Capítulo Seis

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Já faz algum tempo que eles estão deitados, abraçados, depois que saíram da água, ainda extasiados pelo que aconteceu. 

Lucas foi tão terno, cuidadoso; e ao mesmo tempo, intenso e apaixonado. Nala está rendida ao seu senhor e a esse sentimento, por mais que o tema. 

— Me perdoe por todas as vezes que fui grosso e magoei você, Nala. — Lucas fala, acariciando cada marca de chicotada das suas costas. 

— Tudo bem, Senhor. Eu...

— Nala, não me chame mais de Senhor quando estivermos a sós — interrompe-a, segurando o seu queixo delicadamente. — Eu sou apenas Lucas. E não baixe mais o olhar perante mim, por favor. 

— Tudo bem, Lucas.

— Quero que saiba que quando te ameacei com aquele homem, ou quando segurei seu braço na sala e zombei de você por estar aprendendo a ler, eu só estava tentando negar algo que eu já sentia desde que te vi pela primeira vez. Mas eu nunca faria mal a você — fala, olhando-a fundo nos olhos.

— Eu sei, Lucas. Agora eu sei — responde, tocando seu lindo rosto, e beija a sua boca logo em seguida. 

— Eu estava com medo de admitir que me apaixonei por... — Ele fica sem palavras. 

— Por uma escrava. — Ela completa, olhando-o nos olhos.

— Nala... os meus sentimentos por você são sinceros, mas eu não posso te dar falsas esperanças... Nós não podemos... É tudo tão complicado... — Ele fala, com prudência, esfregando as mãos no rosto, o que mostra nervosismo. — Eu não quero magoar seu coração. Se você quiser, eu me afasto — sussurra. 

— Lucas, eu entendo nossas diferenças. Eu aceito o que você puder me dar. 

— Você é linda, Nala! Perfeita! — E a beija.

Beijam-se, amam-se novamente e ficam abraçados, quase até ao cair da noite. 

— Vamos voltar, Nala. Está ficando tarde, e a Ba deve estar preocupada com você. 

— Sim, ela deve estar muito preocupada. 

Ele a ajuda a montar a cavalo, e seguem em direção à casa grande. 

Durante o caminho, enquanto Nala sente o calor do corpo de Lucas detrás dela, no seu abraço protetor, fica pensando em como o dia foi o mais feliz da sua vida. O seu coração também se tornou escravo. 

Um aperto vem ao seu peito. 

Quando chegam, Lucas a ajuda a descer do cavalo e a acompanha até perto da entrada da cozinha, segurando-a pelo braço antes que ela entre.

— Nala... foi o melhor momento da minha vida. — Ele a beija, e a moça retribui. — Agora, vá. Teremos que ser discretos. 

Ela sorri e entra na cozinha. 

Ba a espera, ansiosa e preocupada. 

— Minha filha, graças a Deus! Ele fez alguma coisa com você? — Ela vem ao seu encontro, segurando suas mãos enquanto a avalia. 

— Não, ele não fez nada de mal, Ba — responde, tentando não demonstrar seu nervosismo.

— Ai, minha filha, cuidado... Blinde seu coração, ou você saíra machucada — diz, já a abraçando forte.

Nala não diz nada, pois não vale a pena enganar Ba. Ela decifrou muito bem em seu olhar o que tenta esconder. Sabe que a senhora a alerta para a sua proteção, com todo o carinho e amor. 

Seus olhos marejam de emoção. 

Nala também tem medo, mas quer amar e se sentir amada, mesmo que seja por pouco tempo. Nos dois dias seguintes, Lucas chega mais cedo das fazendas, e os dois vão até as cachoeiras. Nas noites, ela dorme no quarto dele, onde se entregam um ao outro novamente.

Amor Escravo  ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora