10. A arte do confronto

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POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS FINAIS!

#TwiceInTheApê

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Chaeyoung sentia as costas tensas assim que chegou em casa, com Gucci deitado no sofá observando a mulher entrar pela porta e deixar as coisas em cima da mesa de jantar. Respirou fundo, antes de subir as escadas à procura de Tzuyu. Apenas a presença momentânea de seu sogro já era o suficiente para deixar ela meio estressada.

A porta do banheiro estava semiaberta e a Son tomou a liberdade de entrar no cômodo. Tzuyu estava na banheira com os olhos fechados, com algumas velas acesas e um incenso de alecrim aceso. A tensão nas costas de Chaeyoung desapareceu, se transformando em outra coisa. Não era tesão, era forte demais. Apenas ficou parada na porta, sem palavras, sem se mover, admirando o que era Chou Tzuyu tomando banho.

- Vai ficar aí?- Tzuyu falou ainda com os olhos fechados.

- Eh... oi.

Tzuyu se sentou na banheira, para olhar a esposa melhor. Não falou nada, apenas ficou assistindo Chaeyoung lhe ver na banheira sem se mexer.

- Não vai querer entrar não?

Não parecia muito um pedido. Tzuyu não era mandona, mas aqueles raros momentos mexiam com os poucos neurônios da professora. Arrancou as roupas devagar, com medo de se desequilibrar. Ainda lenta, meio trêmula, entrou na banheira, sentindo a água quentinha molhar sua pele à medida que seu corpo afundava.

- Desde quando essa casa tem incensos?

- Comprei hoje numa lojinha perto do supermercado. Lá tinha um de maconha também, sabia?

- Não me diga que comprou também?- falou enquanto se encostava no peito nu da esposa, mais calma com o cheiro dos incensos e da água.

- Comprei pra Sana, Dahyun e Yeon também. Pra lembrar os velhos tempos, sabe?

- Tô me sentindo uma idosa agora que foi adolescente nos anos 70 e era hippie.

- Mas você era hippie, amor. E pior, andava de crocs!

Chaeyoung riu verdadeiramente. Aquilo trouxe memórias boas para Tzuyu. Simplesmente não lembrava mais o momento de sua vida que não tinha a baixinha tatuada dividindo o mesmo ambiente que ela. Aproveitando o momento, achando que seria adequado, puxou a Son para um beijo, quase tão tímido quanto o primeiro beijo delas numa livraria.

- O que foi isso?

- Um beijo, sua boba.

- Só um? Acho que mereço mais.

Acabou esquecendo a conversa que teve com o sogro mais cedo.

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A irritação de Nayeon piorou drasticamente após a visita de Jiwoo e a pequena pressão de Jihyo. Não conseguia focar em mais nada além dos ciúmes e da possessividade que tinha com as esposas. Achou que seria até bom para sua sanidade passar a tarde com Dahyun no mercado ao invés de estar em casa quando Jiwoo surgisse novamente.

- Será que 10 litros de água sanitária é o suficiente pra duas semanas?- escutou a voz de Dahyun enquanto olhava os galões do produto.

- Pra quê você quer tanta água sanitária?

- Aprendi com a Jeongyeon a usar água sanitária pra tudo. O mesmo produto que eu limpo o banheiro, uso pra lavar roupa branca e higienizar verduras. Vou levar um litro dessa água sanitária aqui que é perfumada também.

Londres, 234Onde histórias criam vida. Descubra agora