Capítulo 21

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Depois da janta, Luciano convidou-me para assistir um filme em seu quarto

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Depois da janta, Luciano convidou-me para assistir um filme em seu quarto. As roupas que ele me deu foram um short de cetim azul e uma blusa de alças finas, do mesmo tecido e da mesma cor. Eu costumava usar esse conjunto quando dormia aqui, quando a gente ainda namorava.

Fiz questão de fazer a pipoca. Na verdade, eu só coloquei o milho na máquina e fiquei esperando ela cumprir com a função dela.

E enquanto esperava, o meu celular tocou. Eu pensei que poderia ser Natanael ou Priscilla, querendo me chamar para voltar para casa, mas não. O nome que brilhou na tela do aparelho foi o de Adriel.

Atendi.

— Oi.

— Oi, princesa - usou a voz mais carinhosa que já ouvi. — Quero te ver. Vem aqui no meu apartamento, pra gente conversar.

Sempre direto. Nenhum "como vai você?"

— Então, Adriel - cocei a nuca sem nenhum motivo. — Eu agradeço o convite, mas não vai dar.

— Por que? Eu quero muito te ver.

— É que eu já estou ocupada.

— Vem, Helena. Preciso de você.

Engoli em seco. Algo dentro de mim rebateu-se ao ouvir a voz de Adriel chamando por mim, e uma voz baixa e serena tentou me convencer a atender o seu chamado. Mas algo ainda mais forte replicou e calou a voz.

— Sinto muito, não vou poder ir.

— Foi por conta daquele acontecimento, não foi? Eu imagino que te assustei. Vem pra cá, que eu te explico tudo.

"Vem, Helena"

Sussurrou na minha mente. O meu corpo reagiu, com um leve tremor e um forte arrepio. Eu fiquei tentada a dizer que iria. Queria inventar uma desculpa para Luciano e sair correndo daqui. Mas algo no meu interior dizia "não, você não vai".

— Eu...

— O filme já vai começar, Helena! - Luci gritou — Cadê a pipoca?!

Meu Deus, a pipoca. 

— Essa voz - Adriel analisou — Helena, você está...

— Tenho que ir, tchau.

— Não, espe...

Encerrei a chamada. Soltei a respiração que prendi, devido a tanta tensão que estava sentindo. Pus a mão no peito, sentindo o pulsar acelerado do meu coração.

— Caralho, o que foi isso?

Fui até a pipoqueira e despejei as pipocas numa vasilha. Quase derramei tudo, pois o meu corpo ainda está trêmulo. Senti como se uma batalha estivesse sendo travada dentro de mim, e isso me cansou.

Fiz um exercício de respiração para me acalmar, e quando consegui relaxar um pouco, fui para o quarto de Luciano com a pipoca.

— Nossa, foi fabricar a pipoca, garota? - ele perguntou, divertido.

Minha PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora