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James está na fazenda

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James está na fazenda. Exatamente como a mulher no vilarejo havia dito. O encontro junto a uma garota. Ela é linda. Cabelos vermelhos como o fogo, olhos verdes, boca perfeitamente desenhada e um sorriso gentil. Minha primeira reação é gritar com James, o xingar e o estapear. O que eu faço sem me importar com a plateia. Em seguida o abraço e choro sem parar em seu ombro..

- Eu pensei que tivesse perdido você. - confesso.

- Você nunca vai se livrar de mim, maninha.

Seus braços me apertam ainda mais. Sinto minha respiração falhar, mas deixo isso para lá.

Após uma longa conversa, ele me conta o motivo de sua fuga. Ele não pretendia não voltar. Ele só precisava de um tempo para pensar. Assumir um reino inteiro não é nada fácil. Catherine, a garota da carta, foi ao nosso reino para passear e os dois acabaram se apaixonando. Concordaram que a história deles não seria fácil, mas que tentariam dar um jeito. Assim que Catherine partiu, meu irmão sentiu precisar ir atrás dela. E ele foi. Seriam só dois dias de viagem, mas o tempo acabou se estendendo e aqui estamos.

James e Catherine estão noivos. O que me pegou completamente de surpresa. Nossos pais, com certeza, irão surtar quando souberem da notícia, mas eu estou muito feliz por eles. Meu irmão merece ser feliz. Governar um reino sozinho não é algo simples, mas com Catherine ao seu lado, tenho certeza de que ele vai se sair bem.

Decidimos partir no dia seguinte e a família de Catherine me convida para passar a noite na fazenda com eles. Jantamos todos juntos. James não para de sorrir para Catherine e ela para ele. Meu peito se enche de felicidade com a cena.

Eles preparam um quarto para mim. O cômodo é aconchegante. Uma cama está arrumada e pronta para uma longa noite de sono. Catherine me empresta um pijama e eu posso tomar um banho, finalmente.

Paro em frente a janela. A noite está calma. Alguns vaga-lumes voam pelo pomar. A porta do quarto se abre emitindo um leve rangido.

Ainda com a mão na maçaneta, Conrad me avalia.

- Você está bem?

- Estou e você?

- Vou ficar. - ele sorri.

Um silêncio se instala no quarto. Nenhum dos dois parece saber o que falar.

- Você tomou banho. - digo.

- Falando assim até parece que eu não gosto de banhos.

- Eu não sei.

Ele baixa o olhar com uma expressão triste.

- Será que nós podemos conversar?

Já tive tempo suficiente para pensar desde que descobri sobre o passado de Conrad. Eu não o julgo. Sei da história difícil dele. Mas eu sempre me mostrei aberta para conversar e entender tudo. Ter escondido isso de mim me machucou.

- Eu não quero conversar. - digo.

- Mas eu preciso explicar os meus motivos.

Me aproximo dele lentamente, até ficar cara a cara com ele.

- Você pode me explicar eles depois. - e eu o beijo.

É um beijo lento. Cheio de significados. Cheio de saudade. Paixão. Desespero. Inocência.

Seguro seu rosto com as duas mãos e o beijo mais e mais. Meu coração bate forte no peito e minhas pernas vacilam. Eu precisava disso tanto quanto ele. Nós dois precisávamos disso.

O beijo fica mais rápido e quente. Conrad me abraça e me empurra sobre a cama. Seus olhos estão brilhando e suas pupilas dilatadas. Consigo ver o desejo dentro deles. Ele sorri e prende uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Seus lábios voltam a tocar os meus e eu esqueço tudo.

 Seus lábios voltam a tocar os meus e eu esqueço tudo

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Entrelaço nossos dedos. Seu braço está me mantendo próxima a ele. Apoio minha cabeça em seu peito nu. Ouço sua respiração serena e tranquila.

- Nós não devíamos ter feito isso. - seus dedos acariciam o meu braço.

- Você se arrepende?

Seu silêncio faz meu peito apertar.

- É claro que não, mas você é uma...

- Princesa? É, eu sei.

- O Rei e a Rainha vão querer me matar.

- Talvez, mas os holofotes estarão todos voltados para o casamento repentino de James. Ninguém vai lembrar de mim.

- Você se subestima demais.

- Não é isso. É que um casamento real é um evento importante.

Conrad pensa por alguns segundos.

- Como seria um pedido de casamento real?

Olho para ele surpresa.

- Não tem um roteiro para seguir.

- Ok, então. - Conrad sai da cama e revira os bolsos da calça que estava usando. Pega alguma coisa e volta para o meu lado.

- Me dá sua mão.

- Para quê?

- Confia em mim.

Ele esconde algo atrás de si.

Estendo minha mão e ele a segura.

- Beatrice Cannon Halerquin, você aceita ser a minha esposa?

Em sua mão está um anel de prata e eu não consigo desviar o olhar dele. Isso está mesmo acontecendo?

- Eu sei que o anel não é de diamantes e que você é uma princesa, mas...

- Eu aceito. É claro que eu aceito. - me jogo em cima dele e nós dois caímos de costas no colchão.

Beijo seus lábios, sem conseguir conter o sorriso de alegria. Arranco o anel de sua mão e coloco no dedo.

- Espera, não é assim que funciona. - ele segura minha cintura e me coloca sentada. - Tira ele.

- Por quê?

- Eu quero fazer direito. Me devolve.

Tiro o anel e entrego para ele.

Estendo a mão e ele coloca o anel delicadamente. No final beija a minha mão e sorri.

- Agora você está presa comigo para o resto da sua vida.

- Que final trágico. - coloco a mão no peito e finjo uma expressão de tristeza.

Nós dois caímos na gargalhada e no jogamos de costas na cama.

Um final e tanto, não é mesmo?

Da Primeira Vez Que Te ViOnde histórias criam vida. Descubra agora