Na manhã seguinte, bem cedo, Nala ajuda Ba a preparar o café da manhã. Já os aguarda na sala para servi-los quando o barão e sua esposa chegam primeiro, e logo em seguida, Beatriz.
— Pode servir o café. — O homem ordena, e a baronesa dá um pequeno sorriso a Nala.
— Bom dia, Nala! — diz Beatriz.
— Bom dia, Senhorita! — responde, com cabeça baixa.
— Nala, pode me chamar apenas de Beatriz, por favor?
— Senhorita, eu não quero causar problemas. — Com a voz quase inaudível.
Ela encara o seu pai, como que o questionando. Ele a encara de volta, com ar de quem está a perder a paciência, e finalmente fala:
— Tudo bem! Você deve dirigir-se à minha filha como ela ordenar. Entendeu, Nala?
— Sim, Senhor! — fala timidamente, retribuindo um pequeno sorriso a Beatriz, que sorri de forma vitoriosa.
— Pai, estive pensando... Nala poderia ser minha mucama. Assim, poderá me acompanhar nos meus passeios, quando montar a cavalo ou pé, e não terei que esperar por Lucas nem pelo capacho do Valdo.
— Tudo bem, desde que você se comporte, senão, não tarda, e lhe arranjo um marido. Estou ficando farto das suas doidices.
— Obrigada, pai! — Ela salta da mesa, em seguida, abraça e beija de forma alegre o barão, que tenta disfarçar um pequeno sorriso.
A baronesa sorri para a filha, feliz. Beatriz logo sorri também para a escrava.
— Nala, se prepare, depois do café da manhã, pois quero sair pelos jardins. Já não aguento mais ficar aqui trancada.
Ela assente.
— Bom, vou indo, que tenho muito o que fazer. Até mais tarde. — O barão se despede e sai.
— Mãe, quando Lucas volta?
— Não sei, Beatriz. Enquanto ele não conseguir resolver todos os problemas pendentes nas outras fazendas, seu pai não o deixará voltar tão cedo.
— Já sinto saudade dele.
— Eu também, minha filha.
Nala se mantém o mais quieta e discreta possível, enquanto elas terminam o café da manhã, e fica imaginando se o irmão é tão bondoso quanto ela demonstra ser.
Depois do café da manhã, Beatriz entrega à escrava algumas roupas novas de mucama, e ambas saem para um passeio, pelas terras.
— Que idade você tem, Nala?
— Tenho vinte, Senhorita!
Ela a olha, suspira e, segurando suas mãos, fala:
— Nala, pela última vez... quero que se dirija a mim apenas como Beatriz, ou terei que a castigar. — Logo ri, o que mostra que suas últimas palavras são brincadeira.
— Tudo bem, Beatriz. — Dá um pequeno sorriso.
— Eu também tenho vinte anos. Somos da mesma idade. Que bom. Ao menos, agora terei alguém que me entenda. — Ela diz, revirando os olhos. — Você sabe montar a cavalo?
— Não, Senh... Beatriz. Eu sou escrava, nunca tive permissão para tal. Aliás, quase não saía da senzala. Apenas para trabalhar.
— Hummm... sabe ler?
— Não — responde, de cabeça baixa.
— Então eu te ensinarei a ler e a escrever.
— Beatriz, eu não sei se será uma boa ideia. De que servirá eu aprender? Não passo de uma escrava, e sempre o serei.
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Amor Escravo ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro I
Storie d'amoreNala uma jovem escrava negra, conheceu desde cedo os tormentos da escravidão, ao ser separada dos pais à nascença e abusada por seu antigo senhor de escravos. A vida sofrida de Nala melhorou um pouco quando foi vendida a uma nova família de barões...