Imagine Número Cento e Quarenta

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Onde Ariana diz 'não tentei matar você' para S/N.

[...]

Não costumo odiar pessoas, mas existe uma certa italiana que realmente posso colocar no patamar de ódio e rancor. 

Ariana era seu nome. Seus cabelos eram castanhos e seus olhos da mesma cor, era magrela, pequenina e inclusive sou um pouco mais alta do que ela. Ela é tudo o que se pode imaginar de ilegal: traficante, ladra, espiã, hacker, invasora de domicílios, agiota, entre outros. 

Mas ela só me odeia por conta da minha família. Acontece que meu falecido pai devia para a família dela cerca de meio milhão de dólares, se pararmos para pensar nas minhas condições financeiras atuais nem é tão caro assim, mas não quero pagar a ela esse dinheiro todo. 

Nem fodendo. 

Se ela e aquele cabeção que ela tem pensam que vou pagá-la esta enorme quantia para enriquecê-la facilmente, estão completamente enganados. Também não sou cem por cento honesta, tenho meus contatos e se eu quisesse aquela vadia já estaria debaixo da terra. 

Para se ter uma pequena noção do tanto que nos odiamos, ela já tentou me matar usando um tiro de sniper. Aquela italiana filha da puta tentou me matar, e a partir daquele dia tive que andar com carros blindados e ter os vidros das janelas com a mesma coisa. 

Depois desse acontecido, ela sumiu. Não deu mais sinais de vida, e se ela tiver partido dessa para uma melhor estará de bom tamanho. Por isso relaxei um pouco mais, sem mulheres me perseguindo, sem tiros de sniper, eu poderia finalmente ser uma pessoa 'normal'. 

Quando digo 'normal' quero dizer ir a baladas, curtir a vida, apenas relaxar no sofá sem quaisquer preocupações, namorar, ter amigos, coisas do tipo. E foi exatamente o que fiz hoje, curti bastante e cheguei acabada em casa, mal olhei para os lados quando entrei, apenas queria um bom copo de água gelada e deitar em minha cama.

"Noite boa, não?" 

"Mui..." Cortei-me antes mesmo de terminar a frase. Eu posso reconhecer este sotaque irritante em qualquer lugar. "O que você está fazendo aqui, vadia?" 

"Oh." Lá estava ela, sentada no meu sofá com alguns salgadinhos nas mãos e um café gelado da StarBucks. "Eu não queria ser mal educada, mas você nunca chegava e eu estava faminta, então resolvi procurar alimento nos armários. Se importa?"

Suspiro em incredulidade. "É claro que sim! Não foi você que pagou!"

"Posso lhe pagar de volta quando você me der o que deve." Pegou um salgadinho e enfiou na boca, sorrindo e mostrando suas covinhas. 

"Se veio aqui para me cobrar, não irei te pegar, Butera. E se veio dar uma de agiota, pode me matar, sei que deve ter uma arma com silenciador aí debaixo desse seu moletom. Falando nisso, onde está seu rabo de cavalo?" 

"Estou tentando mudar. As pessoas me reconhecem por causa do rabo de cavalo e não quero ser reconhecida." Levanta a sobrancelha. "Vem cá, você não vai fazer a janta, não? Estou faminta. Acha que é fácil voar da Sicília até Nova Iorque?" 

"Vá se foder, Butera." Rolo os olhos. "E o que é essa exigência? 'Não vai fazer a janta, não?', por que não vai a um restaurante ou pedir delivery ou algo assim?"

"Ah, adoro comida caseira." Coloca os dedos cheios de farelos de salgadinhos na boca e chupa. "Entretanto, eu posso sair e pagar por um restaurante, mas só se você me pagar o que deve, é claro." 

"Porque você simplesmente não me mata logo? Minha vida é uma porcaria desde a adolescência e continuará sendo se você permanecer me cobrando assim

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"Porque você simplesmente não me mata logo? Minha vida é uma porcaria desde a adolescência e continuará sendo se você permanecer me cobrando assim. Além do mais, você já tentou me matar uma vez, acha que eu não lhe vi naquela laje?"

A boca dela se transforma em um 'o' perfeito. "Não tentei te matar! Primeiro: eu estava treinando a mira; Segundo: as janelas do seu carro ficaram intactas; Terceiro... Pare de ficar na defensiva, tá legal? Você está hostil demais."

"Eu sou hostil demais?!" Arregalo os olhos. "Como acha que devo ficar quando a pessoa que tentou me matar invade minha casa, pega meus salgadinhos e está conversando comigo como se fosse alguém próxima de mim?" 

"E eu não sou?" Coloca a mão no peito. "Assim você machuca meu coraçãozinho frágil. Te conheço desde que fiz vinte anos, temos a mesma idade, querida."

"Só vá embora, está bem?" Passo as mãos nos cabelos, impaciente. "Já que quer tanto a porcaria do dinheiro, depositarei na sua conta amanhã. Prefiro pagar essa merda do que ser infernizada pelo resto da vida." 

O rosto dela neutraliza de uma maneira inexplicável. Mal posso adivinhar o que está passando por sua cabeça, é como um mistério. Ela se arruma em meu sofá confortavelmente e toma um gole pequeno de sua bebida gelada, engolindo, em silêncio. 

Fiquei a observando feito uma grande idiota. Aposto que quando sair, ela esquecerá de limpar as coisas que sujou e jogar fora as que pegou. Conheço a peça para dizer algo tão sério assim, e acredite, ela é capaz de fazer pior. 

"Acontece que não estou aqui para falar sobre o dinheiro." Sua fala me desperta e a encaro nos olhos, completamente confusa. 

"Você está me deixando confusa. Há dois segundos atrás você disse que quer o dinheiro, me cobrando e os caralhos a quatro, e agora diz que não está aqui para falar sobre a grana? Não estou te entendendo." 

"Então..." Limpa a garganta, aparentando estar desconfortável. "Casa comigo?" 

"Como é?!"

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boa noite, cremosas.
'Como Seria Se...?' é maravilhoso pra uma porra,
rainha Lili arrasou e brilhou d+ 😍😍

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