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Mas na semana seguinte mal nos vimos ou nos falamos, trocamos poucas mensagens e era como se a conexão tivesse sumindo. Não houve ninguém naqueles dias que estivesse constantemente comigo além de Jay, ele fez questão de cuidar de mim de perto o que me fez pensar que ele não tinha muito trabalho regendo a empresa, se não por que ele daria tanta importância ao meu debute? Ele apostou tão alto assim em mim?

- Está tudo correndo como imaginou?

- Está muito melhor, obrigada. - No meio da sessão de fotos vem um rapaz não muito mais velho que eu do qual eu não fazia ideia de quem seria mas ao se apresentar lembro de seu nome nos meus e-mails, ele era um colunista de uma revista da qual eu estava fazendo a sessão. Jay era amigável com o rapaz e eles claramente se conheciam.

Nos demos muito bem e a entrevista passou voando, logo eu já podia ir para casa e aquela falta que estava sentindo de Yugyeon era cada vez menor.

"Será que eu ligo para ele?" Me pergunto enquanto estou na calçada do prédio esperando minha van. A tela do meu celular apaga pela demora da decisão e acabo por desistir e colocá-lo no bolso.

- Hey, entre no carro! Eu vou te levar em casa.

Jay? Isso me deixa desconfortável mas não tenho nada a fazer sobre.
Porque? Por que Jay Park vai me levar em casa, se não fosse estranho meu chefe/ídolo me levar em casa seria excitante, meu nervosismo me faz esquecer imediatamente de Yugyeon e mesmo hesitante entro no carro sem dizer uma palavra.

Não existe gelo a ser quebrado no caminho, só uma música de fundo e uma conversa rasa sobre qualquer coisa, ele não está nem um pouco desconfortável mas eu sim e muito. Não faz muito tempo que estou na empresa mas é como se eu já não aguentasse mais segurar o que está entalado na garganta.

- Não temos nenhum problema, temos?

- Nós? Não. - Era como se ele soubesse mais do que estivesse deixando parecer, no fundo eu acho que ele sabe de algo.

- Bem, então deve ser a barreira de chefe e subordinada talvez.

- Talvez..

- Como fazemos pra quebrar isso? Eu quero ser mais que seu chefe, estamos juntos nisso e somos uma família.

- Posso ser 100% sincera? - espero ate que ele diga que sim e quando o vejo balançar a cabeça afirmando com certa duvida eu filtro o que está na minha cabeça a tempos. - Não acredito nessa baboseira de família, talvez porque não tenho tido uma de verdade mas pra mim é só bullshit.

- Porque? -ele ri, me pegando de surpresa. Não esperava essa reação.

Dou de ombros, não sei explicar minha falta de confiança nas pessoas e nem como confiar nelas e tava tudo bem pra mim até agora, ate ser questionada.

- Quer saber a real? Não vou ser como esses ceo's que tudo o que veem é lucro, eu quero ajudar, quero mostrar e criar talentos. Eu só peço seriedade e compromisso em troca, então se você me der isso eu deixo de ser seu chefe pra ser seu amigo.

-  Belas palavras senhor Jay Park mas já ouvi muito disso antes, vai precisar de mais que isso para me convencer. Sobre a seriedade e compromisso, isso eu já te garanto desde o dia que assinei o contrato.

- Vamos nos dar muito bem, eu garanto. Quer motivos para confiar em mim? Eu te dou.

Ele estaciona enfrente ao meu prédio, agora já tarde da noite a rua não está tao movimentada. Me despeço com um 'muito obrigada' e saio do carro sem olhar para trás. Odeio que minha pulga atrás da orelha esteja sumindo e me odeio ainda mais por não conseguir tratar melhor ele.

Entro no meu apartamento com varias coisas em caixas e lembro do trabalho que vou ter com a mudança e antes que adormeça como cheguei alguém me liga e assim que vejo o nome na tela um sorriso sincero e cheio de saudades brota no meus lábios.

- Hey yo!

- Oi gatinha, deve ter acabado de chegar não é?

- Como você sabe Minsik? Está me vigiando?

- Não boba, imaginei que seria o horário que chega nesses dias corridos. Eu vi sua manager outro dia e ela comentou que está bem ocupada. Sinto sua falta.

- Eu também, tenho mais essa semana de compromissos e depois tenho que cuidar da minha mudança.

- Quando eu vou conhecer sua casa nova?

- Quando estiver tudo pronto, você vai gostar de lá. Vamos pensar em algo quando eu puder receber convidados.

- Uma festa? Estou dentro.

- Eu ia dizer um jantar, com todos meus novos amigos.

-  Você sabe como magoar. Nós conhecemos a quase 1 anos e ainda me chama de novo amigo?

- Eu não estava me referindo a você.. Somos amigos a bastante tempo não é? Parece que foi semana passada que nos encontramos naquela boate. - bocejo de cansaço pois sono não tinha nenhum, ele riu provavelmente lembrando daquele dia louco.

- Vamos nos falar outra hora, você deve descansar para amanhã estar bem e continuar essa semana de rockstar.

- É, tem toda razão. Obrigada por ligar, assim que tudo isso acabar vamos nos ver está bem?

- Tudo bem, boa noite.

- Boa noite.

Nenhum dos dois desliga ou fala mais nada e depois de alguns segundos os dois caem na gargalhada.

- Ya, me deixe descansar ok?

- Ok, tchau..

- Tchau.

Mais alguns segundos em silêncio e um desconforto me causa um aperto no peito como se estivesse fazendo algo que não devia, um sentimento de culpa me pega de surpresa.

- Agora eu vou desligar, dorme bem.

- Hm. - Desligo a chamada e continuo me sentindo estranha mesmo não entendendo por que, meu coração parece pesado mas acabo dormindo em seguida do meu banho quente.

Sonhei a noite inteira com fragmentos de momentos que nunca vivi, era tudo muito confuso mas aquilo não ficou por muito tempo na minha cabeça, logo esqueci completamente e fui para meu compromisso onde Jay estava lá a minha espera.

- Bom dia - Seu bom humor de manhã me fazia bem de alguma forma me contagiava e me dava a energia que precisava pra começar bem.

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