Beatrice é uma das herdeiras do Reino Walle. Uma jovem cheia de vida e decidida. Quando seu irmão mais velho, James, foge de casa, ela decide ir atrás dele. Durante sua busca, ela conhece Conrad, um garoto intrometido e galanteador. Os dois, então...
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O ataque vem de um lugar escuro no meio da floresta. Conrad e eu somos pegos de surpresa. Um mascarado pula sobre mim e outro imobiliza Conrad, segurando suas mãos para trás. Uma faca é colocada em minha garganta e o hálito desagradável aquece o meu pescoço.
- Solta ela!
- Por que eu faria isso? - o mascarado cospe as palavras.
- Nós dois podemos resolver seja lá o que vocês querem, mas deixem ela ir.
O homem segurando a faca na minha garganta parece ponderar o que Conrad acabou de falar, e eu até penso que ele vai me soltar, mas não. Ele aperta ainda mais a faca contra minha pele.
- A bonitinha aqui não vai a lugar nenhum.
Bonitinha?
Agora ele foi longe demais!
Sem pensar muito, dou uma cotovelada no estômago do bandido, que arfa de dor. Assim que ele se abaixa com falta de ar, dou uma joelhada no rosto dele e ele caí para trás. Me jogo em cima dele e seguro o colarinho da camisa encardida dele.
- Nunca mais me chama de bonitinha. Você me entendeu?
Ele passa a língua pelos lábios nojentos. Meu rosto queima de raiva e eu soco a cara dele sem nenhuma piedade. O nariz dele sangra e a minha mão dói. Talvez eu tenha quebrado ela, mas valeu a pena. O sorriso dele some e eu me sinto orgulhosa.
- Você me entendeu? - repito a pergunta quase cuspindo na cara dele.
Ele assente e eu solto o colarinho, fazendo ele bater a cabeça contra o cascalho.
- Agora some daqui! - fico em pé e ordeno.
Desvio os olhos para Conrad e o outro bandido, e os dois estão com uma expressão de espanto no rosto.
- O que foi? - pergunto.
O bandido olha para o homem que eu acabei de socar a cara e solta as mãos de Conrad.
- O que estão esperando?
Os dois saem correndo sem nem olhar para trás. Encontro a faca caída no chão e a pego. Isso pode ser útil no futuro.
Conrad permanece parado.
- O que foi garoto? - questiono.
- O que foi isso?
- Eu falei que eu sabia me defender. - dou de ombros.
- E eu não duvidei disso, só fiquei impressionado.
- Foi meu irmão quem me ensinou. - confesso.
- E você foi uma ótima aluna.
Sorrio para ele. Meu irmão que foi um ótimo professor. O melhor.
- Acho melhor nós continuarmos. - aponto o caminho com a cabeça.
Seguimos nossa viagem em silêncio. Guardo a faca na manga da camisa e afasto os cabelos do rosto.