Capítulo 06

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Quando cheguei em casa, não encontrei ninguém, como de costume

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Quando cheguei em casa, não encontrei ninguém, como de costume. Os meus pais são pessoas ocupadas demais com seus negócios, atolados de reuniões e viagens para fora do país. A casa é praticamente minha.

Tenho apenas a companhia das secretárias do lar, que mal falam comigo. Preferem fazer seus trabalhos em silêncio, e depois ir embora após o expediente. Eu não reclamo.

Então, como estou oficialmente solteira, não pensei duas vezes antes de mandar uma mensagem para Adriel, convidando ele parar vir aqui na minha casa. Não que eu já não tenha feito isso quando estava namorando, mas é que agora é diferente. Agora não parece que é errado.

Ele aceitou, e eu criei expectativas. Fiquei ansiosa para contar que não existe mais nenhuma barreira que impeça da gente ficar finalmente junto.

E enquanto ele não chega, fui me arrumar. Tomei um banho demorado, na banheira, com óleos e especiarias. Hidratei o meu corpo com um creme importado, e me perfumei com um perfume também importado. Caprichei no meu cabelo, deixando-o solto com belos cachos grossos feitos com o modelador. Fiz uma maquiagem simples, pois Adriel não gosta de exageros. Até mesmo as minhas joias são discretas. E para vestir, optei por um vestido tubinho curto, na cor preta. Na dúvida, calcei um par de scarpins na mesma cor do vestido.

Pronta, agora é só esperar.

[...]

Eu já estava perdendo a esperança de que Adriel ainda viria, devido a demora. Mas quando ouvi o som da campainha, o meu coração só faltou saltar para fora do peito. É incrível a sensação que ele causa em mim, é diferente de tudo o que já senti, até mesmo de quando ainda amava Luciano.

Praticamente corri até a porta, de tanta ansiedade. O sorriso que abri quando vi Adriel ali, com uma roupa extrememante sensual, foi de pura euforia. O cheiro que vem dele é inebriante, o que faz o meu corpo reagir de imediato.

--- Não vai me convidar para entrar? - perguntou, com uma voz baixa e rouca.

Pisquei os olhos e dei espaço para que ele pudesse passar, sem conseguir pronunciar uma palavra.

Ele entrou com muita naturalidade, como se já tivesse vindo aqui centenas de vezes. Essa é a terceira vez que o convidei para vir na minha casa. Na primeira vez, eu estava bêbada, e na segunda também.

É inexplicável a forma como fico sem jeito quando Adriel está presente. A sua presença parece tomar todo o ambiente, quase me deixando sem ar. Eu não consigo pensar direito quando estou com ele.

Ver ele sentando no sofá da minha casa, de maneira despojada, e olhar para mim com um sorriso descarado no rosto, faz o meu corpo arrepiar. Então, trato logo de fechar a porta e me juntar a ele.

--- Pensei que não viria. - consegui dizer.

--- Por que?

--- Você demorou.

Minha PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora