Pov Alya Wallace
-Você já gostou de alguém?- a garota me pergunta, quase me fazendo engasgar.
-Oh, não Pad. Sou uma Jedi, sabe que existem regras sobre namoro, casamentos e famílias... é proibido- respondo a fazendo revirar os olhos e tomar outro gole de chá.
-Não me diga sobre regras, Ay. Não mandamos no coração...- a senadora me lança um olhar malicioso enquanto leva a xícara aos lábios novamente.
A repreendo com o olhar.
As vezes passava tempo demais pensando nisso.
Todos os Mestres Jedis que havia conhecido, nunca tinham se relacionado.
Mas eu não tinha ninguém, Padmé um dia se casaria e teria filhos lindos... agora eu?Quem ficaria com uma Jedi?
Sabendo nossos destinos?
Sabendo que se namoramos ou nos envolvermos com alguém essa pessoa automaticamente estaria em perigo para um futuro inimigo.-Vamos, já passamos tempo demais aqui. É melhor irmos dormir- afirmo, levando os itens á pia.
Ela ri e caminha comigo até os quartos.
Ao chegarmos cada uma entra em seu quarto.
O meu eu divida com Anakin, cada um em sua cama é óbvio.
Ele era galenteador demais, parecia não perder uma oportunidade de flertar comigo.Não posso dizer que detestava isso.
-Finalmente voltou de sua passeata da madrugada.
É a primeira coisa que ouço assim que adentro o quarto.
Reviro os olhos, tirando meu casaco, ficando apenas de pijama.Me deito na cama, olhando as janelas.
Ultimamente estava tendo uma grande dificuldade para dormir.
Havia tendo sonhos, confusos demais para serem explicados.As vezes pensava que eram apenas sobre minha mãe, e outras vezes focava muito em duas pessoas á quais eu não poderia enxergar bem.
-Eles não confiam em mim para me tornar um Mestre Jedi- Anakin diz após uns minutos em silêncio.
Me reviro na cama, pensando no que ele disse.
Ele estava falando comigo? Ou sozinho?
Era para eu responder?-Ani?- pergunto, querendo saber se posso falar.
-Hm?
-Já pensou que pelo fato de ser muito poderoso, eles tem medo de se perder? Á confusão e o medo é que te levariam ao lado negro da força. A raiva intensifica seus poderes, mas não se pode deixar levá-la por ela- termino me virando, ficando de frente para á cama dele.
Percebo ele me olhando, e analisando os detalhes de meu rosto, e o que eu acabei de dizer.
O silêncio é tudo o que preciso.Após isso acabo ardomecendo.
[...]
-Não... Mãe! Mãe!
Ouço gritos, e acabo despertando.
Me sento na cama e olho ao redor.
Vejo Anakin, com o peito arfando e a respiração fraca.
Sua pele soada, e os olhos marejando.Ele se levanta, não percebendo que eu havia acordado, e se dirige á sacada.
Respiro fundo, coçando os olhos, e pego meu casaco, o vestindo e caminhando até a sacada.
-Pesadelos?- questiono Anakin, ele analisa a paisagem.
Eu chutava que deveriam ser umas quatro ou cinco da madrugada.
O céu ainda estava meio escuro, mas já podia se ver o Sol nascendo.Ele acena que sim.
-São sobre perder sua mãe? Eu sinto uma grande aflição e medo de perda em você. São muito fortes- digo em seguida, e passo uma mão na lateral de seu pescoço o fazendo olhar para mim.
-O que está fazendo Alya?
-Pode me contar o que quiser Ani. Sabe disso, não?- Sorrio, acariciando seu pescoço.
Os olhos do garoto se enchem de lágrima, ele me puxa para um abraço. Mantenho os dois braços em seu pescoço, e ele em minhas costas.
Se permite chorar bem pouquinho no encontro do meu ombro e do meu pescoço.-Eu prometi que salvaria ela- eu...
Ele choraminga um pouco, e acaricio seus cabelos.
Após alguns minutos, ele se afasta, mantendo as mãos em minhas costas, que descem até minha cintura. Mantendo nossos corpos colados.
Gosto disso mais do que deveria admitir.
Ele olha em meus olhos, e vejo algo lindo ali.
É como se um vasto universo houvesse ali dentro.
Sinto algo também muito poderoso, e ele sabia disso.
Sabia o quão poderoso ele era, só me restava a dúvida para que lado ele utilizaria todo seu poder.-Vamos descansar mais um pouco, daqui umas duas horas desceremos para o café- digo por fim, e nós caminhamos até o quarto, ainda com a mão em minha cintura.
Ao voltarmos ao quarto, ele se deita na cama, e eu decido pegar meu livro.
É sobre poemas de amor, ok, podem ser batidos e muito clichês mas eu amava ler sobre algo que não podia experimentar, ou não deveria.
Mas ah se eu queria.Amar e ser amada.
Mas como? Nasci assim, e sou grata por ser uma Jedi.
As vezes vacilo nesses pensamentos.-O que está lendo?- Ele questiona, e percebo que o garoto vem me encarando pelos últimos minutos.
Me ajeito na cama, sorrindo, e pigarreio.
"As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor"Saboreio cada palavra, e ao terminar, fecho o livro e analiso o rosto de Anakin.
Ele parece apaixonado pelo poema.
E eu sinto o mesmo.■---------------------------■
parece que temos um anakin apaixonadinho não é?
o garoto emocionado... sou assim tbm kkkkkgostam de poemas? acho lindo, e sinceramente queria ler mais poemas... esse aí que escolhi é brasileiro do querido Carlos Drummond de Andrade, pq sim vamos inaltecer nossa cultura!
um beijo ;)
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𝘢𝘭𝘸𝘢𝘺𝘴 𝘵𝘰𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳 || skywalker
Fanfiction>> Anakin Skywalker << "𝙎𝙚𝙥𝙖𝙧𝙖𝙩𝙚𝙙 𝙖𝙩 𝙗𝙞𝙧𝙩𝙝; 𝙏𝙤𝙜𝙚𝙩𝙝𝙚𝙧 𝙖𝙩 𝙙𝙚𝙖𝙩𝙝" "𝙎𝙚𝙥𝙖𝙧𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙖𝙤 𝙣𝙖𝙨𝙘𝙚𝙧; 𝙅𝙪𝙣𝙩𝙤𝙨 𝙖𝙤 𝙢𝙤𝙧𝙧𝙚𝙧" Em uma galáxia muito, muito, distante... Dois Jovens Jedis se apaixonam...