Capítulo 11

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Paris - França - 08:00 - terça feira.

Acordei sentindo uma dor enorme na minha cabeça. Olhei ao redor, mesmo escuro sabia que estava no meu quarto, passei a mão nos meus olhos e me sentei na cama. Acendi o abajur, olhei a hora no meu celular, 08:00 horas da manhã.

Sina vai me matar meu Deus! Como eu cheguei em casa?

Tinha um remédio e um copo de água na mesinha da minha cabeceira. Peguei o remédio e tomei, minha cabeça estava querendo explodir.

Levantei para ir ao banheiro, notei que eu usava apenas minha calcinha e uma camiseta que eu normalmente gosto de dormir, ia até metade das minhas pernas. Será que Sina trocou minha roupa?

Tirei a camisa e entrei embaixo do chuveiro, me lavei rapidamente, escovei meus dentes e fui ao meu closet trocar de roupa.

Calça jeans, um suéter YSL preta de gola alta. Prendi meu cabelo. Calcei um salto da cor da blusa de ponta fina e um óculos também da YSL. Aí eu amo andar produzida com marca cara.

Desci as escadas, logo encontrei Lamar sentado na sala.

- Bom dia Heyoon. Sina deixou ordens para você tomar café da manhã ao acordar e em seguida ir até a YSL.

- Okay... É... Lamar, você me trouxe para casa?

- Sim senhora, Sina te colocou na cama.

Aí meu Deus, foi ela mesmo quem me trocou. Fechei meus olhos até superar a vergonha.

- Ela está brava?

- Com a senhora? - Confirmei com a cabeça. - Você vai sobrevier menina, não se preocupe.

Sorri sem graça e fui para a cozinha.

A senhora que trabalha para Sina rapidamente me serviu. Acho que para trabalhar com Sina um dos pontos principais é saber inglês, todos dominam o idioma.

- Café senhorita?

- Sim, obrigada dona Lea.

- Nunca vi a senhora Deinert tão estressada quanto essa manhã. Querida, o que você aprontou?

Parei o pãozinho que eu levava para a boca no meio do caminho.

- Ela estava estressada?

- Sina não gosta muito de ser contrariada, Heyoon.

- É, eu sei disso. Acho que não quero me encontrar com ela hoje.

Mastigue o pão com calma. A senhora ficou rindo.

- A senhorita tem alma de adolescente, é como meus filhos. Já Sina mesmo bem nova, é muito madura.

Terminei minha refeição e sai com Lamar para minha morte. Logo eu estava entrando na YSL e Noah me abraçando morrendo de rir.

- Você está rindo sua bicha safada? Sina quer me matar!

- Eu te avisei para não beber tanto criatura!

- Não ultrapassei as cinco, só tomei quatro!

Noah riu e me abraçou de novo.

- Vai lá encarar sua irritadinha. Já tomei a minha bronca, agora é sua vez.

- Ela não é minha...

Fiz uma careta para Noah e fui até a sala de Sina. Nunca entrei aqui antes. A secretária dela autorizou minha entrada.

- Moça, você não quer entrar comigo não?

A menina apenas riu e balançou a cabeça em negativo. Abri a porta calmamente e entrei na sala recuada, Sina tirou a atenção do notebook e me encarou.

- Queria falar comigo Sina Deinert? - Sorri torto para ela.

Não se deixe abalar Heyoon, mostre confiança.

- Sente-se Heyoon! E feche a porta por gentileza.

Ela apontou para a cadeira a frente da sua mesa. Como que anda mesmo?

Andei até ela em passos lentos, Sina desceu os olhos para meus pés. Sentei e cruzei minhas pernas, se ela curte mulheres, eu posso tentar desestabilizar um pouquinho sua postura de ignorante com algo sensual. Nem sensual eu sou, mas preciso me convencer que sim.

- Se divertiu ontem Heyoon?

- Sim, foi bom.

- Exagerou na bebida, foi assediada, e desmaiou nos braços do meu motorista. - Ela aumentou o tom de voz, que antes era baixo.

- Isso te interessa? Não sou nada sua Sina, nem amiga acho que somos. Por que está tão irritada com isso? - Aumentei a voz também. Quem ela pensa que é pra falar assim comigo?

Sina me olhou sério, tinha um papel em mãos, amassou ele com apenas uma mão e jogou no lixo com uma força desnecessária.

Em seguida ela levantou, passou a mão no cabelo, bagunçando os fios e deixando volumoso na frente. Ela caminhou até uma mesinha com bebidas, colocou uma dose de alguma daquelas várias garrafas e foi até a parede de vidro da sala. Ficou de costas para mim, olhando para a torre Eiffel ao fundo, uma mão no bolso e a outra segurando a bebida.

Okay, acho que realmente irritei essa mulher, e com minhas últimas palavras ela ficou ainda mais brava. Vou irritar mais.

- Me responde Sina, isso te interessa? Te irrita um homem me agarrar por trás?

- Se cale Heyoon!

- Isso não é resposta para minha pergunta. Se quiser que eu me cale, venha você até aqui calar minha boca!

- Mas que inferno de mulher! Saia da minha sala!

Dobrei meus braços embaixo dos seios e continuei bem sentadinha onde eu estava.

- Só saio daqui quando você me responder por que está tão irritada com isso.

Sina se virou para mim, virou todo o líquido do copo e andou a passos rápidos em minha direção. Ela segurou minha mão e me puxou, levantei obrigada, meu corpo colidiu com o dela. A pegada na minha cintura me fez suspirar.

- Estou irritada porquê eu te desejo, e não suporto a idéia de alguém cobiçar o que eu tanto almejo.

Suspirei quando ela apertou minha cintura, a proximidade, o perfume incrível, aquela boca carnuda a centímetros da minha, ela me olhava com tanto desejo, como ninguém nunca me olhou antes, me sentia nua sobre seus olhos.

Enquanto uma mão me segurava pela cintura, a outra alisou meu rosto com delicadeza.

- Tão linda e teimosa... - Sina aproximou a boca da minha, mordeu meu lábio inferior e puxou entre os dentes com uma precisão exata.

Fiquei esperando ela me beijar, mas isso não aconteceu, Sina me soltou e abriu a porta.

- Any. - Sina chamou e logo a moça entrou na sala. - Leve a senhorita Jeong para o Noah.

- Sim senhora. Vamos senhorita Jeong?

Balancei a cabeça em afirmação e caminhei até ela.

- Te pego para almoçar as 13:00 horas Heyoon.

O que diabos essa mulher quer de mim? Enlouquecer, só pode.

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In Paris (Siyoon)Onde histórias criam vida. Descubra agora