidente porque perdi o meu relógio que no caso e meu projeto de escola e gostaria de saber se o vi-o por ai". Quem na face do multiverso iria acreditar nele? Com certeza o iriam chamar de louco e até chamar o hospício, se e que eles já existiam nessa época. Enquanto mais andava, mais lugares Killer reconhecia. Inclusive ele encontrou o lugar onde sua escola estaria, que no caso era apenas um terreno vazio, sujo e fedorento. A higiene nessa época não parecia ser um ponto forte.

—Até que essa viajem ao passado não foi tão ruim assim.

Killer falou para si mesmo olhando para um antigo café que ele reconhecia muito bem, sendo a única diferença a cor que ganhou uma repaginada, mas tirando isso era idêntico. Depois de mais 1 hora de busca. Killer resolveu fazer uma pausa, ele já estava ficando cansado e as buscas não estavam o levando a lugar nenhum. Killer então andou um pouco antes de parar em um beco e se sentar ali mesmo, ele então pegou seu celular do bolso e tentou mais uma vez tentar conseguir sinal ou falar com seus amigos, quem sabe até mesmo com seus pais, mas nada aconteceu. Seu celular constantemente travava, já que nessa época celulares não existiam. Nesse momento Killer senti-o a presença de alguém, ele olhou para o lado direito e não encontrou ninguém, mas quando ele olhou para a esquerda seu olhar afundou. Nightmare estava ali, e ele parecia totalmente sem reação com o aparelho nas mãos de Killer. Ele não entendia do porque Nightmare estava ali, ele o estava seguindo? Mas nada disso importava agora, oque importava era de que ele tinha arruinado totalmente o passado, e que o futuro que ele conhece já não vai ser o mesmo.

Amor Certo, Tempo Errado (Killermare)Onde histórias criam vida. Descubra agora