05. Lembranças debaixo da cama

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Oi, aqui é a autora!

Então, meus leitores. Eu lancei uma shot bem maravilhosa chamada "Pick me, girl!". Uma coisa bem levinha de humor ruim pra aliviar vocês do sofrimento que tá nesse capitulo. Beijos de luz e bebam água.

#TwiceInTheApê

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Tzuyu e Chaeyoung eram, provavelmente, o casal mais "lento". Isso era apenas uma observação delas quando olhavam as amigas que começaram a namorar na mesma época que elas e já estavam casadas e formando família. Mas o ritmo da Son com a Chou era realmente assim. Quando Chaeyoung pediu Tzuyu em casamento, já na certeza que receberia um "sim", foi tudo bem pensado, bem planejado para que as duas tivessem a melhor experiência possível. Quando se mudaram para o sobrado, com uma grande ajuda das outras duas amigas ricas, escolheram todo o imóvel de forma que ambas ficassem satisfeitas. Agora, só faltava um planejamento de cerimônia que, de fato, elas nunca tinham conversado muito sobre esse assunto.

- Acho que precisamos de uma data...- Chaeyoung falou com a cara no notebook, sentada no sofá enquanto Tzuyu olhava uma edição de noivas da Vogue.- Pra quando você sugere?

- Nós temos duas opções: apressamos tudo e casamos em, no máximo, três meses ou a gente aguarda quase dois anos, pra quando a neném já estiver ao menos ficando sentada só.

- Isso é uma decisão difícil... Mas eu gostaria de esperar a criança das meninas nascer, pra gente fazer tudo bem calmo.

- Espero que também queira uma cerimônia simples, mas não como a da Dahyun, por favor.

- Ali é só se a gente for para Las Vegas e se casar, o que não está nos meus planos. E as madrinhas?

- Deixa elas se matarem pelo papel.- Tzuyu falou com um sorriso no rosto, como se bolasse um plano maligno.- Imagina um Round 6 cujo prêmio seja ser a madrinha do nosso casamento?

- Princesa, a gente fica sem amigas.- Chaeyoung falou rindo dos planos maquiavélicos da noiva.

Infelizmente, Tzuyu tinha que trabalhar. Por escolha própria e como forma de evitar trombar com os próprios pais, a Chou havia preferido ser plantonista e ficar as noites no hospital, coisa que havia achado bem emocionante na época de estudante (Dahyun dizia que ela era louca por gostar de hospitais à noite). Como a família era dona da rede de hospitais, acabava que ela ganhava mais que seus colegas, o que lhe rendeu uma leve dificuldade de socialização. Mas nada que sua gentileza não resolvesse esse problema.

A única tristeza de Tzuyu era deixar Chaeyoung em casa. Nos dias em que dormia em casa, se agarrava à noiva com força e só a soltava quando a Son tinha que levantar e ir para o seu próprio emprego. Chaeyoung não reclamava, havia se acostumado com as noites sozinha onde ela aproveitava que não tinha a melhor distração do mundo e planejava as aulas das suas turmas de ensino médio. No geral, a rotina as satisfazia.

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Tzuyu e Chaeyoung não eram as únicas que amavam a vida do jeito que ela acontecia e a rotina que haviam construído. Se tinha uma coisa que Nayeon amava era ser casada, principalmente ir dormir e acordar todas as manhãs agarrada nas duas esposas, se levantar e fazer café da manhã, dar beijinhos quando estas saem para trabalhar e depois passar o dia, se nada der errado, produzindo sua tese de doutorado.

Desde que havia largado o trabalho como bióloga em um laboratório para focar em mais um título acadêmico, Nayeon havia virado um projeto de dona de casa, que consistia em passar o dia tentando estudar e, às vezes, fazer supermercado e cozinhar. Nem tentava fazer nenhuma faxina porque os critérios de uma das esposas eram bem difíceis de alcançar (e envolviam muita água sanitária). Ela não achava ruim, mas odiava passar muito tempo sozinha. Quando Jeongyeon engravidou, ela jurava que a esposa ia se tornar mais caseira, passaria mais tempo em casa. Só que ela estava muito enganada, a Yoo estava mais inspirada que nunca.

Londres, 234Onde histórias criam vida. Descubra agora