26. Albus vive!

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Parte de ser são, é ser um pouco louco.

— Janet Long

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A entrada do escritório da diretora foi fechada quando Hermione se aproximou. Antes que Hermione tivesse tempo de se preocupar com sua ignorância da senha, a gárgula que a guardava deu-lhe uma piscadela atrevida e agilmente se afastou. Parecia que ela era esperada. As escadas móveis foram um alívio. Poppy estava certa; ela estava completamente exausta. A porta no topo da escada estava aberta, então Hermione entrou.

Ela foi saudada pela estranha visão de Albus sentado em uma cadeira grande e confortável com Minerva embalada em seu colo. Enquanto Albus conversava com os outros presentes, Minerva sentou-se com o rosto enterrado no pescoço de Albus. Fazendo o possível para não olhar para o chefe da casa agindo como uma adolescente apaixonada, Hermione entrou rapidamente na sala e se juntou a Ron e Harry em um dos sofás. Não foi difícil acompanhar a conversa.

— Mas você estava realmente morto, Albus? — Remus perguntou curioso.

— Ah, sim, de fato. Eu estava tão morto quanto o proverbial prego. O voto era muito específico - se Draco não conseguisse acabar comigo até o final do ano letivo, Severus teria que fazê-lo, ou morreria. Agora, quero que fique perfeitamente claro que Severus estava mais do que disposto a morrer em meu lugar. Somente minha total e absoluta teimosia nesse assunto o fez considerar qualquer outro curso de ação. Felizmente para mim — e aqui Albus fez uma pausa para rir, — o voto apenas dizia que eu tinha que estar morto, não especificava quanto tempo eu teria que permanecer assim! Agora Severus está livre de seu juramento, estou de volta onde quero estar e o velho Tom não sabe disso.

— Isso foi absolutamente maquiavélico da sua parte, Albus — Bill interrompeu. — Conheço bastante a magia da alma dos goblins – para um mago, pelo menos – mas não suspeitei de nada.

— Você não estava destinado a isso. Acredite em mim, não há uma pessoa nesta sala em quem eu não confiaria minha vida. Eu queria muito contar a vocês o que havíamos planejado, tanto para acalmar suas mentes quanto para que o pobre Severus não ficasse tão sozinho, mas simplesmente não foi prudente. Vocês são, cada um de vocês, corajosos, honestos e inteligentes, mas não há nenhum ator entre vocês. Se vocês não tivessem demonstrado a dor honesta que demonstrou, Tom saberia que estávamos tramando alguma coisa.

— Acho que todos nós entendemos isso — disse Harry. — Foi difícil, muito difícil, veja bem. Mas eu entendo por que você fez o que fez.

— Bom menino! — Albus disse, sorrindo para Harry com ternura. — E devo acrescentar que nunca estive tão orgulhoso de vocês três como fiquei quando convidaram Severus para sua casa. Com ou sem a garantia de Remus por Severus, isso foi gentilmente feito.

Harry, Ron e Hermione coraram furiosamente com o elogio de Dumbledore. Quando Hermione se acalmou o suficiente para encontrar a língua, ela entrou na conversa pela primeira vez.

— Senhor, isso significa que você estava ciente o tempo todo que estava... er... vivendo com Severus?

— Em primeiro lugar, me chame de 'senhor' de novo, mocinha, e eu vou te azarar — disse Albus, dando a Hermione uma carranca feroz antes de piscar para ela divertido. — Eu não sou seu professor, não sou seu diretor e, embora estejamos em Hogwarts, você não está na escola. Meu nome é Albus e você mais do que conquistou o direito de usá-lo.

— Sim... Albus — Hermione conseguiu gaguejar enquanto corava novamente.

— E como está o paciente de Poppy? Ele passou por momentos difíceis, pobre rapaz. Acredito que não haja muita coisa errada com ele?

The Price of Madness | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora