"Na minha cabeça aquela lógica fazia sentido!" Frankie exclamara. "Eu apenas perguntei a ela: 'Professora, se os seres humanos podem ver a água e não o ar, os peixes podem ver o ar e não a água?'. Mas, ao contrário do que eu esperava, ao invés de me responder ela retirou dois pontos meus da média, S/N! Dois inteiros!"
"O por quê de ela ter feito isso é meio óbvio, não?" Você argumentou erguendo uma sobrancelha, colocando dois salgadinhos na boca. "Essa lógica é estupidamente estúpida. Ridícula, horrorosa, se você ler em um papel irá queimar seus olhos de tão ruim que isto é para a sociedade."
"Eu disse para ele! Aquele jumento nunca me escuta!" Sua melhor amiga, Ariana, exclamou um tanto irritada. Vocês estão em chamada de vídeo pelo notebook há cinco horas, às vezes nem falam nada ou conversam, apenas ficam se encarando. É estranho, você assume isso, mas não consegue parar de gostar, da mesma maneira.
"Você me chama de jumento mas tem o mesmo sangue que eu!" Frankie protestou um pouco longe. Os olhos acastanhados de sua amiga reviraram-se no mesmo segundo, e tudo o que você fazia para apartar a briga de irmãos era comer salgadinhos e tomar refrigerante.
"Jumento!" Rosnou feito um cachorro quando ele passou em frente a ela. "Você é um jumento! Um bode do meu sítio! Béééé!"
"E você é uma cavala dentuça! Os primeiros dois dentes de cima parecem com os dentes daquela personagem brasileira de quadrinhos infantis. Mary... Melanie... Mônica, isso!"
"Pare de fazer bullying comigo, Frankie James Grande! Vou contar para a mamãe, você vai ver o que ela vai fazer com você!" Franziu a testa apontando um dedo para ele. "Mas diga-me, S/N, o que falávamos mesmo?" Voltou o olhar para a câmera e sorriu de lado.
"Briguem mesmo, vagabundos." Riu.
"Como é?" Ergueu uma das sobrancelhas em desconfiança.
"Nada, Ari." Negou com a cabeça, terminando de tomar seu refrigerante e deixando a garrafa em cima da cômoda de madeira ao seu lado. "Estava me desculpando com você por ter saído com Lauren sem te avisar antes. Havia me esquecido do nosso encontro na lanchonete, te deixei plantada lá por horas, não é?"
"Oh, sobre isso..." Engoliu em seco voltando o olhar para baixo. "Então, está tudo bem, S/A." Fez um movimento com as mãos, dando de ombros. "Você tinha outras prioridades naquela noite, eu entendo você. Não há razões para se desculpas, posso garantir." Sorriu fraco.
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"Ser corna é difícil, não é, maninha?" Brincou o mais velho, soltando uma alta risada quando viu a cantora corar fortemente. "Seus chifres nem passam mais pela porta. Por Deus, eu mesmo consigo vê-los!"
