Pov Alya
Encaro a vista do por do sol da Capital.
Não consigo evitar chorar.
Dois dias haviam se passado, e não tinha notícias do meu Ani.
Era dor demais em meu peito.
Minhas enxaquecas haviam piorado, e venho me sentindo mais sozinha.
Pela conexão Anakin havia dito que estava ajudando o chanceler e logo iria me visitar, mas todos já sabiam de tudo.
Havia sobrado praticamente três Jedis do conselho, sendo que o resto haviam sido dizimados.
Tudo isso me deixava tão aflita, porque não queria pensar no que meu Ani estava fazendo.
Mart havia continuado comigo, e era quase como meu guarda, disse que só sairia do meu lado quando eu falecesse. E assim ele iria embora.
Tentei insistir para que ele fugisse mas o garoto não me ouvia.
Sinto uma presença se aproximando de mim.
-Alya?- uma doce voz, e delicada mão pousa em meu ombro.
-Pad, que bom te ver!- lhe entrego um sorriso singelo, rapidamente limpando as lágrimas, torcendo para que ela não note.
Mas sabia que ela notaria, ela era esperta demais.
-Como está? Com toda essa guerra se alastrando, e o sumiço de Anakin, os Jedis sendo dizimados...
Ela tenta usar um tom mais ameno, porém só me faz chorar ainda mais.
Me sinto envergonhada, pois apenas chorei na frente de Anakin minha vida inteira, e ainda soa estranho para mim.
Mas eu estava tão frágil, e me sentindo tão sozinha.
Só queria fugir de tudo e de todos.
E todas as perguntas e duvidas sobre o "depois"
Não queria lembrar disso.
Não queria lembrar que em apenas algumas semanas eu morreria.
-Eu não...- tento falar mas minha voz morre no fim, decido me recompor -É tudo muito turbulento. Tento não dar ouvidos as coisas que dizem sobre Anakin. Mas eu sei, eu consigo sentir por meio de nossa conexão. Sei que ele mudou, e que fez coisas terríveis, apenas não quero aceitar, não agora.
-Você perdoaria ele se ele te pedisse?- Padmé pergunta algo difícil demais para explicar em palavras.
É claro que eu perdoaria Anakin.
Eu o amo, mais que tudo nesta vida.
Eu não mudo minha palavra quando dizia que andaria pelo fogo ou pelo lago mais congelante por ele.
Mas não é tão fácil assim. Eu sinto a mudança dentro dele, temo que se eu não fizer nada ele não irá voltar a ser meu Ani.
Será apenas mais um vilão, um Sith, alguém com coração de gelo cujo perdeu todos em sua vida, e que agora irá tirar a vida de milhares de inocentes.
Uma lágrima escorre por minhas bochechas, e Padmé entende meu recado.
Não estava pronta para falar sobre isso.
-Mas outra notícia, acho que achei seu irmão. Não tenho absoluta certeza mas já é algo- a garota sorri, tentando deixar o tom mais suave e alegre.
-Oh, eu não sei como te agradecer Pad, você foi e é uma amiga incrível- sussuro, indo ao seu encontro para um abraço caloroso.
Sorrio em meio aquele encontro, e não gosto de pensar que serei mais uma tristeza na vida dela quando se for.
-Quando achar meu irmão, quero que entregue á ele algo.
Me afasto do abraço, a olhando nos olhos.
Caminho até minha cama, e ao lado na mesinha, pego um envelope.
-Para Apolo Wallace, De Alya Wallace- Padmé lê em voz alta.
-É uma carta, como não vou poder dizer á ele as coisas que queria pessoalmente, peço como meu último desejo que o ache e lhe entregue isso- lhe entrego sorrindo de lado, antes que meus olhos se encham de lágrimas novamente -Prometa, Pad.
Meus olhos marejam, e me obrigo a desviar o olhar do dela.
Era difícil demais.
-Prometo Aly. Farei de tudo para que essa carta chegue nas mãos de Apolo.
Ela acaricia meu braço de leve, antes de se retirar.
Olho no relógio, e vejo que já está na hora do almoço.
Saio do quarto, e vou em direção á cozinha.
[...]
-Obi-Wan, o que faz aqui ainda?- pergunto, pensando que ele já havia ido embora igual o Yoda e outros poucos sobreviventes.
-É bom te ver também Alya.
Solto uma risada, verdadeira.
Fazia tempo que não sorria assim.
-Ouve alguma notícia de Anakin?- pergunto em sequência, e vejo seu olhar cair, e ele se aproxima de mim pegando minhas mãos.
-Ele se juntou ao Chanceler, e matou os Younglings. Todos- o tom melancólico de Kenobi, me faz querer chorar novamente.
-Meus Younglings?
Sabia que era prepotência chamar eles de meus.
Mas havia conhecido eles e lhes dado algumas aulas, em breve seria a Mestre de todos ali.
Senti um imenso vazio no peito.
Anakin havia matado crianças? Depois de uma madrugada á meses atrás dizendo que queria montar uma família comigo?
-Não... ele não poderia, Anakin nunca-...
Paro de falar ao me lembrar de Tatooine.
Quando ele dizimou o povo da areia.
Matou não apenas os homens como as mulheres e crianças.
Ele não teve dó, estava cegado de vingança.
Mas e agora, qual era sua desculpa?
Sabia que o que tinha sentido esses dias explicava tudo.
Senti uma dor, algo me corroendo.
Foi uma parte de Anakin em mim morrendo, a parte boa. A parte a qual me apaixonei.
-Preciso que me diga aonde ele está, preciso encontra-lo e detê-lo- Kenobi se levanta, preocupado, mas apenas mantenho meu olhar no chão.
Lembrei de algo que Yoda me disse antes de partir.
Eu sabia o que deveria fazer.
-Não posso dizer. Eu tenho que ir, ele me escutará, não fará mal a mim.
As palavras soam falsas até para mim mesma.
Mas eu precisava tentar.
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gente, essa fic ta me trazendo a própria depressão
mudei a capa, gostaram?
*e nao se esqueçam que estou escrevendo uma de reylo tbm
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𝘢𝘭𝘸𝘢𝘺𝘴 𝘵𝘰𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳 || skywalker
Fiksi Penggemar>> Anakin Skywalker << "𝙎𝙚𝙥𝙖𝙧𝙖𝙩𝙚𝙙 𝙖𝙩 𝙗𝙞𝙧𝙩𝙝; 𝙏𝙤𝙜𝙚𝙩𝙝𝙚𝙧 𝙖𝙩 𝙙𝙚𝙖𝙩𝙝" "𝙎𝙚𝙥𝙖𝙧𝙖𝙙𝙤𝙨 𝙖𝙤 𝙣𝙖𝙨𝙘𝙚𝙧; 𝙅𝙪𝙣𝙩𝙤𝙨 𝙖𝙤 𝙢𝙤𝙧𝙧𝙚𝙧" Em uma galáxia muito, muito, distante... Dois Jovens Jedis se apaixonam...
