Gwyn - vinte e um

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Depois de um final de semana perfeito com Azriel na casa do lago, nós voltamos para casa, nós havíamos passado em sua casa apenas para deixar as coisas e ele pegar algumas roupas e fomos para meu apartamento.

Ficamos juntos todo tempo, e quando eu não estava no hospital, estava com ele, qualquer tempo que tínhamos, passávamos juntos, tomávamos café, almoçamos juntos, e passávamos a noite juntos.

Dormíamos tarde assistindo série ou um filme, enquanto comíamos, depois fazíamos amor e então dormíamos abraçados um ao outro.

E eu já estava tão acostumada com isso, que pra mim já era a coisa mais natural do mundo, ele já possuía várias coisas suas aqui, uma escova de dentes, produtos de higiene que ficavam ao lado dos meus no banheiro.

Meu quarto já possuía seu perfume, meu guarda roupa já possuía várias de suas roupas penduradas ao lado das minhas, alguns de seus livros já estavam misturados aos meus na estante, seu perfume preferido já estava ao lado do meu em minha penteadeira.

E sempre que eu entrava em meu apartamento, eu sentia seu perfume em minhas narinas, na estante da sala, dois porta retratos com fotos nossas, uma de quando nos beijamos à margem do rio Sidra, e outra comigo em sua costa, minhas pernas em volta de sua cintura e eu beijando sua bochecha, ele sorria enquanto tirava a foto.

E sempre que eu entrava em meu apartamento, um sorriso logo vinha em meu rosto, porque ali estavam todos os vestígios de que eu e ele estávamos juntos, de que tínhamos um ao outro.


E eu não podia estar mais feliz, com certeza não podia.

E agora eu estava aqui, deitada com ele acariciando meus cabelos, era sexta de manhã, e eu estava fazendo de tudo para não chorar, porque daqui algumas horas ele iria viajar e passar duas semanas fora.

Nós havíamos vindo para sua casa ontem e ele já havia feito sua mala, e eu nem conseguia olhar para ela direito, sem sentir meus olhos marejarem.

Nós acordamos cedo, mesmo que não tenha porque acordar cedo, mas simplesmente não conseguimos dormir mais.

Eu não trabalharia hoje, eu havia trocado de turno com Lisa, então ia trabalhar apenas no domingo.

- Baby? - eu ouço ele me chamar.

Eu ergo meu rosto para olha-lo.

- Hm?! - ele acaricia minha bochecha.

- Quer descer pra tomar café? - eu não estava com fome.

- Não estou com fome amor. - ele franze o cenho.

- Mesmo assim amor, precisa comer um pouco. - ele encosta seu nariz no meu.

Eu sorrio.

- Eu sei, mas não estou com vontade de comer. - ele suspira.

- Está bem. Mas não se acostume. - eu sorrio.

Dou um beijo em seus lábios e ele sorri.

- Prometo que não vou. - eu o sinto me apertar em seus braços.

Az acaricia meus cabelos e então ergue o braço para pegar seu violão que estava recostado ao lado da cama, eu o olho erguendo uma sobrancelha e me sento sobre o colchão.

Ele também se senta se recostando na cabeceira da cama e me olha sorrindo, Az começa a dedilhar as cordas do violão.

- Sempre que você toca pra mim eu acabo chorando. - eu digo e ele ri.

- Não tenho culpa se você é uma chorona baby. - eu dou tapinha em seu braço.

Ele ri.

Az começa a tocar uma música e eu imediatamente a reconheço, eu sinto meu coração acelerar em meu peito quando sua voz ecoa pelo quarto, eu nunca estava preparada para ouvi-lo cantar, mesmo que ele fizesse isso sempre para mim.

Intense - GwynrielOnde histórias criam vida. Descubra agora