Ele estava encolhidinho em um canto da caçamba, tendo ao máximo esconder seu rosto com sua pequenas mãos. Ele era tão pequenininho e frágil, devia ter uns cinco anos.
⚊Ei, garotinho, você está bem⚊ perguntei amansando a voz⚊ o de estão seus pais
Ele imediatamente se levantou e saiu da caçamba caindo de joelhos no chão. Tropeçando em seu próprios pés ele se levanta e começa a correr para fora do beco, e corri atrás dele. Ele era ligeiro, não demorou para que eu o perdesse vista em uma esquina. Suspirei desapontado. Quem era esse garoto? Onde estão os pais dele? Deve estar faminto, pobrezinho.
Voltei pra casa ainda aflito, não conseguia tira-lo da minha cabeça. Quase não dormi aquela noite, bem dito seja o ser que inventou o calmante.
Três dias se passaram, estava escolhendo algumas verduras na feirinha da cidade, quase me esquecendo daquele garotinho quando alguma coisa esbarra em mim me fazendo derrubar o alface que eu estava olhando, olho para o lado e lá estava ele, correndo desesperadamente com algumas carnes cruas em mãos enquanto fujia de um monte de feirantes zangados. Decide segui-los.
O garoto correu no meio das ruas desviando de carros, esbarrando em pessoas, entrou cortando caminho no meio de lojas, derrubando tudo que estava em seu caminho. Ele tentou driblar os adultos em algumas esquinas, suas pequenas perninhas fraquejavam em algumas horas, era visível que estava ficando avançado. A pequena multidão de vendedores zangados permanecia em sua cola, quando ele entrou em um buraco pequeno de um muro muito alto. Era uma casa abandonada.
Os feirantes estavam praticamente arrebentando o grande portão e arrancando as pedras para conseguirem entrar. Todos espumavam de raiva, tive certeza de que se alcansacem o pequeno, eles o machucaria muito, ou até mesmo o matariam.
⚊Esperem⚊ chamo ainda não conseguindo sua atenção⚊ESPEREM⚊ chamo ainda mais auto finalmente tomando a atenção dos vendedores zangados para mim ⚊ O que ele roubou...eu..pagarei por tudo⚊ digo calmamente. Todos me olharam sorriem de forma debochada, ou incrédulos, alguns dão risada, mas permaneço com um semblante sério e retiro minha carteira do bouço assistindo seus rostos surpresos virem até mim.
Um por um, disseram o que haviam perdido e quanto isso lhes custara. Um por um eu paguei cada centavo. Ele roubou muita coisa, não e de se admirar que estavam tão zangados.
Todos voltaram a feira após se acalmarem. E eu fiquei ali analisando o muro. Me lembrei por qual buraco ele havia entrado, fui até lá quebrando algumas pedras, consegui aumentar a abertura o suficiente para que pudesse entrar. As pedras já estavam meio soltas, então foi fácil de arranca-las.
Me arrastei para dentro, a grama estava alta, tinha uma árvore no meio do que deveria ser o jardim, uma fonte quebrada onde o musgo já havia tomado conta. Olho em direção a casa, janelas quebradas portas barradas com madeira. Ela parecia ter sido queimada, sua varanda estava caindo ao pedaços.
VOCÊ ESTÁ LENDO
COCO-VERDE E MELANCIA
FanfictionCerto dia após um cansativo dia de trabalho na escolinha de seu sobrinho, Gaara percebe que esqueceu suas chaves. Ao buscá-las ele escuta alguns barulhos vindos dos fundos da creche e decide averiguar o que era, assim se deparando com um jovem menin...