Capítulo Treze

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📍Este capítulo contém gatilhos de abusos. Essa parte está em itálico, e não é necessária a leitura para a compreensão do livro📍

— Afonso virá para a festa de meu aniversário, daqui a duas semanas! — Beatriz exclama, com alegria, enquanto ela e Nala se secam ao sol, depois do habitual banho refrescante de cachoeira.

— Ai, que bom, Beatriz — responde, feliz por ela; mas logo vêm as lembranças.

⚜️

Parece que alguém aqui faz aniversário hoje! Venha, que tenho um presente. — A voz do meu senhor sai grossa e maldosa.

Aproximo-me dele, tremendo como uma vara verde, quase perdendo a força nas pernas.

Não posso me permitir isso, senão, o castigo só irá piorar. Faz apenas alguns dias que me recuperei da primeira vez que ele abusou de mim. Apesar de ainda me sentir dolorida, a infeção passou e as suturas cicatrizaram.

Tire essa roupa e se deite sobre a mesa. Quero ver se o trabalho do doutor ficou bem-feito. Espero que ele tenha te deixado como nova. — Fico ainda mais apavorada e retraída. — Abra as pernas! Não me desobedeça! Ou quer que te faça o mesmo da primeira vez?! — grita.

Só então abro mais as pernas, deixando minha intimidade exposta e à mercê dele. Lágrimas embaçam minha visão e sufocam minha respiração. Por momentos, o terror que sinto quase me faz desmaiar.

Valeu a pena esperar todas essas semanas e não te deixar para morrer naquele dia, porque doutor fez o trabalho direitinho! Você vai me dar muita serventia ainda. — Ele fala, lambendo os lábios.

Toca em mim, o que me faz dar alguns gemidos de dor.

Quando ouço ele tirando as roupas, meu corpo todo arrepia de pavor, ao pensar em passar por tudo de novo.

Por favor, Senhor, seja piedoso. Não me machuque como daquela vez — suplico.

Hum... tudo bem. Hoje é seu aniversário, mesmo. Considere um primeiro presente. — Isso me deixa aliviada. — Vire-se! — ordena, e eu fico sem reação. — Você não escutou?! — Ele grita, já me virando de barriga para baixo, à força; o que me faz soluçar mais ainda. — Fique quietinha, que hoje te usarei de outra forma, mas prometo que serei mais cuidadoso. Não quero ter que esperar tanto tempo pela próxima vez.

Dá uma gargalhada sarcástica e começa a abusar de mim, fazendo-me ficar sem ar. Engasgo-me nas próprias lágrimas e quase desmaio. Meu estado de choque é tanto, que nem os gemidos de dor consigo soltar; enquanto ouço os dele de prazer, entoando em minha mente perdida.

Escravinha, você me surpreende. — Ele fala, vestindo-se. — Nem sei de qual das maneiras eu gostei mais. Você é igualzinha à sua mãe, linda e gostosa.

Estou encolhida sob mim mesma, cheia de dor e lavada em lágrimas, esperando sua próxima ordem.

Agora, venha, que tenho seu presente.

Ele me pega pelos cabelos, e eu cambaleio, tentando me equilibrar nas minhas ainda fracas pernas.

Feitor! — grita, já no exterior da casa.

Sim, Senhor Almeida? — O feitor se aproxima, e eu sei que o que vem a seguir não será melhor que o que se passou.

Hoje quero presentear essa escrava. — Ri de forma fria. — Quantos anos você faz, mesmo? — Dirige-se a mim, segurando tão forte o meu queixo, que os ossos estalam.

Amor Escravo  ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora