MOMENTO DE CALMARIA

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No dia seguinte, Sokka, Ping e Iroh participaram da reunião do Conselho de Guerra, onde planejaram as estratégias de ataque para o dia da invasão, que seria dali a 2 meses.

Depois da reunião, Sokka parecia abatido, chamando a atenção de Iroh, que perguntou gentilmente:

− Algum problema, Sokka? Você me parece triste.

− Queria que meu pai estivesse aqui. Ele é um grande líder e poderia nos ajudar muito nesse momento.

− Por que você não fala com o Mushu? Ele deve saber onde seu pai está. − sugeriu Ping.

− Ah! É mesmo! − exclamou Sokka, abrindo um enorme sorriso.

Mais que depressa, o jovem foi procurar os outros, Zuko e Aang estavam jogando Pai Sho, enquanto Ursa tomava chá com as garotas, quando ele entrou feito um furacão. Sem falar com ninguém, ele correu até uma das janelas, onde Mushu tomava sol, deitado no peitoril. Sokka o acordou bruscamente, recebendo uma reclamação:

− O que foi? Um dragão não pode relaxar um pouco por aqui?

Toph deu uma risada sapeca e o jovem se desculpou, dizendo que precisava encontrar seu pai. Mais calmo, Mushu disse que ele estava na Baía Camaleão, deixando-o muito animado.

Aang e Katara resolveram acompanhá-lo, mas Zuko preferiu ficar no palácio, pois não queria se intrometer em assuntos de família e também precisava de um tempo a sós com sua namorada.

Assim que Aang, Katara, Sokka e Mushu partiram, Zuko e Mulan foram até o jardim, onde aproveitaram aquele raro momento de calmaria em sua aventura. Os dois passearam de mãos dadas por entre as flores, sentindo a brisa fresca do início da tarde.

Parando debaixo de uma árvore, Mulan segurou nas mãos do namorado e perguntou:

− O que pretende fazer da sua vida depois que o Aang derrotar o seu pai?

− Assumir o trono, como é de meu direito.

− Você será um ótimo Senhor do Fogo.

− Obrigado, mas não conseguirei governar sem uma pessoa muito especial ao meu lado.

− É mesmo? Que pessoa?

− Ora essa. É você,sua bobinha. − ele respondeu fazendo cócegas na ponta do nariz da moça.

Mulan riu e ficou corada, mesmo já desconfiando que a resposta fosse aquela. Os dois se beijaram e se uniram em um caloroso abraço, permanecendo assim por alguns minutos, não percebendo que eram observados por Ping, que estava escondido atrás de um arbusto.

Quando os dois voltaram ao palácio, Ping pediu para falar a sós com Zuko. O príncipe já ficou com medo, mas aceitou e disse para Mulan ir na frente, que ele a alcançaria depois. Quando ficaram sozinhos, Zuko engoliu em seco e perguntou:

− Algum problema, Ping?

− Eu quero pedir desculpas por aquela ameaça que eu te fiz na balsa a caminho de Ba Sing Se. Eu achava que você fosse um monstro sem coração, que só estava enganando a Mulan e esperando a hora certa para dar o bote. Mas quando eu te vi com a sua mãe, depois com o seu tio e agora com minha irmã, percebi que você tem uma grande capacidade de amar e que realmente mudou.

− Você estava nos espionando lá no jardim?

− Estava, mas isso não vem ao caso. Quando ouvi a Toph falar sobre a sua bravura na batalha contra o Long Feng lá no Lago Laogai, fiquei realmente impressionado. Eu adoraria estar lá para ver isso e te ajudar. Se você quiser mesmo se casar com a Mulan, saiba que terá o meu total apoio, pois vocês formam um lindo par. E então? Você me perdoa?

− Claro que eu te perdoo, cunhado. − o príncipe respondeu sorrindo e abraçando o rapaz.

Na tarde do dia seguinte, Aang e seus amigos voltaram. Quando foram questionados a respeito do pai, Sokka e Katara disseram que ele e seus homens ajudariam na invasão e que haviam combinado de se reencontrar na Ilha Ember dali alguns dias. Ouvindo isso, Zuko disse:

− Isso é perfeito. Nós podemos ficar na casa de veraneio de minha família até o dia da invasão. Lá é bem tranquilo e isolado.

− Acha mesmo que é uma boa ideia nos escondermos do Senhor do Fogo na casa dele? − Aang perguntou.

− Sim Esse é o último lugar do mundo em que pensariam em nos procurar.

AMOR FLAMEJANTEOnde histórias criam vida. Descubra agora