Capítulo 18

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Paris - França - 20:10 - Sexta feira.

Hoje passei o dia inteiro com Noah, estávamos acertando os últimos detalhes da roupa que eu vou desfilar. Me tremi toda quando Noah me informou que eu entraria com Sina. Me sinto mais segura, ela me passa confiança, mas ao mesmo tempo, tenho medo de fazer algo errado e fazer vergonha a mesma.

Sai para jantar com Noah em um restaurante em frente a YSL, quando me lembrei de algo muito importante.

— Noah preciso ir!

— O que foi criatura? Termine o jantar!

— Já é 20:10, marquei com Sina. Beijo, beijo. Te amo, até amanhã.

Peguei minha bolsa e sai correndo daquele restaurante.

Merda, estou atrasada.

Nem cheguei a ver Sina hoje, ela não me mandou nenhuma mensagem, também não entrei em contato com ela. Será que ela esqueceu?

Duvido muito que ela tenha esquecido, Sina deve ter bloquinhos de anotações no cérebro.

Entrei na YSL, chamei o elevador, graças ao pai chegou rápido.

1° andar

2° andar

3° andar

— Bora caramba!

Enfim cheguei no andar da sala de Sina, corri em direção a sala correta. Dei uma única batida, ouvi a voz dela mandando entrar. A secretária não estava mais em seu lugar, já deve ter ido embora.

Abri a porta, Sina estava sentada com a cabeça baixa, assinando alguns papéis, com óculos de leitura no rosto.

— Está atrasada 15 minutos Heyoon!

Ela respondeu sem olhar para mim.

Fechei a porta, assim que fui andando até ela, tropecei no tapete e cai no chão de quatro. Levantei minha cabeça para Sina, ela me encarava atentamente.

— Você está bem?

— Am... Por que você mandou colocar esse maldito tapete? Ele não existia antes!

Levantei do chão, ajeitei minha saia.

— Se machucou? Ele sempre existiu, querida.

— Não... Estou bem, não machuquei.

— Venha até aqui.

Acho que estou travada, Sina estava sentada, calça de alfaiataria preta, não usava blazer, apenas a camisa social branca, arregaçada até quase a altura dos cotovelos, o cabelo estava preso em um coque bagunçado, e a pulseira de ouro chamava atenção, assim como muitos anéis que tinham em seus dedos.

— Heyoon, você me ouviu?

— Sina eu...

Ela tirou o óculos de descanso que usava e deixou sobre a mesa, afastou a cadeira de rodinhas para trás, e levantou, logo caminhando em minha direção.

Dei alguns passos para trás, até minha coluna colidir com a porta.

Sina parou no meio do caminho.

— Está realmente tudo bem? Está com medo de mim?

— Não... Eu acho que só estou nervosa, com vergonha e... – Respirei fundo. — Excitada. – Disse a última palavra quase em sussurro.

Baixei minha cabeça, notei Sina voltando a andar, ela parou na minha frente, levantou meu queixo, me fazendo olhar para ela.

— Não sinta vergonha de mim, jamais sinta, quero que compartilhe seus desejos, pensamentos, medos, angústias, dias ruins e bons comigo. Quero construir um relacionamento com você, por isso te dei minha confiança, e estou tentando conquistar a sua.

In Paris (Siyoon)Onde histórias criam vida. Descubra agora