𝟎𝟎𝟑. 𝟎𝟐. 𝐀 𝐀𝐍𝐓𝐈𝐆𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀

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—Tudo bem, Mike. Onde vamos achar nossos artefatos? — Eddie perguntou quando eles já estavam na superfície novamente.

—Francamente, com todo o respeito, isto é uma idiotice, tá legal? Para que esses artefatos? Já lembramos que salvamos a Bev, vencemos a Coisa. Nós já lembramos de tudo! — Richie implicou.

—Isso não é tudo. Lutamos. Mas o que houve depois? Diante da casa na Neibolt. Pensem.

—Nós... nós não nos lembramos, não é?

—Nossa história não é só isso. O que houve naquele verão. E esses espaços em branco, como páginas arrancadas de um livro. É o que precisam achar. Precisamos nos dividir. Cada um deve achar seu artefato. Sozinho. Isso é importante. Quando acharem, vão até a biblioteca à noite.

—Devo dizer que, em termos de sobrevivência, vamos nos sair melhor em grupo.

—É, seria burrice nos separarmos. — A dupla falava novamente. — Temos que ir juntos. Estávamos juntos naquele verão, certo?

—Não. — Bill quem falou. — Não o verão todo.

—A briga. Vocês dois brigaram, o grupo se separou. Eu me lembro.

—Merda, é verdade.

—Vamos seguir o plano de Mike, então. Nos vemos à noite?

—Sim. — Todos respondem, e aos poucos, cada um vai seguindo um caminho diferente.

Carrie andava pelo bairro tão conhecido por ela, com as mãos nos bolsos do casaco, sentindo os objetos antigos ainda ali

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Carrie andava pelo bairro tão conhecido por ela, com as mãos nos bolsos do casaco, sentindo os objetos antigos ainda ali. Ela sabia bem aonde ir, o lugar onde viu Richie pela última vez antes de abandoná-lo como uma covarde faria.

Olhou para a casa onde passou toda sua infância, as paredes de madeira azul claro junto com o telhado, e as janelas brancas ainda lhe davam sensação de paz. Sabia que seus pais não moravam mais ali, eles haviam se mudado há anos, assim que Richie saiu de casa. Estava curiosa para saber quem morava ali, mas a casa em si não era o foco, e sim o quintal, onde deixou suas relíquias mais preciosas dentro de uma caixinha escondida nas prateleiras da casinha usada para guardar tralhas.

Respirou fundo e começou a subir as escadinhas, contou até 10 mentalmente antes de, com as mãos tremendo, bater na porta. Deu três leves batidas, e esperou algum sinal de vida. Em alguns segundos, uma mulher de aparência jovial abriu a porta.

—Posso ajudar?

—Sim, oi. Meu nome é Carrie Tozier, isso vai parecer meio estranho, mas... eu morava aqui quando era criança, e deixei algo aqui que preciso recuperar. Você... pode me ajudar?

—Ah, querida, claro. Entre. — Deu espaço e a mulher entrou. — Se mudou há muito tempo?

—Sim, na verdade, quando eu tinha 16 anos.

—Interessante. Então... onde deixou o que precisa achar? Talvez eu tenha visto.

—Hum... está dentro de uma caixa de sapato, eu havia deixado em uma prateleira naquele quartinho que fica no quintal.

𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐋𝐎𝐕𝐄, 𝐃𝐄𝐑𝐑𝐘 - 𝐈𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora