Capítulo Doze

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Alguns dias depois...

— Por quanto tempo você vai resistir a mim, meu amor? Eu sei que você me deseja. — Lívia questiona Lucas, acariciando seu peito, enquanto ele troca de roupa para dormir. 

— Não ouse mais tocar em mim! — Ele fala, firme, tirando as mãos dela de seu corpo. 

— Por que insiste nisso, Lucas? Nós agora somos casados. Não vai poder me evitar sempre. Não sente saudade das nossas noites quentes? — pergunta, fazendo bico. 

— Lívia, se você quer uma boa convivência comigo nesse casamento de farsa, se mantenha longe de mim. — Ele fala, deitando. 

— Você ainda anda deitando com aquela escrava, não é? Como você prefere o corpo fedido daquela negra nojenta, ao invés do meu, lindo, cuidado, limpo, sedoso e cheiroso? — diz, com mágoa. 

— Você nunca chegará nem aos calcanhares dela — responde, com raiva. 

— Olhe aqui, Lucas: eu poupei essa escrava, não contando nada para o seu pai, afinal, nós não estávamos ainda casados. Mas agora eu não vou permitir isso, entendeu? Eu contarei para o seu pai. Não vou ser humilhada por causa de uma escrava. — Ela agora está chorando, e em sua voz contém raiva. 

— Não se preocupe, nós não temos mais nada. Ao contrário de você, Nala é uma mulher digna. — Lucas responde, já se enfiando embaixo das mantas de seu sofá e lhe dando as costas.

⚜️

Na manhã seguinte...

As mãos trêmulas de Nala carregam a bandeja com o café da manhã solicitado por Lívia em seu quarto. Seu coração parece querer saltar do peito a qualquer momento. 

Ela não quer entrar ali, não com eles juntos lá dentro. 

Para uns passos antes de se aproximar da porta do quarto e respira fundo várias vezes, até acalmar a respiração. Fecha os olhos por uns segundos e dá um último suspiro, aproximando-se e batendo na porta, de leve.

— Pode entrar. — Ouve a voz de Lívia ordenar. 

Entra e dá de cara com ela nua na cama, mostrando um ar feliz, e poderia dizer até vitorioso. Não vê Lucas, o que a deixa aliviada.

Baixa rapidamente o olhar. 

— Seu café da manhã, Senhora — fala, ainda de olhar baixo, já se aproximando da cama. 

— Querido, não vem tomar café da manhã comigo? — Lívia questiona, olhando para o outro extremo do quarto. 

Nala levanta um pouco o olhar naquela direção e vê o próprio sair do banheiro, abotoando os primeiros botões de sua camisa, ainda com o seu tronco perfeitamente definido e forte exposto. Ele para por uns segundos com o olhar no seu, como se não contasse com ela ali, desviando-o em seguida para Lívia na cama. 

A escrava não pode decifrar direito o olhar dele sobre ela, mas parece perplexo. 

Baixa o olhar e engole em seco, constrangida por ver aquela cena. 

— Não, hoje não tomarei. Tenho negócios para tratar. — Lucas responde e sai.

— Pode deixar a bandeja aí, sua inútil nojenta. Agora, sai, que preciso descansar, depois dessa avassaladora noite. — Lívia ordena. 

— Com licença — responde, em tom baixo, e sai. 

Sua vontade é de a enfrentar, para que nunca mais a destrate assim; mas, quem é? Nada. Além do mais, não quer lhe dar o gosto de ter um motivo para a castigar. Agora, sendo esposa do filho de seu senhor, pode bem o fazer. 

Aquelas palavras não doem mais do que o que seus olhos viram. Pela cara de felicidade dela, nua na cama, com Lucas terminando de se vestir, nem precisa de mais para perceber o que houve. 

Uma leve tontura vem, e ela respira fundo para se acalmar. 

— Nala, pode avisar Lívia que o Doutor Edgar está aqui? — A voz da baronesa chama a sua atenção para o fundo do corredor, de onde ela vem. 

— Sim, Senhora — responde, voltando a bater na porta da moça.

— O que foi agora? Entre! — Lívia grita. 

— A Senhora Baronesa pediu para avisar que o Doutor Edgar já chegou. — Ela já está vestida. 

— Hummm... peça para ele vir aqui. 

Nala chama o médico, e se surpreende com a sua beleza e a juventude. Imaginava encontrar um homem com mais idade. Ele é jovem, alto, sua pele é clara, os cabelos loiros compridos e bem penteados para trás, olhos azuis.

O homem entra no quarto e a escrava sai.

  — Doutor, não sabia de sua visita. — Lívia fala, com voz arrastada. 

— Sim, seu marido me pediu para passar hoje. Algum problema? — O doutor se aproxima. 

— Me sinto muito cansada hoje. Dormi muito mal, com enjoos e tonturas. O Senhor se importaria de voltar outro dia? — Ela questiona, em tom de súplica. 

— Mas, não gostaria que a examinasse, para ver como vai a gravidez? Ainda não fez nenhum exame comigo. Agradeceria também que me desse o nome do médico que a atendeu quando descobriu a gravidez, para pedir seu dossiê, pois a partir de agora, serei eu a segui-la, a pedido de Lucas. Quanto às tonturas e enjoos, são normais nos primeiros meses. 

— Sim, Doutor, eu sei. Por isso mesmo já dá para perceber que tudo vai bem com minha gravidez. Só que hoje estou muito indisposta para fazer exame e tudo mais. O Senhor entende, não é? Humor de grávida. Eu mesma o mandarei chamar dentro de dias, não se preocupe, e lhe passarei todas as informações nesse momento. — Lívia fala, despachando o médico. 

— Muito bem, Lívia. Se está indisposta, eu explicarei a Lucas a situação e passearei, então, outro dia. 

— Não se preocupe com meu marido, eu mesma explicarei a ele o que se passou. Até mais, Doutor.

— Tudo bem, então. Até mais, Lívia; e as suas melhoras. — O médico se despede, para o alívio de Lívia.

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Nala acha que Lucas e Lívia consumaram o casamento 🥺💔

Nala acha que Lucas e Lívia consumaram o casamento 🥺💔

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