Capitolo Quattro

58 14 74
                                    

Harry ficou atônito. Por que mais um? Por que seria o último encontro? Louis não gostaria mais de sair com ele? Não gostaria mais de levá-lo a passeios que nunca havia ido? Ele iria agir como seu último namorado agiu?

Seria besteira e idiotice comparar Louis com Jackson. Mas, depois de todo o trauma e fantasmas que lhe assombraram até pouco tempo, o receio de passar pelos mesmos problemas e ter que enfrentar obstáculos de novo, não é algo tolerado.

Há algo sobre Harry, que ele prefere guardar para si. Apenas seus pais e irmã sabem. E provavelmente os amigos de seu ex. Seria engraçado dizer o quanto ele amou uma pessoa que apenas lhe usou para ciúmes. Sexo. Fama. Status. Harry não era conhecido, mas namorar com o maior nerd do terceiro ano do ensino médio, é algo incrível para o co-capitão do time de lacrosse.

Scott e Stiles eram seus melhores amigos na época. Por mais que Mccall fosse meio cabeça na lua e Stilinski fosse bem sonhador, eles eram um trio inseparável. Se conheceram no fundamental e desde então viraram amigos. Mas como nem tudo é um livro romântico, ou um romance clássico, existem problemas, atalhos, ou amigos que nem sempre irão te salvar, Harry acabou caindo no encanto do sapo.

O sapo, no entanto, não caiu no encanto do príncipe -que estava apaixonado e encantado pela beleza- fazendo com que, meses mais tarde, a escola toda soubesse sobre seus maiores defeitos e seus maiores medos.

Jackson foi -e ainda é- um peso na vida de Harry, fazendo com que várias inseguranças voltem à sua cabeça, por isso, neste momento está olhando para os seus próprios pés, pensando por que Louis não quer mais sair com ele.

Já Louis, tentava processar o que estava acontecendo. Ele havia feito a pergunta que estava em sua cabeça desde o dia que conheceu Edward, e pode parecer precipitado, mas o amor não tem hora. Não quando você está se adaptando a ter um coração partido e arrebentado ao mesmo tempo. Não quando a única pessoa na qual você mais amou no mundo, partiu sem dizer adeus.

Louis era um garoto e não entendia por que sua mãe tomava tantos remédios para dor. Nem por que ela sumia por dois dias e voltava pior do que quando havia partido. Ele perguntava e ela negava uma resposta. Ele a ajudava em dias difíceis e ela o menosprezava. Antonella morreu num acidente de carro.

Ele não a culpa por estar viciada. Nem por largá-lo em casa. Nem por abandoná-lo. Louis fez terapia até os dezenove anos. E passou a perceber que sua mãe lhe amava mais que qualquer coisa no mundo, mas que, infelizmente chega uma hora que nosso cérebro cansa, nossos membros cansam e nosso coração para, fazendo com que, finalmente possamos descansar como merecemos.

Com nove anos começou a morar com seus avós, Florenttina e Ettore. Sempre ajudou sua avó com a floricultura e seu avô com poesias. Lembra de ter escrito uma, que fez com que lágrimas rolassem pelas bochechas macias de Ett.

''Eu

Já chorei por pessoas que
não valiam a pena minhas lágrimas.
Já dei sorrisos para pessoas que
só me deram tristeza.
Dei meu amor e carinho para uma pessoa
que me trouxe a dor e a escuridão.
Hoje eu procuro algo ou alguém que
me leve de volta à luz.''

Todo ser humano tem o direito de saber sobre o amor. Sobre como ele nasce, se desenvolve e por vezes, chega ao fim. Mesmo que doa até o último nervo de seu corpo, ou arda como uma queimadura, e exploda como uma bomba, o amor é o sentimento mais lindo do mundo.

Louis soube desfrutar do amor de sua mãe. E do amor de seu avô, que chegou a falecer oito anos mais tarde. E para ele, William dedica a poesia mais linda já escrita no mundo todo. Dedica um campo de flores, e a sua música favorita. Dedica e pede, que Ettore seja feliz onde quer que estiver.

II sole si riflette su di te. {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora