Já faz algum tempo que eles estão deitados, abraçados, depois que saíram da água, ainda extasiados pelo que aconteceu.
Lucas foi tão terno, cuidadoso; e ao mesmo tempo, intenso e apaixonado. Nala está rendida ao seu senhor e a esse sentimento, por mais que o tema.
— Me perdoe por todas as vezes que fui grosso e magoei você, Nala. — Lucas fala, acariciando cada marca de chicotada das suas costas.
— Tudo bem, Senhor. Eu...
— Nala, não me chame mais de Senhor quando estivermos a sós — interrompe-a, segurando o seu queixo delicadamente. — Eu sou apenas Lucas. E não baixe mais o olhar perante mim, por favor.
— Tudo bem, Lucas.
— Quero que saiba que quando te ameacei com aquele homem, ou quando segurei seu braço na sala e zombei de você por estar aprendendo a ler, eu só estava tentando negar algo que eu já sentia desde que te vi pela primeira vez. Mas eu nunca faria mal a você — fala, olhando-a fundo nos olhos.
— Eu sei, Lucas. Agora eu sei — responde, tocando seu lindo rosto, e beija a sua boca logo em seguida.
— Eu estava com medo de admitir que me apaixonei por... — Ele fica sem palavras.
— Por uma escrava. — Ela completa, olhando-o nos olhos.
— Nala... os meus sentimentos por você são sinceros, mas eu não posso te dar falsas esperanças... Nós não podemos... É tudo tão complicado... — Ele fala, com prudência, esfregando as mãos no rosto, o que mostra nervosismo. — Eu não quero magoar seu coração. Se você quiser, eu me afasto — sussurra.
— Lucas, eu entendo nossas diferenças. Eu aceito o que você puder me dar.
— Você é linda, Nala! Perfeita! — E a beija.
Beijam-se, amam-se novamente e ficam abraçados, quase até ao cair da noite.
— Vamos voltar, Nala. Está ficando tarde, e a Ba deve estar preocupada com você.
— Sim, ela deve estar muito preocupada.
Ele a ajuda a montar a cavalo, e seguem em direção à casa grande.
Durante o caminho, enquanto Nala sente o calor do corpo de Lucas detrás dela, no seu abraço protetor, fica pensando em como o dia foi o mais feliz da sua vida. O seu coração também se tornou escravo.
Um aperto vem ao seu peito.
Quando chegam, Lucas a ajuda a descer do cavalo e a acompanha até perto da entrada da cozinha, segurando-a pelo braço antes que ela entre.
— Nala... foi o melhor momento da minha vida. — Ele a beija, e a moça retribui. — Agora, vá. Teremos que ser discretos.
Ela sorri e entra na cozinha.
Ba a espera, ansiosa e preocupada.
— Minha filha, graças a Deus! Ele fez alguma coisa com você? — Ela vem ao seu encontro, segurando suas mãos enquanto a avalia.
— Não, ele não fez nada de mal, Ba — responde, tentando não demonstrar seu nervosismo.
— Ai, minha filha, cuidado... Blinde seu coração, ou você saíra machucada — diz, já a abraçando forte.
Nala não diz nada, pois não vale a pena enganar Ba. Ela decifrou muito bem em seu olhar o que tenta esconder. Sabe que a senhora a alerta para a sua proteção, com todo o carinho e amor.
Seus olhos marejam de emoção.
Nala também tem medo, mas quer amar e se sentir amada, mesmo que seja por pouco tempo. Nos dois dias seguintes, Lucas chega mais cedo das fazendas, e os dois vão até as cachoeiras. Nas noites, ela dorme no quarto dele, onde se entregam um ao outro novamente.
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Amor Escravo ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro I
RomanceNala uma jovem escrava negra, conheceu desde cedo os tormentos da escravidão, ao ser separada dos pais à nascença e abusada por seu antigo senhor de escravos. A vida sofrida de Nala melhorou um pouco quando foi vendida a uma nova família de barões...