Pov. Álvaro
Paro meu carro na frente da vila onde Angélica está esperando com a amiga, seu semblante está alegre. Primeira vez que a vejo feliz com algo, passar um tempo com a amiga fez bem.
— Até Sôfi.
— Angélica abraça a amiga.
— Até amiga. – Após a pequena despedida Angélica entra no carro, ela senta no banco da frente e coloca o cinto. Começo a dirigir de volta para casa.
Depois de confirmar onde a Angélica estava após fugir do parque, liguei para a Stephany, disse que nossa filha estava bem e na casa da amiga, a buscaria no fim da tarde. Mesmo com o tom de voz calmo tenho consciência do quanto ficou irritada pela atitude rebelde, como tinha muitos pacientes naquele momento não pode sair para procurar pelas ruas como eu. Em seguida liguei para casa, contei que encontrei a Angélica e todos poderiam ficar tranquilos.
Na hora que a Clarissa ligou para contar do sumiço da Angélica fiquei preocupado pensando no que poderia ter acontecido com ela. Ordenei que procurassem pelas ruas próximas do local, sai do trabalho para ajudar e pensei que o lugar mais provável de estar era na vila onde morava. Bati e tentei abrir a porta de sua casa, porém estava trancada, em seguida encontrei a casa da amiga da Angélica. O alívio veio de imediato ao vê-la bem, sem nenhum machucado.
Estaciono o carro na garagem ao lado do da Stephany, antes de conversar com a Angélica sobre o ocorrido preciso falar com minha esposa. Saímos do carro e
entramos em casa, Angélica vai para o quarto sem dizer nada desde que entrou no carro. Entro no meu quarto onde Stephany está deitada na cama mexendo no celular, pelo cheiro de perfume terminou de tomar banho a pouco tempo.— Oi – beijo seus lábios — tudo bem, amor?
— Trouxe a Angélica? – Começo a desabotoar minha camisa social.
— Sim, está no quarto. Ela estava esperando com a amiga na porta da vila, tinha que ver como estava alegre.
— Por que deixou ela ficar naquele lugar depois de ter fugido? Deveria ter a trazido para casa e em outro dia deixar ficar um tempo com a amiga.
— Eu ia trazê-la, porém vi o quanto queria ficar e passar um tempo com a amiga. – Seus olhos me mostraram isso ao pedir para ficar e voltar depois para casa.
— Entendo, mas pode ser que ela pense a partir de agora que para conseguir as coisas tenha que fugir ou fazer outra coisa errada.... Ao menos aplicou algum castigo ou alguma repreensão?
— Irei depois de tomar meu banho, pretende vir junto? – Algumas vezes nós dois damos uma repreensão juntos, outras deixamos apenas para um resolver. Como na vez em que a Hillary estava fazendo muita malcriação e conversamos para decidir o castigo juntos.
— Como você esteve mais inteirado na situação, pode decidir sozinho o que fazer. Depois vou apenas conversar com ela para não cometer o mesmo erro.
— Vou tomar um banho rápido e em seguida falar com ela. – Selo novamente nossos lábios e vou para o banheiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma nova vida
Historical FictionSeparada de sua família por mentiras, levada para juizado de menores. Uma menina de 12 anos doce, simpatica, alegre, obediente, bondosa... Sofrendo injustiças na vida, se torna outra pessoa. Uma pessoa fria, desconfiada, rancorosa, desobediente e...