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Se alguém me dissesse que eu iria estar viajando para um lugar que eu não conheço com um garoto estranho que eu conheci em um bar e que depois me atacou no meio da estrada, eu diria que essa pessoa está louca

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Se alguém me dissesse que eu iria estar viajando para um lugar que eu não conheço com um garoto estranho que eu conheci em um bar e que depois me atacou no meio da estrada, eu diria que essa pessoa está louca. Qual a possibilidade?

- Muito bem, onde fica esse tal ipê-roxo? - questiono.

Conrad ainda manca um pouco, mas o tornozelo já está bem melhor.

- Talvez daqui dois ou três dias chegaremos.

- Eu não tenho todo esse tempo!

- Se você quer realmente encontrar o seu irmão, sugiro que confie em mim princesinha.

- Dá para parar de me chamar assim?

Um sorriso maroto surge em seus lábios e ele desvia o olhar.

Já está escuro quando entramos em um bar aleatório. Conrad entra na frente e segura a porta para mim. Para um grosseirão ele até que é gentil. Quando quer.

Uma moça está cantando no palco minúsculo, enquanto um pianista a acompanha. Algumas pessoas a assistem animadas e outras bebem sem parar.

- Vem comigo. - Conrad segura a minha mão e me guia entre a multidão.

- O que nós estamos fazendo aqui?

- Nós merecemos um pouco de diversão.

- Mas o meu irmão...

O garoto segura o meu rosto com as duas mãos.

- Ei, Vossa Alteza... - faço um careta e ele sorri. - Só por algumas horas, tenta relaxar.

- E se ele estiver...

Uma expressão de tédio toma conta de seu rosto.

- Tuuuudo bem. Só por algumas horas.

Conrad sorri e pede duas bebidas para o garçom, que anota o pedido e se afasta.

Seguro entre os dedos o pingente de borboleta da pulseira que James me deu no meu aniversário de quinze anos. Eu prometi que iria me divertir e parar de pensar no meu irmão, mas isso é impossível. Ele é o meu irmão.

- O que é isso? - Conrad volta a falar.

- Um presente do meu irmão.

- Posso ver?

Estendo o braço, mas paro no meio do caminho.

- Só se você me mostrar o que você tem desenhado no seu braço.

- Sem chances.

Que garoto teimoso!

- É uma lembrança ruim? - insisto.

Conrad desvia o olhar para o restante das pessoas no salão, ignorando o que eu acabei de falar.

Eu odeio quando fazem isso comigo.

Da Primeira Vez Que Te ViOnde histórias criam vida. Descubra agora