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Lá está

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Lá está. O ipê-roxo. Alto e florido. Sua sombra se estende por uma longa distância. Encostado no enorme tronco está um banco de madeira. O vilarejo é bonito e barulhento. Crianças correm de um lado para o outro. Bancas de flores e frutas estão dispostas por toda a pequena praça central. Casais passeiam de mãos dadas. Outros só aproveitam a brisa morna.

Respiro fundo e um aroma doce invade minhas narinas.

- Que cheiro é esse? - questiono.

O sol está brilhante e eu preciso cobrir os olhos com a mão para poder enxergar Conrad ao meu lado.

- São churros.

- Churros?

- Você nunca provou?

Faço que não com a cabeça.

- Quer experimentar?

Nós já estamos tão perto do meu irmão. Não posso me permitir sair da rota. Preciso encontrá-lo.

- Nós vamos atrás do seu irmão depois, eu prometo.

Pondero a sugestão. Talvez não seja tão ruim assim.

Conrad conversa com a dona da barraca e a convence a dar um de seus doces para ele. Não sou só eu quem tem o dom da sedução, afinal.

- Aqui está. - ele me entrega. - Prove.

Dou uma mordida. É doce. Sinto um leve gosto de canela. Isso é bom!

- Gostou?

Assinto e mordo mais um pedaço. Conrad se diverte com a cena. Ofereço para ele, que aceita.

- Você tem doce de leite no rosto. - ele ri.

- Onde?

Ele limpa o canto de minha boca e lambe o dedo.

- Que nojo Conrad!

Ele dá de ombros e mordo o churros.

Perdemos alguns minutos ali, mas eu não me arrependo. Foi incrível.

Voltamos para a nossa busca. Nos separamos e perguntamos para quem encontrávamos pelo caminho se haviam visto um garoto alto, de cabelos loiros, olhos azuis e com roupas de cavalheiro. Mas ninguém o viu.

Não é possível que ele tenha desaparecido. Será que ele foi para outro vilarejo? Não. Ele precisa estar aqui.

Já estou exausta e não encontro Conrad em lugar nenhum. Onde esse idiota se meteu?

- É a senhorita que está procurando um rapaz? - uma voz se aproxima. É uma mulher. Seus cabelos castanhos estão presos em um coque. Seus olhos azuis parecem cansados. Seu rosto está abatido. Suas roupas estão velhas e sujas.

- Sim. Você o viu?

- Sim.

- Onde? - seguro seus ombros. Seu corpo parece frágil.

Da Primeira Vez Que Te ViOnde histórias criam vida. Descubra agora