Beatrice é uma das herdeiras do Reino Walle. Uma jovem cheia de vida e decidida. Quando seu irmão mais velho, James, foge de casa, ela decide ir atrás dele. Durante sua busca, ela conhece Conrad, um garoto intrometido e galanteador. Os dois, então...
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Toda a minha vida já estava planejada. Tudo mesmo.
Nascer em uma família real não é nada fácil como todos imaginam. Não vivemos em um conto de fadas.
Em uma noite me deito sendo somente a filha mais nova do casal real e no outro, sou a herdeira do trono.
Eu não estava preparada para assumir essa posição, eu não fui treinada desde o meu nascimento para usar a coroa. Meu irmão foi. Aulas e mais aulas sobre política, economia, administração e diversos outros assuntos que, para mim, sempre foram chatos. Como segunda filha, nunca precisei frequentar nenhuma dessas aulas regularmente, sempre conseguia escapar para os estábulos e ficar com os cavalos, enquanto meu irmão era treinado para suceder nossos pais. E eu, bem, só era a filha mimada e rebelde, que sempre causava problemas.
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Um borburinho vindo do escritório de meu pai chama a minha atenção. Adentro a sala sem nem pensar em bater. Todos os rostos agora estão direcionados a mim.
- O que aconteceu? - questiono.
- A senhorita não pode entrar assim. - um dos subordinados do Rei Alfred dispara.
- E eu não pedi a sua opinião.
- Beatrice! - a voz grave de meu pai reverbera na sala.
- Bea. - o corrijo.
- Eu não estou com tempo para as suas gracinhas, Beatrice. - seus olhos azuis estão furiosos. - Você poderia nos dar licença?
Apoio as mãos na cintura. Passo os olhos por todos os rostos naquela saleta. Está faltando alguém. Eu sei que está. Mas quem?
- Onde está o James?
Meu pai passa a mão sobre a barba rala.
- É o que nós estamos tentando descobrir.
- Onde ele está?
- Eu não sei Beatrice.
- James precisa estar aqui.
- Nós todos sabemos disso. - um homem baixinho e de óculos redondos diz.
Onde esse garoto se meteu? E o que ele pensa que está fazendo? Eu sou a filha encrenqueira. Sou eu quem faz esse tipo de coisa. Por que raios, James fugiria assim?
Giro sobre os calcanhares e marcho para fora da sala.
- Onde você vai, Beatrice? - a voz de meu pai chega aos meus ouvidos, mas não paro.
- Vou encontrar esse garoto fujão. - grito sobre o ombro.
Em um primeiro momento penso que meu pai irá me impedir, mas ele não faz nada. Não que eu esteja reclamando. Ninguém irá me impedir de ir atrás de James.
Subo até o quarto dele. A porta está destrancada. Começo vasculhando a escrivaninha, gaveta por gaveta. Livros, cadernos, anotações. Nada.
Algumas peças de roupas estão faltando em seu armário. Ele realmente fugiu. Reviro as roupas restantes, mas não encontro nada.
- Que droga James! - dou um passo para trás e tombo com a mesinha de cabeceira, derrubando um livro. Apanho ele do chão e um pedaço de papel pardo cai.
- O que temos aqui?
Uma letra perfeita se insinua naquele pequeno papel.
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- Ele fugiu por amor? James seu idiota.
Saio pisando firme e corro até meu quarto.
Que maldito vilarejo é esse? E quem é "C"?
Não penso muito sobre como encontrar meu irmão e nem onde começar a procurar. Pego uma bolsa e coloco algumas roupas que peguei ao acaso e desço as escadas correndo. Saio pela cozinha para não ser vista, para chegar aos estábulos. Viro o corredor e dou de cara com Cornélia, minha dama de companhia.
- Onde a senhorita está indo?
- Andar a cavalo?
Suas sobrancelhas ruivas se arqueiam.
- Não sei, a senhorita vai mesmo fazer isso?
Reviro os olhos. Quem eu estou tentando enganar? Essa mulher me conhece desde que eu nasci.
- Eu vou atrás do imbecil do meu irmão mais velho.
- Isso não seria trabalho dos guardas?
- Eles nunca iriam encontrar-lo.
- Então presumo que a senhorita saiba onde o príncipe está.
- Bem... ainda não, mas descobrirei. Ele não é tão inteligente quanto dizem.
Cornélia parece ponderar o que acabei de falar.
一 Eu como sua dama de companhia, deveria impedi-lá.
一 Mas a senhorita não vai, não é mesmo?
Temo que ela irá me impedir e contar ao rei, mas após considerar por alguns segundos, assente.
- Tudo bem, mas leve algo para comer. Quero que a senhorita e o príncipe voltem sãos e salvos.
Ela vai até à cozinha e pega alguns pães e me entrega.
- Obrigada Cornélia. - deposito um beijo em sua bochecha e saio correndo. Não quero que ela mude de ideia.
Selo Storm, a minha égua desde que eu me entendo por gente, e monto. Saio dos estábulos e guio o animal até a estrada lateral. Desvio todos os guardas e deixo o palácio para trás.
Eu vou te encontrar James Cannon Halerquin, nem que seja a última coisa que eu faça.