Prisão

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AVISO DE GATILHO

Esse capítulo contém: assédio sexual, menções a drogas e estupro.

Pov. Angélica

Mais um dia nessa casa, era para eu estar livre agora. Ontem depois de conversar com a Sôfi, acabei chorando pela possibilidade de não voltar a ficar com meus pais.

A senhora Campbell me acordou hoje, ela  perguntou se estava tudo bem por causa dos meus olhos estarem  um pouco inchado. A ignorei e fui para o banheiro, quando terminei o banho e saí ela não estava mais aqui. Agora estou terminando de pentear meu cabelo, a mochila está pronta em cima da cama, só falta ir tomar o café da manhã e escovar os dentes.

— Entra –  escutei batidas na porta, os Campbell entram no quarto.

— Nós dois já decidimos o seu castigo, – falou a Senhora Campbell — eu iria levá-la para comprar um celular, e agora terá que esperar para tê-lo.

É esse o castigo? Eu já tenho o meu celular e ela nem sabe.

— Além desse castigo, também ficará uma semana sem poder sair de casa. – Os dois devem achar que isso mudou alguma coisa. Não vai fazer diferença.

— Mais alguma coisa? – Pergunto.

— Não, vamos tomar café da manhã.

Desço com eles para a mesa, onde a Hillary ficou nos esperando.

Pov. Autora

Depois do café da manhã, as meninas foram para a escola, o Álvaro para a empresa e a Stephany para o hospital.

No presídio feminino em que se encontra a Catharina, está tranquilo no momento. A mulher está no pátio com a sua companheira de cela, Mila.

— Ela tem te olhado muito nos últimos dois dias, melhor tomar cuidado. Ela é perigosa. – Disse Mila a Catharina, ao terceiro dia  vivendo no presídio a Ross começou a ser perseguida por Samantha, que comanda a venda de drogas para as prisioneiras.

Samantha soube o motivo da prisão de Catharina, desde então fica de olho na prisioneira. Ainda mais agora que tem alguém que vende sem o seu consentimento. Por mais que Catharina tenha negado, continua sendo vigiada.

— Não sei o que fazer, não estou vendendo nada e nunca me envolvi com isso.

— Fica na sua e não fale muito com as outras mulheres. Ela pode desconfiar mais ainda e não terá perdão.

— A minha vida está indo de mal a pior.

— Eu te entendo, também tinha uma família e não falo com eles a muito tempo.

— O pior é que além do meu marido também estar preso, minha filha foi adotada. – São poucos minutos em que Catharina não pensa na família. Antes de dormir ela pede que seus amores estejam em segurança e bens, que esse pesadelo termine logo e possam voltar a ficarem juntos.

As duas ficaram conversando mais um pouco até a hora de terem que comprir sua obrigação. As prisioneiras tinham obrigações dentro do presídio, como, por exemplo: cozinhar, limpar a cantina, os banheiros, o pátio.. As duas vão limpar o banheiro  que é usado pelas detentas.

— A Chantal tá um pouco estranha. – Disse Mila, Chantal divide a cela com as duas, assim como  as obrigações são as mesmas. — Ontem encontrei umas usuárias saindo da nossa cela. E a bonita cara de pau, disse que não vai nós ajudar hoje.

— Elas podem apenas estar conversando com a Chantal, e você sabe o porquê de ela não vir ajudar hoje?

— Disse que não era da minha conta, a minha vontade era de pegar aquela cabeça de Peixe-gota e bater na parede até desmaiar. ­– Explicou pegando a vassoura e balde com os produtos de limpeza. — Só que as carcereiras estavam perto e eu iria para a solitária.

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