Capítulo 20 - Lar

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Olá, pessoal, mais um capítulo de after. Espero que o apreciem e me deixem seus comentários e votos como incentivo. Obrigada por tudo. Beijos.

LUCAS

 
A palavra medo nunca fez parte de seu vocabulário. Pelo  menos  não aquele sentimento atordoante que paralisa suas ações,  e te impede de tomar uma atitude imediata. Lucas sempre encarou os desafios de sua vida com coragem e determinação, por isso, não havia tempo para receios ou temores sem sentido. Mas naquele instante em que viu Amybeth ser atingida por um carro, e jazer desacordada no chão, ele simplesmente se sentiu apavorado, como se o mundo tivesse girado rápido demais, e sua apreensão lhe tivesse roubado todo o ar.

Ainda assim, ele foi o primeiro a chegar até ela, a se ajoelhar a seu lado, a tocar seus cabelos com carinho, e olhar desesperado para seu rosto pálido que ele estava acostumado a ver tão corado. 

Alguém tinha chamado a emergência, mas Lucas nem percebeu quem era. Estava tão nervoso e desesperado que tinha perdido completamente sua capacidade de raciocinar rápido. Vagamente ele percebeu seus amigos a seu lado, a mão de Cory em seu ombro ou Christian que se ajoelhou ao seu lado.

-Alguém anotou a placa do carro?- Dalila perguntou. 

- Foi tudo tão rápido que ninguém teve tempo ou pensou sobre isso.- Jacob respondeu. 

- Mas é crime atropelar alguém e omitir socorro. - Lucas identificou a voz de Miranda tão indignada quanto  ele se sentia por dentro.  Quem em sã consciência atropelava alguém e omitia socorro? A resposta veio de Kyla que parecia ter ouvido a pergunta mental que ele fizera:

- Talvez a pessoa tenha algo a esconder.

- Sim. Talvez sua licença para dirigir esteja vencida.- Aymeric ponderou.

- Ou esteja fugindo de alguma coisa.- Jacob também deu sua opinião, e assim muitas teorias foram tecidas por seus amigos, mas ele não participou daquilo.

Era como se estivessem jogando um jogo para fugir da gravidade da situação, e não seria possível já que Amy estava deitada no meio da rua  de onde não poderia ser removida enquanto a ajuda médica não chegasse.

Por isso uma corrente humana foi feita em volta de Amybeth por seus amigos, e por algumas pessoas que estavam na praia e  viram o acidente para impedir que o trânsito fluísse por ali.

- Como ela está,  Lucas?- Dalila perguntou. O rapaz checou o pulso de Amybeth e respondeu:

- O pulso está fraco. Meu Deus! Onde está essa ambulância que não chega?- Lucas disse desesperado, passando os dedos por seus cachos completamente desfeitos por seus gestos nervosos. 

- Calma, Lucas.  AB vai ficar bem. Se você ficar nervoso assim as coisas só vão piorar.- Cory disse, tentando acalmar o amigo.

- Como quer que eu fique calmo, Cory? É a garota que eu amo que está deitada aqui sem se  mexer, e eu não posso fazer nada para ajudar.- ele estava quase chorando, e não se importava de fazer uma cena. Amybeth tinha que ficar bem ou ele não sabia o que faria.

- Eu sei, e te entendo. Mas você precisa se acalmar  pois AB precisa de você.  Senão vão ser duas pessoas em uma cama de hospital ao invés de uma. Respire fundo e segura a sua onda. Você não está sozinho nessa.. Todos nós estamos preocupados, mas cada um reage de um jeito. - Cory explicou e depois apertou a mão do amigo,  dando-lhe mais uma vez o seu apoio.

A ambulância chegou naquele exato momento,  e todos respiraram aliviados com exceção de Lucas que não conseguia parar de se preocupar, pois Amybeth se mantinha desacordada, e seu medo maior era que ela tivesse sofrido alguma lesão na cabeça por conta do impacto do atropelamento.
Totalmente em desalento, ele viu os  enfermeiros a colocarem na maca e a levarem rapidamente para a ambulância,  e sem se conter ele os seguiu, mas enquanto caminhava alguém segurou em seu braço e perguntou:

After that kiss - Anne with an eOnde histórias criam vida. Descubra agora