Imagine Número Cem

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Onde S/N e Ariana tem a segunda sessão de terapia. 

[...]

A pedido das minhas cremosas,
aqui tá a parte 2 
🖤

No dia seguinte, lá estava eu, entrando naquele ambiente hospitalar e cumprimentando algumas pessoas que conheci ontem.

Elizabeth me visitou na noite de ontem com pizza e refrigerante, disse que estava no cartório e que estava de folga. Mentirosa, eu sei que ela estava com um macho, ela chegou com os cabelos bagunçados e a maquiagem borrada. Aquela piranha não me engana.

Subo para o sétimo andar, pois estava perto de dar o horário.

Fico esperando meu reloginho de pulso bater duas horas, mais uma vez. Talvez isso comece a ser um tipo de ritual agora que trabalho aqui. Sem paciência, já que o tempo não passava, subi para o quarto 202.

Andava despreocupada pelo corredor acinzentado, escutando alguns gritos vindos das portas brancas, e sabia que os mesmos vinham dos pacientes. Mordo os lábios e acelero os passos, esses gritos me agonizam muito, não consigo.

Porém, quando cheguei na porta do quarto da minha paciente, não tinham seguranças, e faço uma careta confusa. 

Franzo as sobrancelhas e paro quando vejo uma mulher morena sair do quarto, parecia apressada, ela vira e quando me vê, arregala os olhos. Aperto os olhos e cruzo os meus braços, quem é essa?

"Boa tarde."

"Boa tarde." A mulher sorri; bonitinha, mas ainda quero saber o que ela faz aqui.

"Quem seria você, por gentileza?"

"Oh, eu? Sou Alexandra Davis, enfermeira de Ariana." Fitei-a de cima a baixo, encontrei o crachá dela e descruzo os braços. "Você deve ser a doutora dela, estou correta?"

"Sim. Muito prazer, senhorita Davis." Apertamos as mãos educadamente. Ouvimos uma das portas se fecharem, revelando outro psiquiatra, provavelmente, com um segurança.

"Hum... Preciso ir agora. Mas foi muito bom conhecer você, doutora." Solto a mão dela e ela sai da minha vista por completo em passos rápidos.

Certo.

Isso foi estranho.

Ouço meu alarme tocar, indicando que já estava na hora da consulta.

Respiro fundo e coço os cabelos, pego as chaves da porta, coloco na fechadura. Giro e abro a mesma, entrando. Pudia sentir olhares em mim, e sabia muito bem de quem eram esses olhares.

Viro para trás e dou de cara com minha paciente sentada em sua cama. A mesma estava séria, parecia uma águia me olhando daquele jeito. Quando me aproximei para soltar suas algemas, observo suas mãos, estavam mais feridas do que ontem.

Como isso é possível?

Fico alguns segundos olhando para os machucados, mas depois acordo do transe e a solto, tirando as algemas de seus pulsos. Olho para cima por um momento e percebo que ela tinha olheiras; ela não havia dormido direito, também?

Vejo um sorrisinho nascer em seus lábios à medida em que me afasto para sentar em minha cadeira.

"Olha aí, a doutora sem nome voltou." Escuto sua fala e cruzo minhas pernas, abrindo meu caderno e destampando a caneta.

"Falei que voltaria, senhorita Grande." Sorrio amigável. "Então, como se sente hoje?"

"Acho que vou ficar irritada."

Imagines Ariana GrandeOnde histórias criam vida. Descubra agora