Capítulo Sete

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— Não acha que exagerou em sair no meio do baile de sua tia, sem ao menos se despedir, Lucas? — questiona o barão, visivelmente irritado.

— Pai, eu não quero falar sobre isso agora. — Lucas responde, dando um rápido e discreto olhar para Nala. 

— Lucas, você está sempre tentando fugir desse assunto; mas, dessa vez, não passa. Se você iludiu aquela moça, agora terá que assumir o seu erro. — Ele fala, nervoso. 

— Eu não iludi ninguém, pai. Por favor, falaremos disso a sós. — Lucas responde, de cabeça baixa, evitando olhar para a escrava. 

Ela sente um aperto no peito. 

— Meu marido, tenha calma. Lucas nunca fugiu de suas responsabilidades. — A baronesa tenta o acalmar. 

— Ah, pai, você acredita mesmo que aquela cobra da Lívia é santa? Ela é que está sempre correndo atrás de Lucas. — Beatriz fala, exaltada. 

Nala fica ainda mais nervosa, mas tenta se manter o mais discreta possível, sem olhar para Lucas, que também evita o seu olhar.

— Beatriz, não se meta nos assuntos que não são da sua conta. — O barão a repreende. 

— Por favor, vamos terminar o jantar em paz. — A baronesa pede.

Quando Nala termina o serviço, depois de todos se recolherem, deita na sua cama. Seu coração está apertado, mas evita chorar. 

Quem é Lívia? Por que Lucas não queria falar sobre o que houve no baile? 

Uma batida de leve na sua porta a tira dos pensamentos. 

É Lucas, que rapidamente entra, fechando-a em seguida.

— Lucas, o que faz aqui? — pergunta, surpresa. 

— Nala, eu preciso te explicar... — Ele fala, em um tom baixo, aproximando-se dela. — Eu me envolvi com uma mulher durante os meses que estive fora de casa, tratando dos negócios nas fazendas do meu pai, antes de te conhecer... —  acrescenta, olhando-a nos olhos. 

— Lucas, você não precisa se explicar. 

— Ela resolveu contar para o meu pai do nosso envolvimento no dia baile, porque eu a evitei. E meu pai acha que eu tirei a inocência dela, mas isso não aconteceu. Ela só tem a mãe dela, e seu falecido pai era um grande amigo do meu, então, ele quer que eu assuma responsabilidades com ela — continua, cabisbaixo. 

— Você gosta dela? — questiona, com medo da resposta. 

— Não, foi apenas um caso. Ela sempre frequentou as mesmas festas da família, sempre me procurou, mostrando interesse. Ela é bonita, e eu me deixei levar... — responde, incomodado.

O coração de Nala se aperta com a sua última declaração. 

— Mas foi tudo antes de eu te conhecer, Nala. Eu não amo ela, eu amo você — declara, abraçando-a.

— O que você pensa em fazer, Lucas? 

— Eu não queria prejudicar a dignidade dela, mas vou explicar tudo para o meu pai, e esqueceremos essa história. — Beija-a. — Posso dormir aqui essa noite? — Ela fica surpresa. 

— Mas, Lucas, este quarto não tem o conforto que você está acostumado... 

— A única coisa que eu preciso é você do meu lado. — Ele fala, cobrindo os seus lábios com os dele, sem a deixar dizer mais nada. 

Amam-se com a mesma intensidade da primeira vez, e antes do nascer do sol, Lucas volta para o seu quarto.

Na manhã seguinte, depois do café da manhã, ele e seu pai saem cedo para as fazendas. Explica ao barão sobre o que aconteceu entre ele e Lívia. Mesmo que um pouco contrariado, o mesmo resolve aceitar as explicações. 

Amor Escravo  ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora