IROH E ZUKO

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No final do dia, Zuko e seus companheiros estavam exaustos, mas satisfeitos com o bom trabalho. O dono da loja de chá também se impressionou com o desempenho do quarteto e deu duas moedas de prata a cada um.

Quando Iroh se preparava para ir embora, o príncipe sentiu que era chegado o momento que ele tanto esperava. Novamente com o coração acelerado, ele o tocou no ombro e disse emocionado:

‒ Tio, sou eu.

Voltando-se para o rapaz, Iroh mal pôde acreditar no que estava vendo e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Zuko se ajoelhou na sua frente, abraçando-o mais forte do que nunca.

O jovem só conseguia chorar, novamente revelando a cicatriz encoberta pela maquiagem. Emocionado, Iroh alisava os cabelos do sobrinho e tentava dizer algo, mas a emoção por revê-lo não permitia. Os dois teriam ficado unidos desse jeito por horas, mas o dono da loja de chá os fez voltar a si, dizendo que tinha que fechar o estabelecimento.

Desprendendo-se do rapaz, Iroh o ajudou a se levantar do chão e se retirou do local, levando o sobrinho pelo braço. Sua emoção era tão grande, que ele nem notou a presença de Mulan, Ping e Ursa. Chegando ao apartamento do tio, Zuko parecia mais aliviado.

O jovem só pensava em conversar com o tio e lhe dizer tudo o que machucava seu coração desde o dia em que o abandonara na floresta, mas Iroh quis saber quem eram aquelas pessoas que o acompanhavam. Voltando-se para Mulan, ele perguntou com um sorrisinho atrevido:

− E quem seria essa encantadora flor de lótus?

Tomando a mão da moça, Zuko respondeu:

− Tio, esta é Mulan, minha namorada.

− Namorada? Eu ouvi bem?

− Sim, tio. Ela é o amor da minha vida.

− Prazer em conhecê-lo, General Iroh. − ela disse fazendo uma reverência.

− Ah, querida, não precisa de tanta formalidade. Pode me chamar de "tio". Você já é praticamente da família.

Apontando para Ping, o príncipe o apresentou:

− Este é Ping, irmão mais velho da Mulan.

Amistosamente, Iroh apertou a mão do rapaz. Quando ele se voltou para Ursa, tomou um susto:

− Ursa? É você mesma?

− Sim, sou eu. Estou feliz em revê-lo, Iroh.

− Como é que pode? Onde esteve todos esses anos?

Ela já ia explicar tudo a ele, mas Zuko a interrompeu, mal conseguindo segurar as lágrimas:

− Prometo que terá todas as explicações que quiser depois, mas agora preciso muito falar com o senhor. Já não aguento esperar... − ele terminou com um soluço.

Compreendendo a urgência na fala do sobrinho, Iroh disse para os convidados ficarem à vontade e levou o rapaz para o seu quarto, onde ambos teriam privacidade.

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