📍Este capítulo contém gatilhos de abusos. Essa parte está em itálico, e não é necessária a leitura para a compreensão do livro📍
— Afonso virá para a festa de meu aniversário, daqui a duas semanas! — Beatriz exclama, com alegria, enquanto ela e Nala se secam ao sol, depois do habitual banho refrescante de cachoeira.
— Ai, que bom, Beatriz — responde, feliz por ela; mas logo vêm as lembranças.
⚜️
— Parece que alguém aqui faz aniversário hoje! Venha, que tenho um presente. — A voz do meu senhor sai grossa e maldosa.
Aproximo-me dele, tremendo como uma vara verde, quase perdendo a força nas pernas.
Não posso me permitir isso, senão, o castigo só irá piorar. Faz apenas alguns dias que me recuperei da primeira vez que ele abusou de mim. Apesar de ainda me sentir dolorida, a infeção passou e as suturas cicatrizaram.
— Tire essa roupa e se deite sobre a mesa. Quero ver se o trabalho do doutor ficou bem-feito. Espero que ele tenha te deixado como nova. — Fico ainda mais apavorada e retraída. — Abra as pernas! Não me desobedeça! Ou quer que te faça o mesmo da primeira vez?! — grita.
Só então abro mais as pernas, deixando minha intimidade exposta e à mercê dele. Lágrimas embaçam minha visão e sufocam minha respiração. Por momentos, o terror que sinto quase me faz desmaiar.
— Valeu a pena esperar todas essas semanas e não te deixar para morrer naquele dia, porque doutor fez o trabalho direitinho! Você vai me dar muita serventia ainda. — Ele fala, lambendo os lábios.
Toca em mim, o que me faz dar alguns gemidos de dor.
Quando ouço ele tirando as roupas, meu corpo todo arrepia de pavor, ao pensar em passar por tudo de novo.
— Por favor, Senhor, seja piedoso. Não me machuque como daquela vez — suplico.
— Hum... tudo bem. Hoje é seu aniversário, mesmo. Considere um primeiro presente. — Isso me deixa aliviada. — Vire-se! — ordena, e eu fico sem reação. — Você não escutou?! — Ele grita, já me virando de barriga para baixo, à força; o que me faz soluçar mais ainda. — Fique quietinha, que hoje te usarei de outra forma, mas prometo que serei mais cuidadoso. Não quero ter que esperar tanto tempo pela próxima vez.
Dá uma gargalhada sarcástica e começa a abusar de mim, fazendo-me ficar sem ar. Engasgo-me nas próprias lágrimas e quase desmaio. Meu estado de choque é tanto, que nem os gemidos de dor consigo soltar; enquanto ouço os dele de prazer, entoando em minha mente perdida.
— Escravinha, você me surpreende. — Ele fala, vestindo-se. — Nem sei de qual das maneiras eu gostei mais. Você é igualzinha à sua mãe, linda e gostosa.
Estou encolhida sob mim mesma, cheia de dor e lavada em lágrimas, esperando sua próxima ordem.
— Agora, venha, que tenho seu presente.
Ele me pega pelos cabelos, e eu cambaleio, tentando me equilibrar nas minhas ainda fracas pernas.
— Feitor! — grita, já no exterior da casa.
— Sim, Senhor Almeida? — O feitor se aproxima, e eu sei que o que vem a seguir não será melhor que o que se passou.
— Hoje quero presentear essa escrava. — Ri de forma fria. — Quantos anos você faz, mesmo? — Dirige-se a mim, segurando tão forte o meu queixo, que os ossos estalam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Escravo ( Série Amores Proibidos ) Degustação Livro I
RomanceNala uma jovem escrava negra, conheceu desde cedo os tormentos da escravidão, ao ser separada dos pais à nascença e abusada por seu antigo senhor de escravos. A vida sofrida de Nala melhorou um pouco quando foi vendida a uma nova família de barões...