Imagine Número Cento e Cinco

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Onde Ariana e S/N vivem um romance natalino.

[...]

Inspirado na música True Love
da Ari, do EP Christmas & Chill
;

Dia um: 'beijos e abraços'.
Dezembro de 2020.

Era Dezembro. 

Adoro este mês em específico porque há o friozinho gostoso de inverno, as festas de final de ano, obviamente, mas uma festa sempre fora grifada em meu coração: O natal. 

Definitivamente é minha data favorita do ano. Gosto das festas, do amor que damos e recebemos, das reuniões familiares - cof cof, da comida também -, e da felicidade que este dia trás para mim e para todos, tenho certeza. 

Quando criança, gostava de fazer bonecos de neve com meus primos, e me jogar na neve branquinha e gelada apenas para sentir os arrepios passarem pelo meu corpo por um segundo ou menos. Era maravilhoso. 

Geralmente minha família costuma se reunir na casa da minha mãe para as festas, mas desde que a Covid-19 chegou, não podemos mais fazer isso. Temos que permanecer em nossas casas este ano, celebrando virtualmente - caso o sinal pegasse, aliás. 

Na maioria das vezes que ia nas festas eu estava solteira, e tinha que aguentar perguntas vindas da minha Nonna, como: 'Querida, como estão as namoradinhas?'. Claro que nunca sabia onde enfiar minha cara, até porque não tinha 'namoradinhas'. 

Tinha é a palavra certa, Ariana. 

Agora, tenho uma pessoa. 

O nome dela é S/N, e nos conhecemos da forma mais clichê possível: acabei esbarrando e derrubando, sem querer, meu café na roupa dela. Me senti como se estivesse em um filme de comédia-romântica, os mesmos que costumo assistir com meus cachorros nos finais de semana, ironicamente. 

Naquele dia pensei que ela estava me odiando, a roupa dela era linda e a estraguei com aquelas manchas amareladas de café, mas não. Ela foi tão doce ao dizer que estava tudo bem que realmente me senti em um filme de romance. 

Houve até troca de olhares! 

Ajudei-a a se limpar em um banheiro próximo e me desculpei mais de trezentas vezes seguidas, e ela continuava dizendo que tudo estava bem. No final das contas, a roupa dela continuou manchada, e me senti péssima por isso.

Me desculpei outra vez e ela balançou a cabeça, repetindo sua fala, e então, ela vai embora. Três meses depois a encontrei em um café chamado: 'Green Table Cafe', aqui em Los Angeles, e foi naquele dia que descobri que ela era vegana, assim como eu. 

Pedimos o mesmo smoothie, 'Morning Shine' - inclusive, esse virou o nosso favorito -, e saímos juntas do café. Trocamos números e começamos a conversar, nosso primeiro beijo foi sete meses depois e em janeiro deste ano ela veio morar comigo, estando aqui até hoje. 

Foi então que a pandemia chegou e honestamente, senti que foi um teste pessoal tê-la trago aqui assim, justamente agora. Precisava saber se ela era a pessoa certa, e apesar de estarmos indo devagar nos passos, ela é especial e não quero perder a magia desse sentimento que estou tendo por ela por pensar demais. 

Quero apenas sentir mais o momento do que pensar.

"Jesus Cristo. Está muito frio." Diz ela saindo do quarto, cobrida dos pés à cabeça por um cobertor cinza. 

"Concordo." Meus lábios curvam-se em um sorriso meigo. 

"Ei, estava pensando em pedir hambúrgueres do Green Table Cafe para nosso jantar. O que acha?" 

"Seria perfeito." Olho para ela, tentando parar de sorrir por um segundo sequer, obviamente sem sucesso algum. 

"Mas antes

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"Mas antes..." Estreita os olhos e capto o que ela queria. 

"Opa, opa, nem pense niss... S/N!" 

Dei um grito quando ela subiu em cima de mim e me enrolou no cobertor junto com ela. Gargalhei com os beijos que ela começou a distribuir pelo meu pescoço e as cócegas na minha barriga. Não demorou um minuto para que eu começasse a pedir para ela parar. 

Assim foi feito. Ela parou e me encarou no fundo dos olhos. Eu estava ofegante de tantas risadas e suando um pouquinho também, a observei retirar alguns fios de cabelo do meu rosto e boca, e depois grudar nossos lábios com carinho. 

Levanto minhas mãos e coloco-as em seu pescoço, fechando os meus olhos para aproveitar aquela sensação de calmaria. Não houve língua, apenas um selar carinhoso entre duas almas que se atraem uma pela outra. 

Quando nos separamos, eu estava mais ofegante do que antes, e ela também ficou assim. No instante em que ela puxa minhas mãos de seu pescoço e acaricia senti algo percorrer meu corpo. Um arrepio. Como uma corrente elétrica, que fizera meu coração acelerar e me fez sentir nervosa ao manter o contato visual. 

Lhe dei um selinho rápido, ela retribuiu o ato dois segundos depois. Depois outro, outro, outro, outro e mais outro. Bem, ela me encheu de selinhos carinhosos. 

Senti-me especial naquele momento. Como se só houvesse eu e ela no mundo, nada mais importasse, apenas nós duas. Ela sempre trás o melhor de mim, não importa o momento ou situação, ela está me mostrando coisas que não via nos outros relacionamentos que tive. 

"Queria poder ficar assim a noite toda." Ela sussurra. 

"Você pode." Sussurro de volta e abro outro sorriso. "Posso te pedir uma coisa?" 

"Claro que pode. Contanto que não seja algo que envolva eu e a cozinha, tudo certo." Sai de cima de mim, mas nos mantém cobertas. Dou uma risadinha. 

"Não é isso, só... Me abrace, por favor." Não precisei pedir duas vezes, ela me abraçou e colocou seus braços sobre meu corpo, fazendo carinhos em mim. "... E nunca deixe-me ir." 

"Eu não vou, Ari." 

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boa tarde, cremosas.
eu assisti doutor estranho 2 ontem e
meu irmão, foi muito bom, pqp.

Imagines Ariana GrandeOnde histórias criam vida. Descubra agora