The Price of Madness | Sevmione

30. Explorações

"Clareza de espírito também significa clareza de paixão; é por isso que uma mente grande e clara ama ardentemente e vê claramente o que ama."

— Blaise Pascal

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— Você está divina, coquete — Severus disse, sua voz baixa e rouca. — Venha aqui.

Por um momento, Hermione simplesmente ficou imóvel como uma estátua, completamente paralisada pela expressão de fome nua no rosto de Severus. Este não era um estudante que estava deitado na cama diante dela, acenando para ela com os olhos. Este não era um garoto esperando por um beijo e uma apalpada rápida. Severus era um homem adulto com paixões de homem.

Depois de suas muitas sessões noturnas de beijos no quarto de Severus em Grimmauld Place, Hermione sempre deixava Severus para ir para seu quarto, sozinha e frustrada. Ela presumiu que se seu amor voltasse a si, ela ficaria emocionada. Muitas vezes, enquanto estava acordada na cama, ela fantasiava como seria ficar nos braços dele em vez de se retirar para seu próprio quarto. Tudo o que ela sabia sobre sexo era o que tinha lido nos livros e o que ouvia outras garotas cochichando. Ela tinha certeza de que quando chegasse a oportunidade de descobrir por si mesma, ela aproveitaria.

Hermione não estava com vontade de pular para lugar nenhum. De repente, inquieta e nervosa, Hermione se viu mudando seu peso de um pé para outro. Era assim que as coisas aconteciam? Será que um homem simplesmente dizia "Venha cá" e você pulava na cama e fazia isso? E por que ela não estava pulando? Lá estava ele, o homem que ela amava. Ele a queria e ela o queria. Mas em todas as suas muitas imaginações, nunca tinha parecido com isso. O silêncio se estendeu enquanto ela hesitava. A expressão nos olhos de Severus passou de fome para uma contemplação tranquila. Pelo amor de Deus, ela tinha que dizer alguma coisa! E se ele interpretasse mal sua hesitação como desinteresse? E se ele decidisse que ela era muito jovem e tola, afinal de contas?

— Você deveria descansar — disse ela, com a voz um pouco alta e mais estridente do que o normal. Ah, isso foi brilhante. Era provável que Severus pensasse que havia recuperado a sanidade bem a tempo de ela perder a sua. O que diabos havia de errado com ela?

— Garanto que estou bem, Hermione. Poppy pretende me liberar pela manhã. A única atividade contra a qual Poppy me alertou foi aparatar antes de estar totalmente descansado.

Quando Hermione espiou Severus através dos cílios, ela viu que ele não parecia zangado nem impaciente, embora ainda a estivesse estudando atentamente.

— Você deveria descansar — Hermione repetiu sem muita convicção. — Esta manhã... eu não quero que isso aconteça de novo... Você estava tão fraco... e eu poderia ficar em um quarto de hóspedes... eu...

Percebendo que ela estava começando a balbuciar seriamente, tudo de repente parecia muito difícil de lidar. Afastando-se abruptamente da cama, Hermione teria fugido do quarto se não tivesse encontrado a porta firmemente trancada. Frustrada, ela balançou a maçaneta com força. Quando uma mão pousou suavemente em seu ombro, ela se virou surpresa ao encontrar Severus parado perto dela.

— Por que a porta está trancada? — ela perguntou, horrorizada ao ouvir o quão trêmula sua voz soava.

— Porque eu tranquei, Hermione. Agora não se preocupe — acrescentou ele, vendo a expressão preocupada dela. Levantando a mão, ele acariciou sua bochecha com ternura. — Eu só quero falar com você por um momento. Embora eu esteja me sentindo muito melhor desde esta manhã, não acho que esteja com condições de persegui-la pelos corredores.

Quando ele terminou o discurso com seu sorriso torto e arqueamento irônico de uma sobrancelha, Hermione soltou abruptamente a respiração que ela não sabia que estava prendendo. Aqui estava o homem que ela conhecia, falando com ela suavemente e tocando-a com ternura. A situação não parecia mais assustadora, e ela se perguntou por que estava tão nervosa em primeiro lugar. Com um grito suave, ela foi direto para os braços dele, e ele a envolveu com força.